O Motivo da Existência do Mal
Deus proveu meios para que Ele fosse mais exaltado e glorificado na Nova Aliança do que na Antiga, e daí se dizer que a glória da nova é maior do que a da antiga (II Cor 3).
Esta glória, certamente requer que haja uma maior santificação nos aliançados. Porque se Cristo salvasse pessoas para estas permanecerem nos seus pecados ou fazerem muito pouco progresso em santificação, Ele seria considerado ministro do pecado, e qual seria a glória que Ele poderia receber nisto?
Apesar de ser constante a luta entre a carne e o Espírito Santo (Gl 5.16,17), há de se buscar e há de prevalecer a vitória do Espírito, mas isto não será visto sem santificação.
Embora sejamos real e verdadeiramente renovados pela graça à imagem de Deus (contudo não absolutamente nem perfeitamente, mas só em parte), ainda temos em nós um resto do princípio contrário de ignorância e pecado com o qual nós sempre temos que lutar (Gl 5.16,17), e Deus assim o permitiu, não removendo inteiramente tal princípio contrário, justamente para provar a nossa fé em exercícios espirituais de consagração e obediência diárias, sem os quais o pecado não pode ser vencido.
Por isso Ele exige de nós uma obediência santa, e esforços em diligência neste sentido, para que Ele possa ser glorificado nesta nossa obediência e fidelidade à Sua vontade, porque estamos num ringue espiritual onde se o Espírito Santo não se sair vencedor, quem receberá os louros da vitória será a carne, para a nossa tristeza e desonra de Deus.
Assim, apesar de residir a fraqueza na nossa carne, isto não deve servir para que sejamos complacentes com o pecado, porque uma atitude como esta jamais poderia agradar a Deus, porque Ele não poderá ser glorificado na nova aliança a não ser pela nossa obediência a Ele.