Primeiro Libertação Depois Purificação
Toda purificação interior de pecados no trabalho real de santificação não poderia ser operada pelos sacrifícios de animais no Velho Testamento, que tipificavam o único sacrifício que pode expiar a culpa e o pecado – o de Cristo. Assim os que foram lavados de suas iniquidades no VT o foram pelo mesmo sacrifício de Cristo que se ofereceria também por eles na plenitude do tempo.
Por aqueles meios externos do cerimonialismo do Velho Testamento o pecado era apenas aquietado, mas não removido.
Era domado, trazendo ao ofertante uma consciência de dever de reverência a Deus e do temor de pecar.
Mas o pecado continuava vivo, caso não fosse purgado por uma verdadeira determinação de se aproximar de Deus, para que o trabalho de expiação pelo sangue de Cristo, e pelo poder do Espírito Santo pudesse ser realizado.
De igual modo, há muitos que se aplicam a jejuns, macerações, ascetismo em todas as suas formas, para deter a sensualidade, e ainda que esta seja contida no exterior, continua viva no interior, e não pode ser dali removida senão pelo sangue de Jesus e pelo Espírito Santo.
Assim, não há nenhuma santificação verdadeira aparte da expiação do sangue de Jesus e do trabalho do Espírito Santo.
Antes de sermos lavados do pecado, necessitamos ser libertados do seu domínio absoluto, pela justificação, e pelo pagamento do preço da redenção efetuado por Cristo.
Aquele que não teve a sua dívida de pecado quitada pelo sangue de Jesus não pode ser livrado do senhorio do pecado, e o pecado permanecerá como senhor absoluto de sua vida.
Então este trabalho de purificação deve obrigatoriamente ser antecedido pela expiação e redenção que há em Cristo Jesus.