Fugindo do Evangelho do Terror
Se meus filhos se aproximassem de mim, sempre tremendo de medo, por causa de possíveis castigos que poderiam receber de minha parte, por me desobedecerem em algo...
Se sempre se apresentassem cabisbaixos, tristes, preocupados, e temendo se aproximarem de mim por causa do grande medo que a minha pessoa lhes infundisse... qualquer pessoa com um mínimo de bom senso poderia concluir que algo de muito estranho estava ocorrendo neste tipo de relacionamento paternal e filial.
Todavia é o que sucede a muitos cristãos em relação ao seu Pai comum que é o Senhor, porque vivem debaixo de um evangelho que consiste basicamente em ameaças, atos legalistas, e toda sorte do que poderíamos classificar de teologias nervosas e desesperadas, de pregadores que sentem por si mesmos, que servem a um Deus implacável e cruel, pronto a retribuir prontamente a qualquer pecado que for cometido, ainda que involuntariamente.
Justificam ao Senhor condenando a si mesmos e a todos os demais pecadores.
Afligem suas almas com o chicote da flagelação, pensando que com isto poderão agradar a Deus.
O temor e tremor com o qual devemos andar diante do Senhor, é de respeito reverente à Sua elevada, honrada e exaltada Pessoa Divina.
É um temor de admiração, de adoração, de amor que nos constrange a buscar viver de modo santo na Sua presença.
Sabedores que, ainda que por mais que tentemos viver de modo aprovado em tudo (ações, pensamentos, palavras), sempre haverá alguma fumaça no nosso fogo santo, todavia, pela sinceridade de nosso arrependimento e confissão, o Deus de amor que servimos, preservará, pela Sua exclusiva graça, a nossa comunhão de amor, alegria e paz com Ele, em todas as circunstâncias.