VIVENDO DE MODO ÚTIL A DEUS – PARTE 7
Se não tomarmos o jugo do Senhor não podemos segui-lO.
Deus pretende que estejamos dispostos a tomar sobre nós o Seu jugo, tanto nas pequenas coisas do dia-a-dia quanto nas grandes coisas da vida.
Muitos se queixam das pessoas que têm que suportar em seus relacionamentos, mas não conseguem enxergar que são jugos que o Senhor nos impõe para serem carregados.
É natural que se deseje abandonar estes fardos que Deus nos deu para carregarmos, mas se é a porção que Ele designou para nós, devemos nos submeter à circunstância, porque será o melhor para nós.
Alguns apresentam o pretexto que possuem um temperamento muito forte para poderem suportar injustiças ou situações desconfortáveis.
Todavia, isto nada tem a ver com temperamento, mas sim, com sujeitar-se à vontade do Senhor para obedecer a Sua Palavra.
Como isto demanda a negação do ego, então torna-se mais difícil para os que são de uma disposição iracunda, se submeterem ao mandamento.
Tomar a cruz significa tomar o jugo em cada situação particular.
Se tentarmos nos livrar de tudo o que nos parece um fardo, nunca acharemos descanso e paz para as nossas almas, porque estamos recusando o jugo do Senhor.
A razão pela qual os cristãos têm dificuldades em dar um bom testemunho é a resistência em tomar o jugo de Deus.
Eles desejam uma mudança no meio em que vivem, mas não percebem que o caráter cristão deve ser manifesto em tal ambiente.
A vida mais elevada que podemos ter é receber, com prazer, tudo aquilo de que não gostamos por natureza.
Deixei-me dizer que você terá pleno descanso se aceitar, com alegria, o jugo que Deus lhe der.
Este descanso depende da sua obediência, da sua atitude de negar-se a si próprio para carregar a cruz.
Por isso é preciso manter uma vida de permanente comunhão com Deus através da oração.
Para isto é preciso orar em todo tempo no Espírito, e vigiar para poder perseverar nesta vida de oração e súplica em favor da Igreja; porque Satanás tudo fará para que não tenhamos momentos regulares de oração, ou então para que não sejamos objetivos nos pedidos que fazemos a Deus.
“com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos,” (Ef 6.18).
Evidentemente, o teor principal de nossas orações deve estar relacionado à nossa necessidade de transformação de caráter e disposição pessoal, e não propriamente a modificação do ambiente ao nosso redor, incluídas aí, as pessoas e circunstâncias que se opõem a nós.
O motivo pelo qual os cristãos de hoje não oram do modo correto é devido ao fato de que nunca têm examinado este assunto e mantido vigilância a fim de não permitir que o momento da oração passe despercebido e seja negligenciado.
Por isso os cristãos têm tempo para estudar a Bíblia, mas não encontram tempo para orar.
E é aí que Satanás prevalece.
Ele sabe que, se os cristãos não tiverem tempo para orar, eles não vão orar, e assim, o diabo não é limitado de nenhuma maneira, porque os cristãos não podem prevalecer com Deus, a não ser através de uma vida intensa de oração, que os mantenha permanentemente ligados ao céu.
Daí a ordem de que a oração seja perseverante e sem cessar.
Se faltar isto, não podemos contar em sermos usados por Deus, numa obra e ministério regulares que Ele tenha designado para serem realizados por nós.