“Satanás nos impediu." (I Tes 2.18)
Desde a primeira hora em que Deus entrou em conflito com o mal, isto nunca deixou de ser verdade na experiência espiritual, que Satanás nos impede.
De todos os pontos da bússola, ao longo de toda a linha de batalha, na vanguarda e na retaguarda, ao amanhecer do dia e à meia-noite, Satanás nos impede.
Se trabalhamos no campo, ele tenta quebrar o arado; se construímos um muro, ele se esforça para derrubar as pedras, se quisermos servir a Deus em sofrimento ou em conflito - por toda parte Satanás nos impede.
Ele nos atrapalhou quando fomos a primeira vez a Jesus Cristo. Tivemos lutas violentas com Satanás quando olhamos a primeira vez para a cruz e vivemos. Agora que estamos salvos, ele se esforça para impedir a integridade do nosso caráter pessoal.
Você pode estar parabenizando a si mesmo: "Eu tenho até então caminhado de forma consistente; ninguém pode desafiar a minha integridade." Cuidado com a jactância, porque sua virtude ainda será tentada; Satanás irá direcionar seus ardis contra essa mesma virtude na qual você tanto se gloria.
Se você tem sido até agora um crente firme, sua fé não demorará muito a ser atacada, se você tem sido manso como Moisés, espere ser tentado a falar imprudentemente com os seus lábios. Os pássaros bicarão o seu fruto mais maduro, e o javali selvagem destruirá com suas presas as suas seletas vinhas.
Satanás, com certeza, nos impedirá quando estivermos em oração fervorosa. Ele verifica a nossa importunidade, e enfraquece a nossa fé, a fim de que, se possível, venhamos a perder a bênção. Nem Satanás é menos vigilante em obstruir o esforço cristão. Nunca houve um avivamento da religião sem um avivamento de sua oposição. Tão logo Esdras e Neemias começaram a trabalhar, Sambalate e Tobias, foram incitados a impedi-los. O que fazer então? Nós não estamos alarmados porque Satanás possa nos impedir, pois é uma prova de que estamos do lado do Senhor, e estamos fazendo a Sua obra, e na Sua força conquistamos a vitória, e triunfamos sobre o nosso adversário.
Texto de autoria de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.