Por Que Deus não Deixa Pra Lá?
À maior parte da humanidade soa agradável o pensamento de que Deus não se intrometesse nos assuntos da Terra.
Para que julgar o homem ou castigá-lo?
Não seria melhor deixar cada um escolher a própria sorte sem atribuir qualquer juízo moral sobre os que andam de modo errado?
Não foi Ele mesmo quem criou o homem com livre arbítrio?
Seria então importante saber o motivo que o leva a agir como Juiz de todas as pessoas.
Todavia, é mister dizer, antes, que Ele não é apenas o vingador do mal, como também é o recompensador do bem.
Podemos entender o modo da ação moral de Deus, pelo nosso próprio modo de agir.
Porventura não somos inclinados naturalmente a recompensar o bem e a punir o mal?
Onde isto sucede de modo oposto é em razão de uma perversão que leva a alguns a agirem contra a própria natureza, feita à imagem e semelhança de Deus.
Como o seu sistema de valores é pervertido então se inclinam a aprovar o mal e a reprovar o bem.
Afinal, quem gosta de ser roubado, traído, violentado?
Mesmo aqueles que se inclinam para a prática do mal, não o aprovam, quando este se volta contra os seus próprios interesses, conforme o padrão de comportamento que citamos no parágrafo anterior.
Se nos homens, por conta de sua imperfeição e fraqueza inerentes, não há uma medida perfeita de valores aprovados, no entanto, ela é santa, justa e perfeita na natureza de Deus.
E é esta natureza perfeita, especialmente em amor verdade e justiça, que o leva a julgar todos os nossos atos, ações, imaginações,intenções e omissões.
Nada escapa ao seu justo juízo divino, de modo que todos teremos que lhe prestar contas naquele Dia do Juízo vindouro, quanto ao bem ou o mal que fizemos enquanto neste mundo.
Agora, sendo também parte da Sua natureza, a misericórdia e a longanimidade, Ele perdoa a todo aquele que se arrepende e busca vencer o mal pela prática do bem.
Ele nos criou para o propósito de vivermos para sempre em perfeita harmonia e unidade em amor com Ele e com todos os demais seres morais que vivem de acordo com o padrão de valores da sua natureza divina.
Este propósito não poderá ser desfeito por nenhum poder contrário que se lhe oponha.
Daí a razão de sujeitar a um juízo de separação eterna desta comunhão, a todos os que buscarem viver de modo contrário ao propósito para o qual foram criados.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 19/07/2013