Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
A Dispensação do Espírito Santo

 
Esta nova dispensação do Espírito (da  graça)  é imutável.
Ele tem sido designado como um  Consolador eterno  que estará para sempre com os cristãos.
O próprio Senhor Jesus  declarou isto expressamente na primeira promessa que Ele fez de enviar o Consolador:
 
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;" (João 14.16).
 
É  nesta promessa que consiste a permanência do Espírito para sempre com a Igreja.
E Jesus fez esta promessa para afiançar a fé e a consolação da Igreja em todas as épocas, nas oposições  que  os  cristãos terão que enfrentar na sua luta contra a carne, Satanás e o  mundo.
Como Jesus havia sido o Consolador visível dos discípulos durante o tempo do Seu ministério terreno, e estaria partindo agora para o céu para a restauração de todas as coisas,  eles  poderiam temer que este outro Consolador que foi prometido  poderia também permanecer somente um período com eles, de maneira que ficariam sujeitos a uma nova perda e tristeza.
Então  nosso  Senhor Jesus Cristo lhes garantiu que este outro Consolador  continuaria para sempre com eles até o fim das suas vidas, trabalho e ministério, como também estaria atuando com a igreja até a  consumação dos séculos.
E isto porque Ele estava sendo prometido agora numa aliança eterna e inalterável. E Ele não deixará jamais  a  Igreja de modo que a aliança eterna de Deus não possa ser abolida.
 
"Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o  Senhor:  o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca da tua descendência, nem da boca da descendência da tua  descendência,  diz  o Senhor, desde agora e para todo o sempre." (Isa 59.21).
 
Entretanto, a par desta grande verdade, sempre há um número  considerável de cristãos que vivem a maior parte das  suas  vidas  em dificuldades e desconsolação, não tendo qualquer  experiência  da presença do Espírito Santo como um Consolador.
Mas  esta  objeção não tem força para enfraquecer a nossa  fé  quanto  à  realização desta promessa por maiores que sejam as desconsolações que possam suceder à Igreja de todas as épocas, porque nada  pode  anular  a promessa do derramamento do Consolador.
O cumprimento da promessa de Cristo não depende da nossa experiência, porque  a  consolação do Espírito não é para incrédulos.
A menos que nós  entendamos  a natureza das consolações espirituais corretamente, e as avaliemos de modo satisfatório, nós não poderemos  desfrutá-las,  ou  então não estaremos delas conscientes, ainda que estejam operando em nosso favor.
Muitos quando se encontram debaixo das suas dificuldades  supõem que não haja qualquer conforto a não ser o que seja decorrente da remoção destas dificuldades.
Eles não conhecem o conforto e  alivio das tristezas sem que seja removida a sua causa.
Tais  pessoas nunca podem receber a consolação do Espírito Santo ou  qualquer experiência espiritual de refrigério.
É sendo fervorosos na oração pela presença do Espírito conosco, e buscando todos os nossos confortos dEle, considerando estas  consolações acima de quaisquer prazeres terrenos, aguardando pela manifestação da Sua graça, que se recebe a consolação do Espírito.
Todo cristão pode se exercitar nisto, em busca da consolação  do Espírito porque Ele foi prometido por Cristo para  também  operar este ofício em favor dos cristãos, e somente deles,  porque  Jesus também afirmou quando fez a promessa do Consolador  que  o mundo não poderia tê-lo como um Consolador, senão somente aqueles que O amam e guardam a Sua Palavra (João 14.16,17, 26; 15.26; 17.7,8).
O mundo pode ser o alvo de outras operações do  Espírito  para  a convicção de pecados e conversão, e é disto que decorrerá posteriormente as consolações do Espírito.
 
 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 10/05/2013
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