Um senso de nossa própria pequenez deve decorrer do fato da corrupção do nosso coração, do fato de sermos pecadores.
E ainda que convertidos a Deus, vê-se em nós em nossa jornada terrena, os restos desta corrupção.
Isto em si mesmo, é um motivo bastante forte para que sejamos humildes, e para que não se encontre em nós qualquer tipo de elevação, porque as nossas melhores obras, e a nossa própria santidade, é imperfeita, pois sempre carrega algum tipo de mancha de orgulho ou qualquer outro pecado.
Quanto à consciência de nossa pequenez em razão do pecado, não precisamos necessariamente nos comparar com Deus, pois que todas as criaturas que habitam o céu não têm qualquer tipo de pecado, inclusive os santos que lá estão.
E nisto temos um bom motivo para nos mantermos humildes com uma consciência da nossa pequenez comparativa.
A humildade tende a prevenir um comportamento de justiça própria.
Aquele que está debaixo da influência de um espírito humilde, se ele entrou em uma falta, como todos estão sujeitos a cair em algum momento, ou se em qualquer coisa ele prejudicou outros, ou desonrou o seu nome e caráter, estará disposto a reconhecer a sua falta.
Não será difícil para ele ser trazido a uma consciência da sua falta, nem testemunhar o reconhecimento do seu erro.
Ele será humilhado intimamente por isto, e pronto a mostrar a sua humildade da maneira pela qual o apóstolo Tiago aponta, quando ele diz em Tg 5.16: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros”.
É o orgulho que faz com que os homens sejam tão endurecidos para confessarem os seus pecados, porque consideram que isto será vergonhoso para eles, mas na verdade o que está em foco é que estão preocupados com a estima da sua própria honra.
E ficam assim, privados da mais elevada honra, já que Deus dá graça a quem se humilha.