Verdadeiramente Comendo a Carne de Jesus – Parte 1
Por Charles Haddon Spurgeon,
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.”( João 6:53-56)
Nosso Senhor Jesus, nesta passagem, não alude à Ceia do Senhor, como alguns que, desejando manter suas superstições sacramentais, ousaram afirmar! Eu não vou me apoiar no argumento de que não havia ainda a Ceia do Senhor no momento para que se fizesse alusão a ela, por mais que haja certa força nessa idéia, mas eu prefiro lembrá-los que tal interpretação desta passagem não seria verdadeira. Deve-se confessar, mesmo pelo mais ardente advogado do significado do sacramento, que as expressões usadas por nosso Senhor não são universalmente e, sem exceção, verdadeiras se usadas nesse sentido, pois não é verdade que aqueles que nunca tomaram a Ceia do Senhor não têm vida em si mesmos, já que se diz em todos os lugares que centenas de milhares de crianças mortas na infância são, sem dúvida, salvas, e elas nunca comeram a carne de Cristo nem beberam Seu sangue, se a Ceia do Senhor é aqui mencionada.
Houve também muitos outros em tempos passados que, por sua conduta, provaram que a vida de Deus estava em suas almas, e eles não puderam comer o pão do altar, por causa de doenças, excomunhão, prisões e outras causas. Certamente há outros, mesmo que eu não os tenha por escusados, que negligenciaram vir àquela ordenança comemorativa abençoada, e ainda, entretanto e apesar disso, eles são verdadeiramente filhos de Deus. Poderia o maior dos maiores homens da igreja enviar qualquer Quaker, mesmo o mais santo e devoto, para o abismo sem fim? Se este texto realmente se referisse à Ceia do Senhor, então é certo que o ladrão que morreu na cruz com Jesus (Lucas 23:39-43) não poderia entrar no céu, pois ele nunca se sentou na mesa da comunhão, mas se converteu na cruz – e sem Batismo ou Ceia do Senhor – foi direto com seu Mestre ao Paraíso!
Nunca ninguém poderá provar, sim, é totalmente falsa a idéia de que ninguém tem vida eterna se não recebeu o pão e o vinho da mesa da comunhão. Por outro lado, é certamente e igualmente inverídico que qualquer que comer a carne de Jesus tem vida eterna, se por isso se entende por qualquer pessoa que toma parte na Eucaristia, pois há recebedores indignos, não um ou outro, mas a serem achados aos milhares. Aliás, há apóstatas que deixam a mesa do Senhor pela mesa dos demônios e profanam o Santo nome que uma vez professavam amar! Há também muitos que receberam o pão e o vinho do sacramento e vivem em pecado – que aumentam seu pecado por ousarem vir à mesa e que, tememos, morrerão nos seus pecados como muitos outros.
Não-regenerados estão muito aptos a considerar como grande coisa o sacramento e nada de Cristo. Eles valorizam muito o pão e o vinho do (suposto) “altar”, mas eles nunca souberam o que é comer a carne e beber o sangue de Cristo. Esse comer e beber indigno – carnalmente comendo pão, mas não espiritualmente comendo a carne do Redentor – para eles a ordenança é mais uma maldição que uma bênção. Nosso Senhor não se referia à refeição de Sua ceia, e sua linguagem não sustenta tal interpretação. É evidente que os judeus não compreenderam o Salvador e pensara que Ele se referia ao comer Sua carne literalmente. Não admira que eles se escandalizem por tal discurso, pois, entendido literalmente, é horrível e revoltante ao máximo!
Mas mais admirável é o fato de que há milhões de pessoas que aceitam erro tão monstruoso como verdade e acreditam em literal alimentação com o corpo do Senhor Jesus! Esse é provavelmente o ponto mais alto de absurdo profano que a superstição jamais alcançou – acreditar que tal ato de canibalismo como implicaria o comer literalmente a carne de Cristo poderia prover graça à pessoa culpada de tal horror! Enquanto pasmamos que os judeus compreenderam tão mal o Salvador, pasmamos mil vezes mais que existe na face da terra homens em seu senso ainda não submetido a um sonho lunático que se prezam por defender tal erro assustador das Sagradas Escrituras e, ao invés de ficarem escandalizados, como os judeus ficaram, por um discurso medonho, na verdade consideram seu uma doutrina vital de sua fé – que eles literalmente devem comer a carne de Cristo e beber Seu sangue!
Irmãos e irmãs, se fosse possível que Nosso Senhor requeresse de nós acreditar em tal dogma, certamente exigiria o esforço de credulidade mais estupendo da parte de um homem razoável – e o deixar de lado todas as decências da natureza. De fato, pareceria ser necessário, antes que você pudesse se tornar cristão, que você devesse se livrar totalmente de sua razão e humanidade! Certamente seria um evangelho mais adequado a selvagens e loucos que para pessoas em perfeito juízo e à parte do barbarismo absoluto! Eu realmente questiono se as guerras civis na África se usam de práticas tão antinaturais.
Não nos é exigido, entretanto, acreditar em algo tão impossível, tão degradante, tão blasfemo, tão horroroso a toda decência da vida! Nenhum homem jamais comeu a carne de Cristo ou bebeu Seu sangue em um sentido literal e corporal. Um ato tão bestial, não, tão demoníaco, nunca aconteceu, nem poderia. Não, irmãos, os judeus estavam em erro – eles cometeram o engano de tomar literalmente o que Cristo expressou espiritualmente. Totalmente cegos como resultado da incredulidade, eles tropeçaram no meio-dia como se estivessem de noite e se recusaram a ver o que havia sido explanado tão claramente. O véu estava em seus corações. Ah, quão pronto está o homem a perverter as Palavras do Senhor!
Eu creio que se Cristo tivesse a intenção de ser literal, então os judeus teriam espiritualizado Seu discurso, mas tal é a perversidade da mente humana, que quando Ele falou espiritualmente então imediatamente eles interpretaram-no de uma maneira carnal e grosseira. Não vamos cair no mesmo erro deles, mas que a Graça Divina nos leve a ver que as Palavras de nosso Senhor são espírito e são vida. Não vamos nos prender nas cadeias da letra que mata, mas seguir o espírito que vivifica. O significado espiritual é suficientemente claro para o homem espiritual, pois a ele pertence o discernimento espiritual. Mas para o não-regenerado, essas coisas são ditas em parábolas, porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem (Mt 13:13).
Nosso primeiro objetivo será, o que significa, então, comer a carne e beber o sangue de Cristo? E nosso segundo ponto de inquirição deverá ser, quais as virtudes deste ato?
I. Primeiro, então, O QUE SIGNIFICA COMER A CARNE E BEBER O SANGUE DE CRISTO? É uma metáfora muito linda e simples, quando entendida como se referindo espiritualmente à Pessoa de nosso Senhor. O ato de comer e beber são transferidos do corpo à alma e a alma é apresentada como se alimentando – se alimentando de Jesus como o Pão da Vida. Comer é interiorizar dentro de si algo que está fora, que você recebe dentro de si e se torna uma parte de você e é usada para a sua construção e sustento. Esse algo supre uma grande necessidade da sua natureza e quando você o recebe, renova a sua vida. Essa é a essência da metáfora e bem descreve o ato e resultado da fé.
Para comer a carne e beber o sangue de Cristo, primeiro, precisamos crer na realidade de Cristo – não podemos tê-lo como um mito, uma personagem imaginária, uma invenção de gênio, ou uma concepção da mente Oriental, mas devemos acreditar que uma Pessoa como tal atualmente e de forma real viveu e ainda vive. Devemos crer que Ele era Deus e ainda assim condescendeu a encarnar na terra e aqui viveu, morreu, foi sepultado e ressurgiu. “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue”. É uma forma de expressar a existência atual e verdadeiro materialismo do corpo do Senhor e a certeza e veracidade de Sua existência em natureza humana. Você não pode ser salvo a não ser que creia em um Cristo histórico, uma Pessoa real-
Havia um homem, um homem real,
Que uma vez no Calvário morreu,
E veios de sangue e água
Pelo seu lado ferido desceram
Essa mesma Pessoa, em Sua própria Personalidade, ascendeu aos céus. Ele agora está sentado à destra do Pai e certamente virá, não tardará, para ser o Juiz dos vivos e mortos. Não devemos usar os termos, carne e sangue, a não ser que queiramos indicar uma Pessoa – tal linguagem não descreveria a criação de um sonho, um fantasma, ou um símbolo. Antes de tudo, para você ser salvo, você precisa crer em Jesus Cristo, o Filho de Deus, como tendo se manifestado em natureza humana entre os filhos dos homens. “O verbo se fez carne e tabernaculou entre nós”, e os Apóstolos declaram que eles viram a Sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade. (João 1:14)
Devemos crer não somente na realidade do Salvador, mas na realidade da Sua encarnação, entendendo que enquanto ele era divino, Ele era humano, também, que Ele não assumiu natureza humana em aparência externa, como certos hereges têm dito, mas que Cristo veio em carne e, como tal, foi ouvido, visto, tocado e segurado. Ele foi, em um corpo mesmo, realmente pendurado no madeiro, foi realmente levado à cova. Tomé, de verdade, pôs seu dedo nas feridas dos cravos e pousou sua mão no Seu lado. Devemos crer que Ele certamente e sem sombra de dúvida levantou de entre os mortos e que em Seu próprio corpo real, Ele ascendeu aos céus. Não devem restar dúvidas acerca desses fatos fundamentais. Se queremos nos alimentar de Cristo, Ele deve ser real a nós, pois um homem não come e bebe sombras e fantasias.
Devemos também verdadeiramente acreditar na morte do Filho de Deus Encarnado. A menção de Sua carne como comida, fora Seu sangue que é bebida, indica morte. O sangue está na carne enquanto há vida. Sua morte é mais que subentendida no quinquagésimo primeiro verso de João 6, onde nosso Senhor diz, “e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne”. Irmãos e irmãs, nós devemos acreditar na morte do nosso Senhor pois ela alcança a expiação do pecado, para que a fé se alimente do Seu corpo como dado pela vida do mundo.
Há alguns que professam crer na vida de Cristo e eles O tem como um grande exemplo que nos salvará do egoísmo e outras maldades se O seguimos. Tal não é o ensino do texto – a bênção da vida eterna não é dada aos que seguem o exemplo de Cristo, mas aos que comem e bebem Seus carne e sangue, ou, em outras palavras, interiorizando Cristo em si mesmos! E a promessa não é feita para que se receba Seu exemplo ou Sua doutrina, mas Sua Pessoa, Sua carne, Seu sangue – Sua carne e sangue separados e, portanto, Ele como morto por nós e feito Sacrifício por nós. Assim como nas ofertas pacíficas o ofertante sentava e comia com o sacerdote a vítima que ele apresentou, assim Jesus Cristo, nosso Perdoador, é sacrificado por nós e devemos nos alimentar dEle como o Cordeiro de Deus, recebê-lO no Seu Caráter sacrificial e propiciatório, dentro de nossas almas.
É vão esperar por salvação em qualquer outra coisa! O Pai estabeleceu Ele como uma propiciação através da fé no Seu sangue. Se O recusarmos nesse Caráter, Cristo se nos torna inútil. Cristo o Exemplar não poderá salvá-lo se você O rejeitar como o Cristo que ofereceu Sua cabeça para a morte, mesmo a morte de cruz, sofrendo no lugar do Seu povo. Cristo como Rei não pode salvá-lo enquanto você não acreditar em Cristo como uma Vítima. Isso é absolutamente necessário à fé salvadora – a não ser que você coma Sua carne e beba o Seu sangue, qual seja, aceitá-lO em Sua verdadeira Personalidade, oferecido como Sacrifício pelo pecado, você não tem vida em si mesmo!
Isso é o que há para ser crido. Mas para comer, um homem não apenas crê que há pão à sua frente e aceita que o pão é alimento próprio a seu corpo, mas a próxima coisa que faz é se apropriar dele. Essa é uma parte importante no ato de se alimentar de Cristo. Como um homem, ao comer, dá as mordidas, as engole e diz, “isso é pão e creio que traz vida ao corpo e então deverá trazer vida a mim, e eu o tomo para ser meu pão,” assim devemos fazer com Cristo. Queridos irmãos e irmãs, devemos dizer, “Jesus Cristo foi feito propiciação pelos pecados, Eu O aceito como Propiciação do meu pecado. Deus O deu para ser o fundamento sobre o qual os pecadores devem construir sua esperança. Eu o tomo como o Fundamento das minhas esperanças. Ele abriu uma fonte para o pecado e para o imundo. Eu venho a Ele e desejo lavar o meu pecado e minha imundície na fonte do Seu sangue.”
Você não pode comer, evidentemente, a não ser que você faça a comida sua. De fato, nada é mais especificamente de propriedade de um homem do que aquilo que ele comeu – sua possessão daquilo não pode ser negada, nem se pode tirar dele. Assim você deve tomar Cristo para que Ele seja seu tanto quanto o pão que você come ou a água que bebe – Ele deve, sem restar dúvidas, ser seu pessoalmente e interiormente. Olhando para Ele em cima, na cruz, você deve dizer, “Salvador dos pecadores, aqueles que confiam em Ti são remidos. Eu também confio em Ti como meu Salvador e estou, assim, certamente redimido pelo Seu preciosíssimo sangue.” Comer consiste, em parte, em se apropriar da comida e assim, a não ser que você se aproprie da carne e do sangue de Cristo para ser sua esperança pessoal e confiança, você não pode ser salvo.
Eu me concentrei por hora em uma apropriação pessoal, pois cada homem come por si mesmo, e por mais ninguém. Você não pode comer por ninguém a não ser por si mesmo. E assim, ao tomar Cristo, você O toma para si. Fé é uma ação e responsabilidade sua – ninguém pode crer por você, nem tampouco você pode crer salvificamente por outro. Eu falo isto com reverência – o Espírito Santo, ele mesmo, não pode crer por nós, apesar de Ele poder, e de fato o faz, nos levar a crer. E, na verdade, se o Divino Espírito cresse por nós, nós não poderíamos obter a promessa, pois ela não é feita para a fé por procuração, mas somente para a fé pessoal. Não somos passivos na fé – devemos ser ativos e realizar o ato pessoal de se apropriar do Senhor Jesus para ser a comida e bebida da nossa alma.
Esse crer em Jesus e se apropriar dEle deve ir além para explicar o que significa comer Sua carne e beber Seu sangue. Comer e beber também consistem principalmente em receber. O que um homem come e bebe, ele apropria para si, e isso não por colocar em algum baú ou cofre, mas por receber em si mesmo. Você se apropria de dinheiro e coloca em seu bolso – poderá perdê-lo. Você faz o seguro de um pedaço de terra e descansa sobre isso, mas seu descanso poderá acabar. Mas quando você recebe, ao comer e beber, você colocou aquelas coisas boas aonde você nunca será roubado delas! Você as recebeu no sentido mais verdadeiro e seguro da palavra, pois você tem real possessão e usufruto dentro de si mesmo.
Agora, poder dizer, “Cristo é meu’, é uma bem-aventurança. Mas realmente tomar Cristo dentro de si por um ato de fé é a vitalidade e o prazer da fé! Ao comer e beber, o homem não é um produtor, mas um consumidor – Ele não é um doador ou entregador, mas ele simplesmente toma para si. Quando uma rainha come, quando uma imperatriz come, ela se torna tanto recebedora quanto o miserável na casa de trabalho. Comer é um ato de receber em todos os casos. E é, pois com a fé – você não tem de fazer, ser, ou sentir, mas apenas receber! O ponto da salvação não é algo que vem de você, mas o receber algo para você, Fé é um ato que o pecador mais miserável, o pecador mais vil, o mais fraco, o mais condenado pode realizar pois não é um ato que requer qualquer poder de sua parte, nem o desenvolver de algo dele, mas o simples receber em si mesmo!
Um vaso vazio pode receber e receber tudo mesmo porque está vazio. Oh, alma, você deseja ardentemente receber Jesus Cristo como o presente da misericórdia divina? Você, hoje, diz, “Eu assim o recebi?” Se é assim, você comeu Sua carne e bebeu Seu sangue! Se você recebeu o Deus Encarnado em sua alma, de tal forma que agora você confia nEle e nEle somente, então você comeu Sua carne e bebeu Seu sangue!
O processo de comer envolve ainda outra questão que eu dificilmente chamaria de uma parte dele, mas que está indissoluvelmente conectada com ele, a saber, a assimilação. O que é recebido, ao comer, desce às partes de dentro e lá é digerido e tomado para o corpo. Da mesma forma, a fé recebe e absorve dentro do homem o Pão que desceu dos céus, Cristo Crucificado. “Mas a palavra que ouviram”, lemos em Hebreus 4:2, “não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram”. No original, há a idéia de comida sendo levada dentro do corpo, mas que não chega a se misturar ao suco gástrico e, consequentemente, permanece indigesta, não-assimilada, sem proveito e até maléfica. Fé é para a alma o que o suco gástrico é para o corpo – tão rápido quanto Cristo é recebido dentro do homem, fé começa a agir sobre Ele – para extrair nutrientes de Sua Pessoa, obras e ações. E então Cristo começa a ser levado ao entendimento e ao coração, edifica todo o sistema do homem e se torna parte e natureza do homem renovado.
Assim como o pão, ao ser comido, se dissolve e é absorvido e depois se torna sangue e flui por todas as veias e ajuda a construir o corpo, assim também Cristo faz à alma. Ele se torna nossa vida e entra misteriosamente em vital união conosco. Como o pedaço de pão que comemos ontem não poderia, agora, ser retirado de nós, pois é parte de nós agora, assim também Jesus se torna um conosco. Você comeu o pão ontem e onde ele está agora nenhum filósofo poderia dizer. Parte dele poderia ter ido formar o cérebro e outras partes formar os ossos, tecidos e músculos. Mas sua substância se tornou sua substância, de tal forma que o pão habita em você agora e você nele, visto que ele constrói sua casa corporal.
Isso é se alimentar de Cristo – tomá-lO de tal forma que sua vida está oculta nEle, até você crescer e ser como Ele – até sua própria vida ser Cristo e o grande fato de que Jesus viveu e morreu se torna a mais elevada Verdade de Deus debaixo dos Céus para a sua mente – guiando toda a sua alma, tomando o controle e então a elevando ao mais alto posto. “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (II Co 5:14-15). Tal qual as flores se alimentam da luz do sol até estarem pintadas com as cores do arco-íris, assim recebemos o Senhor Jesus até nos tornarmos atraídos com Sua formosura e Ele vive, de novo, em nós! Isso é comer Sua carne e beber Seu sangue.
Charles Haddon Spurgeon
Enviado por Silvio Dutra Alves em 28/08/2013