VIVENDO COM UM INIMIGO NA CASA
O pecado é insistente e persistente, pois estará sempre influenciando toda ação moral ou nos inclinando sempre para o mal, ou impedindo-nos de fazer o que é bom, ou atrapalhando a comunhão com Deus.
“Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tg 1.14,15).
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. (Rom 7.18,19).
É possível praticar o bem, é possível viver em santidade, é possível ter comunhão com Deus, ainda que estejamos sujeitos à ação do pecado.
Enquanto no corpo estamos sujeitos ao pecado, por maior que seja a nossa consagração, e dizemos isto não para justificar um viver segundo a carne, mas exatamente para se viver de modo santo, sabendo nós de antemão, que enquanto neste mundo, nunca haverá uma aniquilação total e permanente do pecado.
Em Hb 12.1 vemos que há uma perseguição permanente do pecado. Ele nos acompanhará em toda a nossa caminhada terrena.
Não como um amigo, mas como um inimigo terrível que estamos incumbidos de destruir constantemente pelo poder do Espírito.
É por isso que mesmo as nossas melhores obras, sempre são acompanhadas por algum tipo de pecado (orgulho, ira, negligência etc), de forma que ninguém jamais pôde ou poderá afirmar que fez qualquer coisa para Deus que estivesse isenta totalmente da companhia desse inimigo pernicioso que nos acompanha tão de perto.
E se esta é a realidade em relação ao pecado e à nossa santidade, então se nós não fizermos da mortificação diária do pecado o nosso negócio, nós estaremos perdidos.
Aquele que ficar parado e sofrer os ataques deste inimigo sem resistir-lhe, será indubitavelmente vencido.
Se o pecado é sutil, alerta, forte, e está sempre no trabalho de matar nossas almas, e se nós somos indolentes, negligentes, tolos, seremos certamente arruinados.
Enquanto vivermos neste mundo será sempre assim: ou o pecado é vencido ou prevalece. Não há nenhum descanso prometido quanto a isto neste mundo. Esta é uma guerra sem trégua.