VIVENDO DE MODO ÚTIL A DEUS – PARTE 2
Os pensamentos de Deus são completamente diferentes dos pensamentos dos homens, porque o homem pensa segundo a carne, e Deus segundo o espírito.
Se nós não somos libertados do apego ao ego carnal, não poderemos esperar que as outras pessoas sejam libertadas.
Se nós não estamos efetivamente crucificados, como podemos pregar o evangelho da cruz?
Se não temos visão, como podemos esperar que outros vejam a maneira como Deus age?
Acaso não estaremos dando chicotadas no ar em tudo o que fizermos?
Se nós não andarmos no caminho estreito, quem nos seguirá por ele?
Deus deseja portanto trabalhar primeiro conosco, e depois que Ele tiver ganho alguns de nós, poderemos, então, ganhar outras pessoas para Ele, conforme é o desejo de todo cristão autêntico, porque o Espírito Santo, que nele habita, o impele a isto.
As riquezas da graça divina somente podem fluir para outros através de pessoas que Ele possa usar.
E para sermos usados por Deus precisamos confiar nEle e obedecê-lO completamente.
A qualificação para fazer a obra de Deus não se encontra no estudo teológico, na fé sólida, no entusiasmo e no amor pelas almas, mas no fato de a pessoa estar totalmente tomada por Deus.
Ele precisa de homens e mulheres que tenham sido, eles mesmos, crucificados, a fim de pregarem aos outros a cruz de Jesus.
O problema com a grande maioria dos cristãos, quanto a serem achados incapazes de fazer uma verdadeira obra para Deus, apesar de ser grande o desejo deles de fazê-la, reside no fato de não terem sido ensinados e discipulados desde o princípio, no verdadeiro evangelho da cruz.
Eles são ensinados sobre várias passagens da Bíblia, de maneira generalizada, mas sem nenhuma instrução quanto ao que Deus espera objetivamente deles, pela identificação com a morte e ressurreição de Seu Filho.
Assim, a carne, o velho homem, são poupados, e até mesmo em alguns casos, lisonjeados, em vez de serem crucificados.
E alguém que não passou pela morte do eu, não pode pregar e viver no poder da ressurreição que é operada pela cruz.
E se a obra não é feita com o poder de Deus, tudo o que realizarmos terá sido em vão.
Ao pregar o evangelho, Paulo não usou palavras persuasivas de sabedoria, mas o poder de Deus, que se manifestava em sua própria vida (I Cor 2.1-5).