Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
 

O Senhor Pelejará por nós
se Tivermos Fé

 
18 Dos filhos de Rúben, dos gaditas e da meia tribo de Manassés, homens valentes, que traziam escudo e espada, entesavam o arco e eram destros na guerra, houve quarenta e quatro mil setecentos e sessenta, capazes de sair a combate.
19  Fizeram guerra aos hagarenos, como a Jetur, a Nafis e a Nodabe.
20  Foram ajudados contra eles, e os hagarenos e todos quantos estavam com eles foram entregues nas suas mãos; porque, na peleja, clamaram a Deus, que lhes deu ouvidos, porquanto confiaram nele.
21 Levaram o gado deles: cinquenta mil camelos, duzentas e cinquenta mil ovelhas, dois mil jumentos; e cem mil pessoas.
22  Porque muitos caíram feridos à espada, pois de Deus era a peleja; e habitaram no lugar deles até ao exílio.” (I Crôn 5.18-22)
 
Este texto de I Crôn 5.18-22 foi escrito depois que os judeus retornaram do cativeiro em Babilônia em 537 a. C, e a narrativa que ele contém se refere a uma vitória obtida pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés, que habitavam a Transjordânia, contra os descendentes de Hagar, ou seja, os hagarenos, especialmente contra os descendentes de seu filho Ismael, o qual ela tivera de Abraão, cujos nomes eram Jetur e Nafis, e que haviam dado origem a estas poderosas nações que levavam os seus nomes.
O que dele aprendemos é principalmente que a batalha que temos que lutar contra os principados e potestades para a conquista da Canaã celestial, pertence ao Senhor e não a nós, porque o poder é do Senhor. Nossa capacidade e força vêm da nossa confiança nEle, e serão tanto maiores quanto maior for a confiança que depositarmos em Deus.
É dito expressamente no verso 22 do nosso texto que era do Senhor a peleja que os rubenitas, gaditas e manassitas empreenderam em seus dias.
E no verso 21 está registrado que eles despojaram o inimigo dos bens que ele vinha mantendo em sua posse. E tal como eles, também o despojaremos se lutarmos contra ele, e se formos ajudados por Deus quando clamarmos a Ele por socorro, confiando somente nEle, como se afirma no verso 20.
E dos versos 18 e 19 podemos aprender que esta guerra contra as forças do Inimigo deve ser feita quando formos capazes de sair em combate, por sabermos manejar bem a espada e o arco, tal como os israelitas citados no texto de I Crônicas 3, os quais representavam a arma ofensiva de guerra que é dada por Deus aos cristãos, a saber, a espada do Espírito Santo, que é a Sua Palavra.     
Todos os cristãos estão portanto envolvidos numa grande guerra de fé, à qual Paulo se refere como sendo o bom combate da fé contra os principados e potestades do mal.
A Bíblia está repleta de narrativas relativas às vitórias que o Senhor deu a Israel quando eles confiavam nEle e Lhe clamavam por socorro nas batalhas contra os seus inimigos. E vemos isto claramente, como por exemplo, no Salmo 124 que citaremos a seguir:
 
1 Não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga;
2  não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,
3  e nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós;
4  as águas nos teriam submergido, e sobre a nossa alma teria passado a torrente;
5  águas impetuosas teriam passado sobre a nossa alma.
6 Bendito o SENHOR, que não nos deu por presa aos dentes deles.
7  Salvou-se a nossa alma, como um pássaro do laço dos passarinheiros; quebrou-se o laço, e nós nos vimos livres.
8  O nosso socorro está em o nome do SENHOR, criador do céu e da terra.” (Salmo 124)   
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 23/02/2013
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