Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
O Poder de Curar do Evangelho
Por Charles Haddon Spurgeon
Traduzido e adaptado do texto em espanhol, em domínio público na Internet, pelo Pr Silvio Dutra.
“Ora, aconteceu que num daqueles dias, estava ele ensinando, e achavam-se ali assentados fariseus e mestres da lei, vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de Jerusalém. E o poder do Senhor estava com ele para curar.”. Lucas 5:17
Em primeiro lugar, o texto sugere quando o lemos, que o poder de Cristo no evangelho é principalmente um poder de curar. “O poder do Senhor estava com ele para curar.”. O poder do evangelho, do qual Cristo é a suma e a substância, é um poder de curar. Quando Cristo veio à terra poderia ter vindo com o poder de destruir. Com toda justiça Deus poderia ter enviado a seu Filho Unigênito com os exércitos da vingança para destruir este mundo rebelde. Porém: Ele disse: “O Filho do Homem não veio para condenar as almas, senão para salvá-las.”. Elias pediu que chovesse fogo do céu sobre os capitães de cinquenta e seus cinquenta homens, para que fossem totalmente consumidos. Porém Cristo traz fogo do céu para um propósito muito diferente, a saber, que por seu poder os homens possam ser salvos da ira vindoura. O evangelho não está destinado a ser um poder que destrói. “Deus não enviou a seu Filho ao mundo para condenar o mundo, senão para que o mundo seja salvo por ele.”. E se esse evangelho é feito cheiro de morte para morte para alguns, não é devido às suas próprias qualidades intrínsecas nem a seu objetivo senão à perversidade e à corrupção do coração humano.
Uma das mais claras exposições da situação caída do homem é o evangelho da graça de Deus. Porém a condição do homem em ruína é melhor mostrada pela lei do que pelo evangelho. É sob o resplendor do trovão do Sinai que os homens, tremendo, leem a sentença de condenação sobre aqueles que têm quebrado a lei de Deus. Sob a luz mais tênue do Calvário podem ler a mesma verdade de Deus, e devem lê-la, porém este não é o propósito principal do Calvário.
O Calvário é o lugar mais propício para o bálsamo que sara, do que para a lança e a espada. O trabalho de Jesus, nosso Médico celestial, não é tanto diagnosticar a enfermidade senão receitar e aplicar o remédio. Certos filósofos têm assumido o trabalho e se alegram nisso, apontando seus dedos à corrupção e à fraqueza humanas, como um tema digno do ridículo e do sarcasmo. A filosofia dos estóicos, a sabedoria de homens como Diógenes, não foi senão uma demonstração de falta de misericórdia e sem coração em relação à insensatez humana e ao pecado.
Sua filosofia não conhecia nenhum remédio e não se preocupava em buscar um. Esses filósofos mostravam à pobre humanidade que estava embrutecida, enganada, degradada e depravada. E a deixavam nessa condição, passando de lado como o sacerdote e o levita fizeram com o homem ferido da parábola. Porém Jesus não viria com uma missão infrutífera como essa. Ele condena o mundo pelo pecado por meio de Seu Espírito, porém não é para deixar o mundo num estado de desespero e sem esperança de restauração, senão para recuperá-lo pelo Seu poder. Jesus tem poder para curar. Esta é sua honra e seu renome. Tem olho de águia para ver nossas enfermidades, coração de leão para enfrentá-las valentemente, e mão de uma dama para aplicar com suavidade o unguento celestial. Nele se reúnem em perfeição os três ingredientes de um bom cirurgião.
Amados, confio que tanto vocês como eu temos conhecido este poder de curar nossos próprios casos, e se é assim, sabemos com toda certeza que é um poder divino o que vem de Jesus, porque Ele é certamente Deus. É somente prerrogativa de Deus curar as enfermidades espirituais. A enfermidade natural pode ser instrumentalmente curada pelos homens, porém, ainda assim, deve dar-se a honra a Deus que dá o poder ao remédio, e também sabedoria aos homens para o exercício da medicina, como ao dá poder ao corpo humano para lançar fora a enfermidade. Porém quanto às enfermidades espirituais, estas têm que ser tratadas unicamente pelo grande Médico.
Então vem ao Senhor com a cegueira do teu entendimento. Aproxima-te com a tua fraqueza. Vem com a mão ferida da tua fé. Vem como és e estás, porque Ele que é Deus, certamente pode curar-te. Ninguém lhe dirá diante do Seu amor que sara: “Até aqui podes chegar porém não mais além.”. A enfermidade humana mais complicada pode ser curada por este grande Médico. Tem confiança, tu pobre coração que duvidas. Tem uma confiança inabalável no divino Doutor.
Ainda que nosso Senhor Jesus curava como Deus, lembra que Ele também possuía poder para curar por causa da sua natureza humana. Não está escrito: “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por suas feridas fomos sarados”? Ele não usou nenhum outro remédio para curar nossa enfermidade do pecado, senão o carregar Ele mesmo com nossas enfermidades e dores.
Este é o grande remédio para todos os males. Bendito seja o Filho de Deus porque esse remédio tão amargo, não é para que o bebamos, senão que Ele o tomou sozinho. Ele tomou o terrível cálice no Getsêmani e o bebeu completamente por nós.
Os agudos cortes feitos pela lança não ferem nossos corpos, Ele os suportou em sua própria carne. Quando os torturadores abriram sulcos profundos, estes sulcos não foram abertos sobre os ombros dos pecadores, senão sobre os ombros do Substituto dos pecadores. Alguma vez ouviste, oh Terra, de algum Médico como este? De alguém cujas dores, e pesares e sofrimentos, e angústias e tormentos, e aflição e morte constituem o único remédio por meio do qual elimina a enfermidade dos homens?
Ele curou a todos os que necessitavam dEle enquanto residiu entre nós, e o caro bálsamo de Sua expiação não tem perdido nada do seu poder. O poder que estava em Cristo para curar, que saía dEle como Deus e como homem, se aplicava de maneira proeminente, para tirar a culpa do pecado. Ao ler todo este capítulo, alguém se detém com alegria no versículo vinte e quatro: “O Filho do Homem tem autoridade na terra para perdoar pecados.”. Aqui temos, então, uma das artes mais poderosas do grande Médico; Ele tem poder para perdoar pecados. Enquanto viveu aqui debaixo, antes de que o resgate fosse pago, antes que o sangue fosse literalmente lançado sobre o propiciatório, Ele já tinha poder para perdoar pecados. Acaso não tem poder de fazê-lo agora depois que morreu por nós? Irmãos, que poder deve residir nEle que já pagou com fidelidade até o último centavo, as dívidas de Seu povo. Certamente Ele tem poder, quando vemos que tem terminado com a transgressão e acabado com o pecado.
O poder do Senhor para curar a enfermidade do espírito é operado em todo aquele que creia nEle para a salvação, e Ele não deixa de curar a nenhum que se aproxime dEle pela fé. É possível que Ele não cure alguma ou todas as enfermidades físicas de quem tem curado do espírito, mas jamais deixará de curar a enfermidade do espírito de quem quer que seja que nEle creia. Por que isso? Uma das principais razões é porque este corpo terreno está mesmo destinado a encontrar a morte física, e isto vem comumente pelas enfermidades. E este corpo vai para o pó com a promessa da ressurreição para os cristãos por ocasião do arrebatamento da igreja. Já o espírito volta para Deus e permanece para sempre, e é por isso que deve ser curado de modo definitivo, para que possa adentrar a eternidade afora livre do pecado.
As enfermidades físicas se tornam assim, figura da enfermidade que mata realmente, a produzida pelo pecado no espírito. Quando o homem está enfermo fisicamente, com uma enfermidade grave que é para morte, ele definha em seu leito de dor, e tudo nele prenuncia o que é a morte, mas é curado totalmente, logo haverá de se levantar e a viver plenamente. O mesmo se dá com os que estão enfermos e mortos em seus pecados, eles ganham nova vida quando são curados por Cristo, tendo todos os seus pecados perdoados.
Assim onde Cristo está há esperança para aqueles que têm a enfermidade de nascença do pecado. Uma palavra saída dos poderosos lábios do Filho de Deus pode curar e devolver a saúde. O poder do evangelho é um poder para curar o culpado, da dor e da influência do pecado. Jesus veio ao mundo para destruir as obras do diabo em todas as suas formas. Não deve esquecer que o Senhor pode curar-nos de nossas recaídas. Tenho escutado que alguns dizem que uma recaída é frequentemente mais temida pelo médico que a enfermidade inicial, e que há frequentemente um período no processo de convalescença quando o vírus da enfermidade recobra renovadas energias e o médico sente que é nesse momento e não no princípio, quando se tem que lutar a verdadeira batalha.
Temos conhecido a alguns homens que têm professado a fé, e confiamos que foram renovados, porém que têm voltado atrás, e são como o cão que voltou ao vômito, e a porca lavada que voltou ao espojadouro de lama. Temos tido que nos lamentar de alguns em quem a mudança parecia muito grande, porém era superficial, e logo o poder do mal retornou sobre eles. Porém Jesus pode curar destas quedas. Quanta misericórdia é esta! “Eu os sararei de sua infidelidade. Os amarei generosamente, porque meu furor se terá apartado deles”. Que importa que sejas sete vezes mais um filho do inferno do que antes, contudo, ainda assim, a eterna misericórdia que expulsou uma legião de demônios de um homem, pode expulsá-los da vida dos que estão cativos. O poder de curar do meu Senhor é tal, que se tem recaído, ainda assim Ele diz: “Regressa! Regressa! Volta para mim e eu te curarei!”.
Haverá maior alegria por uma pobre ovelha perdida, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Ele se alegrará mais em receber-te, filho pródigo errante, do que se alegra com o filho que sempre permaneceu na casa de seu Pai. Resumindo, meu Senhor, como um Médico, cura de maneira instantânea. Ele somente toca e a saúde é recuperada de imediato. Ele realiza curas de todo tipo. Aquelas enfermidades que têm servido de pedra de tropeço para outros médicos têm sido rapidamente curadas por Ele. Ele nunca falha. Não tem em seu diário registrado nenhum caso que tenha falhado. Seu poder é onipotente. Ele cura com efetividade e a enfermidade não pode reinar jamais, uma vez que tem sido destronada por Ele. Quando expulsa o demônio de alguém, esse demônio não regressará.
Uma segunda observação surge do texto. Há períodos especiais nos quais se manifesta de maneira especial o poder de curar. O versículo que estamos analisando diz que um certo dia o poder do Senhor estava com ele para curar, e por isso eu entendo, não que Cristo em alguma vez tivesse sido incapaz de curar, senão que havia certos momentos nos quais lhe agradava manifestar sua divina energia para curar em grau não costumado. O mar nunca está vazio. Sempre está cheio, porém nem sempre está a ponto de transbordar. O sol nunca está à meia luz. Brilha com igual força a todas as horas, e contudo nem sempre temos dia, nem tampouco nos banhamos sempre no calor do verão.
Cristo tem sempre a mesma plenitude, porém esta plenitude nem sempre transborda. Ele poder curar, porém nem sempre está ocupado em curar. Há momentos nos quais o poder de salvar se manifesta mais do que o usual. Tempos de refrigério, estações de avivamento, dias de visitação, dias aceitáveis, dias de salvação. Qualquer estudante da história do mundo que já tenha lido à luz da verdadeira religião terá observado que já houve períodos especiais nos quais o poder de Deus tem estado presente de maneira especial para curar os homens. Minha convicção solene é que estamos vivendo num desses períodos, que o momento presente é um desses momentos prefixados quando o poder de Deus se manifesta de maneira especial. Quando o poder de Deus está se movendo há um movimento correlato entre o povo. Querem ouvir quando o poder de Deus está com o pregador. Considerem quando os templos dedicados ao culto de adoção estão cheios. Estejam seguros que o Senhor vai encher as redes quando os peixes se ajuntarem ao redor do barco. Não podemos esperar que o evangelho seja abençoado para quem não o escuta. Podemos esperar com toda legalidade e propriedade que seja um bênção para quem tem uma intensa necessidade de escutá-lo. Neste momento, vejo um avivamento religioso em meio das massas do Brasil, não tão grande como gostaria, porém contudo ali está e devemos estar agradecidos por isso. Observem a continuação que o poder de curar estava claramente presente quando Cristo estava ensinando. Prestem muita atenção à hora favorecida, “Jesus estava ensinando”. Jesus vinculava a cura com o ensino. Assim sucedia com a cura física, e com maior razão com a cura espiritual, pois “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.”. Irmãos, acaso não há entre nós mais ensino de Cristo do que antes? Estou persuadido que a maioria de meus irmãos pregam com maior fidelidade do que antes e em sua totalidade a simples verdade de Jesus Cristo. O ensino está voltando aos púlpitos.
Agora preste muita atenção, se és salvo ou não, se estás presente no lugar onde Cristo é pregado em sua totalidade, onde é levantado, exaltado, proclamado, e recomendado a ti, então estás no lugar onde Ele também está presente para curar. Acaso não está escrito: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei a todos a mim mesmo”? Um sinal adicional do poder presente se encontra muito claramente na gente enferma que foi curada por Jesus. Nós também sabemos que neste mesmo templo não passa um domingo sem que se convertam algumas almas. Temos o testemunho de casos de centenas de pessoas a quem Deus tem abençoado por meio da história da cruz apresentada de maneira simples. Esta é uma prova positiva que quando se ensina o tema de Cristo, e as almas estão sendo abençoadas, Ele está presente de uma maneira admirável, para curar.
Devemos notar outra coisa, a saber, que este tempo particular mencionado neste texto foi precedido por uma temporada especial de oração por parte do principal Ator. Ele se retirou e orou, e então o poder do Senhor estava presente para curá-los. Se em relação a Cristo, o Senhor e doador da vida foi assim, quando mais nós não necessitamos então de orar fervorosamente para que o Seu poder de curar esteja conosco. E devemos fazer isto principalmente como igreja para que o Senhor opere através de nós.
Passando a um terceiro pensamento, observamos que quando o poder do Senhor está presente para curar, pode não ser visto em todos, porém pode ser visto em alguns casos especiais e não em outros. É uma triste reflexão que alguns homens possam estar na região do poder divino sem sentir suas operações. Tenho lido e relido este versículo muitas vezes com um objetivo: fazer que o versículo queira dizer que os fariseus e doutores da lei estavam presentes e que o poder do Senhor estava presente para curar a eles.
Porém o texto não nos ensina isso. O poder do Senhor não estava presente para curar aos doutores da lei nem aos fariseus, posto que eles não foram curados. O poder de Deus estava presente para curar aos enfermos, não para curar aos doutores nem aos fariseus. Contudo, quão perto estava a saúde para eles, pois se houvessem conhecido sua enfermidade, e houvessem desejado admiti-la e confessá-la haveria poder suficiente para curá-los.
Onde então não havia poder? Onde não era buscado e onde não era sentido? Era, em primeiro lugar, entre a gente culta, os doutores da lei. Estes mestres sabiam muito para se submeterem ao ensino do Grande Mestre. Existe tal coisa como saber muito e ser muito sábio para ser qualquer coisa exceto um tolo. O conhecimento dos doutores era esse conhecimento que incha, não o conhecimento que vem de Deus. O conhecimento da cabeça é perigoso, quando não se tem o conhecimento do coração. É preciso ter cuidado de ser tão ortodoxo que nos erijamos como um juiz do pregador e nos recusemos a ser obedientes à verdade de Deus. Observem com o devido respeito seu caráter público. Não eram, eminentíssimos? Vejam a amplitude das bordas de suas vestimentas! Quão escrupulosos eram acerca de coar os mosquitos do vinho. Quão cuidadosos em entregar o dízimo da menta, do endro e do cominho. Contudo estas foram as pessoas que não obtiveram nenhuma bênção de Jesus. Eram demasiado bons para serem salvos. Quanta gente igual não há? Dizem: “Nunca roubei ninguém. Fui educado finamente, e tenho me conduzido com um decoro que ninguém pode encontrar qualquer falha em mim.”.
Mas além dos sábios e bons, também não obtiveram a bênção os indiferentes. Como podemos observar, não vieram para receber a pregação, senão para que Cristo somente pregasse diante deles. Esse era o velho estilo dos prefácios dos sermões: “Um sermão pregado ante o honorável e admirável Senhor Fulano de tal.”. Porém essa é a pior maneira de pregar em qualquer lugar. Pregar ao coração é a única pregação digna de ser escutada e digna de ser pregada. Porém não vieram para que Cristo os curasse, não eram seus pacientes, eram unicamente visitantes nos hospitais. Como visitantes iam ao redor das camas e revisavam as receitas colocadas às cabeceiras dos enfermos e observavam cada caso. É uma coisa maldita deixar de apelar aos corações para que se arrependam e se convertam, deixar de pregar o evangelho e toda a vera Palavra de Deus, para nos ocuparmos em falar aos homens segundo o desejo dos seus corações, que são segundo este mundo.
E quando veio o médico e começou a exercer seu ofício nos enfermos, estavam parados ali observando seu tratamento, imaginando em todo momento que eles mesmos não estavam enfermos. Se tivessem estado em seus leitos de enfermos poderiam ter sido sarados, porém somente se interessaram de maneira superficial na cura, pois não vieram para participar dela. Muito cuidado, queridos leitores, não vão aos lugares de adoração como simples espectadores. Não haverá espectadores no céu. Nem tampouco haverá espectadores no inferno. Muito cuidado para não serem meros espectadores na adoração de Deus. Cada verdade de Deus dita pelos servos de Deus tem muito que ver contigo. Se é ameaçante e estás em fel de amargura, é tua, trema ao ouvi-la. E tu pregador, ministro, nunca deixes de pregar a verdade, a Palavra de Deus, para dar vez e voz à palavra dos homens que os colocam na condição de simples espectadores e juízes das coisas que são faladas.
Vir às reuniões públicas seja de adoração ou oração para declarar o seu próprio poder sobre as condições desfavoráveis da vida é um grande erro e equívoco, pois devemos nos achegar ao trono da graça com um coração sincero e humilde, reconhecendo a nossa necessidade da graça do Senhor para que sejamos curados e fortalecidos, e isto deve ser feito estendendo-se as mãos do coração com firmeza de fé e com o desejo de receber a bênção que procede do Senhor, e somente dEle.
Os que não obtêm nenhuma bênção são aqueles que não supõem que não a necessitam particularmente, havendo vindo simplesmente para ver e para serem vistos, porém não para receber a cura. Mais adiante, no mesmo texto os fariseus disseram: “Quem pode perdoar pecados, senão somente Deus?”. Quando um homem não obtém nenhum bem do ministério, é quase seguro que pense que não tem nenhum bem para ele no ministério. E quando ele mesmo não encontra água no rio, conclui que está seco, não se dando conta que sua boca não se abre voluntariamente para receber o evangelho.
Quando descobrimos que o poder de curar está presente, desejamos trazer a outros para que também possam experimentá-lo. Quatro pessoas tomaram uma cama e trouxeram um paralítico que não podia vir por si mesmo e o baixaram pelo telhado em meio a muita incomodidade. Deus está abençoando a igreja agora. Os cristãos, homens e mulheres, se unem para orar pelos amigos que não podem ou não querem orar por si mesmos. E se encontram com alguém que sofre de uma profunda angústia, que paralisado pelo desespero não pode levantar o dedo da fé, esforçam-se para trazê-lo para ouvir o evangelho. Tragam-nos onde Cristo está fazendo milagres. Esforcem-se por trazer pecadores moribundos onde Cristo está fazendo milagres espirituais. Levi fez uma grande festa, pois pensou: “Quero que Jesus venha e pregue aos publicanos. São grandes pecadores com eu. Se eu conseguisse que ao menos o escutassem, poderiam se converter.”.
O poder do Espírito de Deus tem levado a muitos a virem a Ele, e muitos destes têm sido salvos. Porém devemos lamentar que todavia há uma multidão de pessoas que não são salvas. E que perecem não porque Cristo não tenha sido pregado em suas ruas. Descerão ao inferno, com a luz brilhando em suas pálpebras, porém com seus olhos voluntariamente fechados a ela. Irão perecer com a voz da misericórdia soando em seus ouvidos. E no inferno serão um terrível monumento à justiça de Deus, que então lhes dirá: “Vocês pecaram contra a luz e o conhecimento, contra o amor e a misericórdia.”.
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Veja tudo sobre as Escrituras do Velho Testamento no seguinte link:
http://livrosbiblia.blogspot.com.br/
Veja tudo sobre as Escrituras do Novo Testamento no seguinte link:
http://livrono.blogspot.com.br/
A Igreja tem testemunhado a redenção de Cristo juntamente com o Espírito Santo nestes 2.000 anos de Cristianismo.
Veja várias mensagens sobre este testemunho nos seguintes links:
http://retornoevangelho.blogspot.com.br/
http://poesiasdoevangelho.blogspot.com.br/
A Bíblia também revela as condições do tempo do fim quando Cristo inaugurará o Seu reino eterno de justiça ao retornar à Terra. Com isto se dará cumprimento ao propósito final relativo à nossa redenção.
Veja a apresentação destas condições no seguinte link:
http://aguardandovj.blogspot.com.br/
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 18/02/2013
Alterado em 10/07/2014