Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
 

VIVENDO DE MODO ÚTIL A DEUS – PARTE 5


                     
Precisamos nos perguntar: o que nos qualifica a pregar sobre a cruz?
Será que pregamos por estarmos profundamente familiarizados com as doutrinas bíblicas, por sermos capazes de apresentá-las com eloquência, ou por fazermos da pregação a nossa profissão? Seria muito patético este último caso. Muitos se tornam líderes na Igreja, mas não em virtude da experiência espiritual, da vida e poder do Espírito Santo – na verdade, muitos dos que ouvem as pregações têm uma vida espiritual melhor do que o próprio pregador.
Este é portanto um tempo de muitos guias cegos.
Muitos pregadores sabem somente a forma de propagar o conhecimento, mas não são capazes de suprir a vida divina e o Espírito Santo.
Eles não estão habilitados a formar Cristo nos seus ouvintes, mas somente lhes informar acerca de Cristo, isto, se na verdade, estão ensinando o genuíno evangelho bíblico.
E assim, o grão de trigo permanece solitário porque não morreu.
Mesmo que esteja rodeado de muitos discípulos, serão também como ele, grãos de trigo que não morreram, e que portanto, não podem gerar vida.
Quem permanece assim não pode ser usado por Deus, porque nos assuntos espirituais, não são necessários sabedoria, inteligência ou entendimento, mas interesse em ter experiência e poder espiritual.
O melhor comentário bíblico existente é o de Mattew Henry, e isto foi possível porque o seu pai percebeu que ele era alguém piedoso desde menino, e para não estragar a sua  piedade, não o enviou a uma faculdade teológica, mas a ser preparado por um homem de Deus piedoso, que o conduziu ao temor do Senhor, e ao modo correto de servi-lO.
Que Deus nos ilumine para que percebamos como é errado fazer a obra com o conhecimento e a habilidade naturais, e, assim, reconheçamos que tudo o que provém da velha criação adâmica precisa morrer.
Rejeitaremos tudo isso da mesma forma como o fizemos no momento da nossa salvação.
Neguemos realmente, tudo o que pertence à velha criação e recebamos a nova vida que pertence à nova criação de Cristo, que é segundo a justiça e a verdade.
Esta vida ressurrecta à qual estamos nos referindo demanda consagração real ao Senhor e um carregar diário da cruz, de maneira que estejamos permanentemente avivados na Sua presença, independente das circunstâncias em que estejamos vivendo.
Se forem desertos servirão apenas para aumentar ainda mais a nossa fé e graças. 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 24/04/2013
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