Um Reino Espiritual Que Não É Deste Mundo
Quando há em nós um sincero sentimento de repugnância pelo pecado, cumprimos parte do propósito da vontade de Deus em relação a nós, porque não criou o homem para o pecado, senão para a santidade.
Dizemos que cumprimos parte do Seu propósito, porque além da mortificação do pecado, devemos nos revestir das virtudes de Cristo.
Isto só é possível por causa da nova natureza celestial que recebemos do Espírito Santo na regeneração.
Ela nos foi dada para nos revelar que não somos deste mundo, mas cidadãos do céu que estão peregrinando na terra como forasteiros, porque a nossa pátria eterna está no céu.
E esta regeneração foi o primeiro grande passo que foi dado no Senhor para a restauração da imagem de Deus nas nossas almas.
E quanto mais nos purificarmos das poluições do pecado, no processo da santificação contínua e diária, mais e mais há de ser restaurada em nós tal imagem e semelhança com Deus.
Quando comparamos este supremo propósito de Deus em relação a todos os cristãos, com aquilo que comumente se busca como se fosse da Sua vontade, como por exemplo, mera prosperidade material, financeira, sentimental e física, nós podemos contemplar o quão longe estão caminhando da verdade revelada aqueles que procedem de tal maneira.
Coisas materiais não podem, em sua própria natureza, satisfazer realidades espirituais.
Quando se busca prosperidade material como o alvo da vida cristã por conta de uma negligência da necessidade de santificação, o princípio da velha natureza corrompida, que é sujo e que continua sujando de modo vergonhoso e repugnante continuará no comando e operando, e o princípio da graça implantado na alma pelo Espírito Santo, estará apagado por esta atitude carnal, porque este princípio é puro e purificador, limpo e santo.