Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
O MODO DA LONGANIMIDADE


Em I Cor 13.4 se afirma que o amor é longânimo.
Com isto se afirma que o amor  nos dispõe a suportar com paciência os danos e ofensas recebidos de outros.
O amor cristão nos convoca a suportar  danos humildemente.
Então, os danos devem ser suportados sem fazermos qualquer coisa para nos vingarmos.
Então, aquele que exercita longanimidade para com o seu próximo, suportará os danos recebidos dele sem se vingar ou retaliar, seja por meio de ações prejudiciais ou palavras amargas.
Nós não deveríamos deixar de amar nosso próximo porque ele nos prejudicou.
Quando  permitimos que os danos que nós sofremos perturbem a nossa tranquilidade de mente, e nos coloquem num estado de excitação e tumulto, então nós deixamos de suportá-los no verdadeiro espírito de  longanimidade.
Se permitimos que o dano nos descomponha e  inquiete, e que nos afaste de nosso descanso interior, nós não podemos desfrutar, nem estar num estado de nos desencarregarmos corretamente de nossos vários deveres, e especialmente no que se refere aos nossos deveres para com Deus, sobretudo o da oração e o da meditação na Palavra.
E tal estado de mente é o contrário do espírito de longanimidade que suporta humildemente os danos que são citados no texto.
A longanimidade é uma parte essencial da natureza de Deus, e por isso somos chamados a ser também longânimos, ou seja, tardios em se irar, que é o significado desta palavra. 
Deste modo, nós devemos não somente suportar um dano pequeno humildemente, mas também um tratamento bastante prejudicial de outros.
Nós devemos perseverar e continuar numa condição quieta, independentemente de circunstâncias.
O amor a Deus nos dispõe a imitá-lo, e então nos dispõe a tal longanimidade como ela se encontra nEle. 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 01/10/2013
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