Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Como Estar Sempre Animados

 
Nossos desânimos não vêm da parte de Deus porque Ele entrou em aliança conosco assim como um pai que se compadece dos seus filhos (Sl 103.13) e deste modo nunca agiria no sentido de desanimá-los. Nem vêm de Cristo nossos desânimos porque Ele não apagará o pavio que fumega. Nem tampouco vêm do Espírito Santo porque ele nos ajuda nas nossas fraquezas e é o Consolador.
Não são portanto nossos desânimos e fraquezas que podem quebrar nossa aliança com Deus, assim como está bem tipificado no caso da nação de Israel que se encontrava assolada e em opróbrio em Judá nos dias de Neemias.  
A aliança que temos com o Senhor é de caráter matrimonial e por isso Ele nos assiste com Sua misericórdia em nossas fraquezas e não nos desamparará por causa delas. 
Agora, consideremos o perigo que há naqueles que lançam, eles próprios, água para apagar o pavio fumegante de suas vidas que o próprio Cristo não apagaria.
Não é sem razão que o apóstolo nos alerta quanto ao perigo de apagarmos o Espírito com os nossos pecados deliberados.
A Igreja de Laodiceia está sempre pronta a ser vomitada da boca do Senhor porque é morna.
Ela tipifica bem aqueles cristãos que vivem perigosamente provocando sempre a ira de Deus por um viver deliberado no pecado.
Se a graça é fortalecida no seu exercício, como poderão estar fortalecidos com graça aqueles que a rejeitam e confiam nos seus próprios méritos e obras?
E como poderemos permanecer nesta graça se não nos santificarmos?
Jesus nos convida a ter bom ânimo na aflição porque, como Ele próprio afirmou, jamais apagará o pavio fumegante, mas lembremos que vivendo deliberadamente no pecado será impossível ter este bom ânimo que Ele próprio nos concederia pela Sua graça.
  Não confundamos fraqueza com prática deliberada do pecado, porque isto não é fraqueza mas rebelião e traição ao Filho de Deus que morreu justamente para não vivermos mais praticando o pecado e procurando estar deliberadamente debaixo do seu domínio.
Há muitos inimigos a serem vencidos, a carne, o diabo e o mundo, e é importante estarmos conscientes de nossa condição de canas quebradas e pavios fumegantes para que nunca tenhamos a presunção de tentar vencer estes inimigos na energia da carne, senão por nos fortalecermos na graça que está em Cristo Jesus e na força do Seu poder.
Mas não fazendo isto por imposição de um espírito arrogante, mas pela humilde súplica de um espírito quebrantado que reconhece que depende totalmente de Deus.
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 19/03/2013
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