A Chuva da Graça
A graça perdoadora, justificadora e transformadora, que nos está sendo oferecida pela fé em Jesus Cristo, cai como chuva, continuamente, sobre o solo dos corações de toda a humanidade.
Felizes os solos que se deixam penetrar por esta graça, porque sem a mesma tudo é aridez e desértico para Aquele que espera colher os devidos frutos na Sua lavoura.
Estes frutos são espirituais, e especialmente os de justiça, amor e paz.
É por isso que Deus traz nossas obras de justiça em registro, porque é por elas que se comprova a operação da graça justificadora nas nossas vidas, para que estas obras de fé estejam perante Ele como um memorial para o nosso próprio bem.
Há um juízo terrível determinado sobre aqueles que não se arrependerem de suas más obras, mas de quanta longanimidade, da parte de Deus eles foram alvo?
Quantas oportunidades lhes foram dadas pelo Senhor para se arrependerem?
Na consideração da terra que seria amaldiçoada e queimada e rejeitada, como citado em Hb 6.8, deve-se ter em conta que é dito que continuamente ela recebeu a chuva que Deus enviou sobre ela, e no entanto não permitiu que aquela chuva a tornasse útil para os propósitos do Senhor.
Nós vemos aqui esta longanimidade e graça divinas, sendo aplicadas antes do juízo de destruição.
É isto o que acontece na prática em relação às pessoas que não permitem o trabalho da graça em seus corações endurecidos.
Elas poderiam permitir serem penetradas pela graça,tal como a água da chuva que penetra nos solos permeáveis, mas, no entanto, não permitem este trabalho, e permanecem no endurecimento que por fim ocasionará a sua destruição.
A prova disto está no fato de Deus afirmar que não tem prazer na morte do ímpio, antes que ele se converta e viva.
Jesus não veio condenar, mas salvar. Não veio remover a graça, mas derramá-la.
A condenação decorre então da nossa própria escolha em permanecermos endurecidos e ressecados, sem crer que Deus é poderoso e bondoso para nos dar uma vida venturosa cheia de frutos espirituais, por meio de Jesus Cristo.