CASOS REAIS DE CONVERSÃO – Parte 3
Baseado no Capítulo V do livro Conversão de autoria de Stanley Jones
Um homem e sua esposa queriam tornar-se cristãos. A esposa tinha mau gênio. Disse ele: "Dir-lhe-ei que se torne cristã, primeiro; se ela se transformar, eu me tornarei cristão." E ele tornou-se cristão.
Uma mulher budista recusou deixar seu filho entrar no ministério cristão. Ele queria uma esposa cristã, e ela concordou com isto. Foi à Igreja para descobrir-lhe uma esposa. E ela se converteu. Arrumou-lhe a esposa também. Agora percorre as igrejas ajudando-as e expiando, assim, a culpa, por ter impedido que seu filho entrasse para o ministério.
O filho tornou-se arquiteto. Mãe e filho são felizes e prestativos. Mas Cristo não desprezou seu motivo de ir à igreja a fim de descobrir uma esposa para o filho. Tomou-a onde lhe foi possível e conduziu-a para onde devia.
Com referência a motivos, um dos mais notáveis cristãos leigos do Japão veio a Cristo por um motivo muito discutível. Era dono de uma farmácia, mas devido à bebida, levou-a quase à falência. Foi então a uma reunião do Exército de Salvação e respondeu ao "apelo de penitência", na esperança de que o Exército de Salvação com seus contatos na América pudesse obter-lhe um empréstimo para seu negócio decadente. Depois de responder ao "apelo de penitência" foi realmente convertido - com os motivos e tudo. Tem hoje quatro farmácias e, desde sua conversão, há nove anos atrás, mantém uma reunião de oração, às seis horas da manhã - 3.825 dias consecutivos, com o termômetro frequentemente a trinta graus abaixo de zero, em Hokkaido, a ilha mais ao norte de todas. Três a seis pessoas se reúnem com ele, e ele lá está sempre. Jesus fez com o ele o que fez com a Samaritana, quando disse: "Dá-me desta água, para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la", que desejava ver-se livre do aborrecimento daquela caminhada. Purificou-lhe os motivos. Jesus alcançou este homem no nível em que podia, e então procedeu à purificação em tudo ao redor, incluindo os motivos. Não nos pergunta se chegamos com um motivo ou vida pura. Pergunta: "Queres ser diferente? Bom? integral?"
Um negociante na América estava nas mãos de um psiquiatra pagão, que o explorou até a importância de 65.000 dólares, e ele, ao contrário, piorava. Conservava um bloco de papel ao lado de sua cama para que pudesse anotar os sonhos, a fim de que o psiquiatra os interpretasse. Deprimido e melancólico, desceu ele, certo dia, as escadas do edifício onde estava situado o consultório médico; a bengala em que se apoiara quebrara-se em suas mãos. Ouviu uma Voz dizer: "Olha para este lado". Sentiu que Voz era de Cristo, mas não sabia como encontrá-lo. Então, um dia, ouviu-me falar sobre o Reino de Deus, e, aquietando-se, falou consigo mesmo: "É isto. Minha busca terminou".
Aceitou o Reino de Deus como uma criancinha. Saiu diretamente de seus temores, frustrações, ressentimentos e futilidades – diretamente para uma nova vida. Tudo cai como folhas secas diante da seiva vitalizante de uma nova vida. Tornou-se um homem íntegro. Possibilitou financeiramente a fundação dos Ashrams cristãos na América e legou um fundo para evangelismo, pois desejava que outros compartilhassem do que de graça lhe fora dado. Existe em Lucknow, Índia, um Centro Psiquiátrico Cristão, em sua memória. Sua experiência com um psiquiatra pagão não o acirrou contra toda psiquiatria, pois a psiquiatria pagã era uma perversão. Sabia como dissecar a alma em fragmentos, mas ignorava como reuni-los outra vez num plano elevado. Nada sabia de conversão e, portanto, achava-se completamente impotente na situação - um caso de cego a guiar outro cego.
Contrastando com este, um psicólogo, chefe da divisão de pessoal de importante corporação, veio a mim e, sem preliminares, disse: "Quero ser salvo”. Foi reconfortante, pois a maioria das pessoas usa de rodeios.
Estava amadurecido para a conversão. Alguns momentos mais tarde, ao nos erguermos de nossos joelhos, a luz inundou seu olhar. Estava salvo - nenhuma outra palavra se enquadra ao fato.
O motivo por que as consultas têm que ser em séries intermináveis está no fato de que o consultor não tem nenhuma conversão a oferecer, lidando, portanto, sem cessar, com questões menores, conservando intocável a questão central: a necessidade de conversão. Ao Se retirar para dar uma destas entrevistas, uma senhora comentou a amigos: "Estarei de volta em quinze minutos. Ou eles querem, ou não querem". Precipitadíssimo? Talvez. Mas as consultas e análises intermináveis são muito vagarosas e, em geral, revelam uma tentativa sábia de esconder a carência do remédio da parte do consultor ou do psicanalista. O inconvertido não pode converter o inconvertido.
Stanley Jones
Enviado por Silvio Dutra Alves em 28/05/2013