Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Não Quebrar a Consagração
 
Quando o anjo anunciou o nascimento de Sansão a seus pais não disse nada a eles acerca da grande força física que ele teria.
O anjo falou somente que deveria ser um nazireu, e que nenhuma navalha deveria ser passada em seu cabelo.
Assim, a força dele estaria na sua consagração a Deus.
E de igual modo a nossa força espiritual é decorrente da nossa consagração ao Senhor.
A força física de Sansão que era forjada pela ação do Espírito Santo serve de tipo e figura da força espiritual dos cristãos (Col 11.29).
Desta forma, se é a consagração a razão da nossa força, se perdermos a primeira, consequentemente perderemos a segunda.
Não era portanto o cabelo de Sansão propriamente dito que era a fonte da sua força, mas a fidelidade a seu voto de nazireu, que seria demonstrado exteriormente pelo fato de não raspar a sua cabeça. 
Tudo nos chama a confiar e a esperar inteiramente na graça de Deus porque é somente vivendo e andando deste modo que podemos receber dEle poder e direção para nossas vidas.
Veja o caso de Sansão, que perdendo a Sua comunhão com Deus, perdeu também a capacidade de ouvir a Sua voz, e fazendo-se negligente para com o seu dom, não foi alertado quanto ao perigo que estava correndo, e Deus o deixou entregue à sua própria carnalidade e às consequências que lhe sobreviriam em decorrência disso.
Deus jamais encobrirá as nossas faltas por meio de distorcer a verdade e a justiça.
Ele jamais o fará porque não pode fazê-lo em razão da Sua perfeita santidade e justiça.
Nem sequer o faria para preservar a honra do Seu bom nome, para que não seja infamado pelos escândalos produzidos pelos Seus servos.
Ele suportará o dano, e vindicará a Sua santidade e justiça permitindo que soframos as consequências de nossas más ações, de modo que seja testemunhado que Ele nos abandonou não em razão de falta de amor por nós, mas por causa dos nossos pecados deliberados, de modo que aquilo de mau que fizermos publicamente possa ser também interpretado publicamente, como sendo algo pertencente à nossa exclusiva maldade, e não em decorrência de qualquer maldade ou injustiça que pudessem ser achadas em Deus, e serem a causa do nosso mau comportamento. 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 20/03/2013
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