Uma Vitória Mais do que Certa
Como o trabalho de crescimento interior em santificação é secreto e não facilmente discernível à percepção natural, então embora alguns cristãos possam estar sendo assaltados por tentações ou sendo vencidos por pecados específicos, em determinadas épocas, não poderemos fazer um julgamento correto quanto ao progresso de suas graças em santidade.
Um navio pode ser lançado para lá e para cá e ainda manter o curso e intactas as suas cargas.
De tal maneira está determinado por Deus que a graça seja invencível e que ela superabunde onde abundou o pecado, que somente Deus pode julgar quais as situações em que o crescimento na santificação será detido por causa das corrupções da carne.
Mas no geral, a prática eventual de pecados não poderá deter este trabalho porque sobre a fraqueza da carne prevalece e o vigor que se recebe de Deus, quando nos aproximamos dEle com um coração sincero e para o propósito correto de agradar-Lhe e obedecer-Lhe.
Então a graça se revelará poderosa para destruir o pecado, e todas as barreiras que poderiam nos separar da comunhão com Deus, apesar de estarmos rodeados de fraquezas em nós mesmos.
A vitória da cruz prevalecerá sobre o pecado, e a graça reinará triunfante em nossos corações, pelo poder do Espírito Santo que em nós habita.
É importantíssimo ter sempre isto em vista, para que não saiamos pelo mundo afora proclamando um evangelho no qual o pecado seja mais poderoso do que a graça, e o faremos certamente se tivermos a ideia de que um mínimo pensamento eventual pecaminoso poderá desfazer por completo ou interromper o trabalho de santificação que foi implantado em nós na conversão.
Por outro lado, não devemos permitir o maligno pensamento de que podemos viver pecando, por conta do que foi dito anteriormente.
Aqui devemos lembrar das palavras do apóstolo Paulo em Rom 6.1,2, porque é por este tipo de pensamento, que denota um coração perverso, que se obstrui o trabalho de santificação, porque é esta disposição carnal deliberada que é a maior inimiga da santidade, porque aqueles que são dirigidos pelo Espírito Santo, não dão boa acolhida ao pecado, antes procuram mortificá-lo para o inteiro agrado de Deus, por saberem o quanto Ele detesta o pecado.