Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
SALMO 79 – Salmo de Asafe
Este salmo é semelhante ao salmo 74, também de autoria de Asafe, e descreve as assolações feitas contra os judeus bem como contra o templo do Senhor, nos dias de Nabucodonosor, de Babilônia. Neste, a destruição de Jerusalém é citada diretamente, tendo a cidade sido feita um montão de ruínas, e muitos de seus habitantes foram mortos na ocasião, a ponto de se dizer que seus corpos serviram de pasto para as aves de rapina e às feras da terra, e tantos eram eles, que não foi possível dar-lhes um sepultamento digno. Os judeus se tornaram motivo de zombaria para as nações vizinhas. O salmista clama para que Deus vingasse as assolações de Judá dando o devido pago às nações ímpias que a haviam destruído. E clamou pela misericórdia do Senhor para que não visitasse neles as iniquidades dos seus ancestrais, que em seus pecados, haviam dado ocasião àquelas assolações que lhes vieram da parte do Senhor. Ele clamou por misericórdia porque estavam sobremodo abatidos. Além de clamar por misericórdia, também orou pedindo que os pecados do povo de Judá fossem perdoados, e que o Senhor os livrasse por amor do Seu nome. Que Ele fizesse este bem ao Seu povo para que as nações não escarnecessem do próprio Deus, dizendo que nada fizera por eles. As nações ímpias estavam se gloriando contra o próprio Deus, e por isso o salmista pediu-lhe que lhes retribuísse sete vezes tanto, o opróbrio com o qual Lhe estavam vituperando; enquanto eles, ovelhas do Seu rebanho continuariam Lhe dando graças de geração em geração proclamando os Seus louvores.            

“Ó Deus, as nações invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo, reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.  Deram os cadáveres dos teus servos por pasto às aves dos céus e a carne dos teus santos, às feras da terra.  Derramaram como água o sangue deles ao redor de Jerusalém, e não houve quem lhes desse sepultura.  Tornamo-nos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que nos rodeiam.  Até quando, SENHOR? Será para sempre a tua ira? Arderá como fogo o teu zelo?  Derrama o teu furor sobre as nações que te não conhecem e sobre os reinos que não invocam o teu nome. Porque eles devoraram a Jacó e lhe assolaram as moradas.  Não recordes contra nós as iniquidades de nossos pais; apressem-se ao nosso encontro as tuas misericórdias, pois estamos sobremodo abatidos.  Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome.  Por que diriam as nações: Onde está o seu Deus? Seja, à nossa vista, manifesta entre as nações a vingança do sangue que dos teus servos é derramado.  Chegue à tua presença o gemido do cativo; consoante a grandeza do teu poder, preserva os sentenciados à morte.  Retribui, Senhor, aos nossos vizinhos, sete vezes tanto, o opróbrio com que te vituperaram. Quanto a nós, teu povo e ovelhas do teu pasto, para sempre te daremos graças; de geração em geração proclamaremos os teus louvores.”

  
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 19/10/2013
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