A Loucura de Pregar o Evangelho – Parte 7
Os filósofos dizem que a verdade é uma questão simplesmente filosófica. E que a filosofia se dedica à perseguição do conhecimento desta verdade. Mas sabemos que não é assim. A verdade é uma pessoa: Cristo. E está definitivamente revelada. Mas não pode ser conhecida senão pelo Espírito, por aqueles que são pela verdade.
Ainda que os filósofos modernos admitam que não se pode mais construir uma ontologia como a de Aristóteles, ou de Descartes, e que a questão ontológica, ao que parece permanecerá sempre aberta, eles continuam em erro em sua vã sabedoria em relação à perseguição da verdade, porque esta não será conhecida jamais por simples uso da razão, e rejeitando-se a Cristo, mas por se crer nEle, porque “aprouve a Deus salvar aos que creem, pela loucura da pregação”, e é pela salvação em Cristo que se chega ao conhecimento da verdade, porque ele tem dito que o que crê conhecerá a verdade e esta o libertará. Para o cristão, questões como as de onde viemos e para onde vamos, são muito claras, mas para o sábio segundo o mundo isto sempre permanecerá como questão aberta, irrespondível, por mais que especule sobre isso.
Ou estamos com Cristo ou estamos contra Cristo, como Ele próprio afirmou. O que crê é salvo, o que não crê está condenado. E como a maioria da sociedade permanece relutante em aceitar o testemunho de Cristo como verdadeiro, quem aceitará de boa vontade o fato de que está condenado eternamente por não crer nEle e na Sua Palavra? Não sejamos ingênuos. Nada podemos contra a verdade.
Assim o próprio argumento de que devemos pregar o evangelho para ter uma sociedade efetivamente justa, não se aplica ao presente. Isto só será alcançado quando o ímpio não estiver mais na terra, e os cristãos estiverem aperfeiçoados em glória. Enquanto isto não ocorrer, a condição deste mundo é de trevas, de luta contra o diabo e contra o pecado, em nós próprios e nos outros. O conflito da carne e do Espírito há de existir sempre enquanto o cristão estiver neste corpo terreno. Quando muito, o que se conseguiria seria a construção de uma sociedade justa hipócrita, que acobertaria o mal em seu interior, pela aparente prática da justiça exterior, bem ao estilo farisaico.