“Muitos o seguiram, e a todos ele curou.” (Mt. 12:15)
Charles H. Spurgeon
Que infinidade de doentes horrendos deve ter se acotovelado sob o olhar de Jesus! No entanto, não lemos que Ele se sentiu repugnado, mas que esperou cada caso pacientemente. Que variedade singular de males deve ter se encontrado a Seus pés! Que úlceras repugnantes e que feridas fétidas! Contudo, Ele estava preparado para cada nova forma monstruosa de desgraça, e foi vencedor sobre cada uma delas. As flechas vinham de todos os lados, mas de cada uma delas Ele extinguia o poder de fogo. O calor da febre ou o calafrio da inflamação; a letargia da paralisia ou a cólera da loucura; a imundície da lepra ou a escuridão da cegueira ━ todos conheceram o poder da Sua palavra, e fugiram ao Seu comando. Em todos os sentidos, Ele triunfou sobre o mal, e foi glorificado pelos cativos libertos. Ele veio, viu e venceu em todos os lugares. Ainda é assim nesta manhã. Qualquer que seja o meu caso, o Médico amado pode me curar; e qualquer que seja o estado daqueles de quem eu me lembre neste momento de oração, posso ter esperança em Jesus de que Ele será capaz de curá-los dos seus pecados. Meu filho, meu amigo, alguém querido, posso ter esperança para cada um, para todos, quando me lembro do poder restaurador do meu Senhor; e quanto a mim, seja qual for a gravidade da minha luta contra os pecados e enfermidades, sei que ainda posso ter bom ânimo. Aquele que na terra andou pelos hospitais, ainda dispensa a Sua graça, e faz maravilhas entre os filhos dos homens: vou ter com Ele agora mesmo em plena confiança.
Quero louvá-lO nesta manhã, lembrando-me de como Ele operou Suas curas espirituais, as quais Lhe trouxeram grande renome. Ele tomou sobre si as nossas enfermidades. “Por suas chagas, fomos sarados.” A Igreja na terra está repleta de almas curadas pelo nosso amado Médico; e os habitantes do próprio céu confessam que “A todos Ele curou.” Vem, então, minh’alma, anuncia em todos os lugares as virtudes da Sua graça, e deixa “ser isto glória para o SENHOR e memorial eterno, que jamais será extinto.”
Charles Haddon Spurgeon
Enviado por Silvio Dutra Alves em 24/07/2013