Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
A Boa Vontade Perfeita de Deus

 
Somos incentivados a sermos sinceros suplicantes decididos a receber as graças do Espírito de Deus, porque temos a certeza de que ele está disposto a concedê-las.
Nosso Salvador nos encoraja a fazê-lo, quando usou a  ilustração de um pai, que não pode ir contra a natureza e se livrar de suas afeições para negar atender às necessidades de seu filho, e não lhe dará para a sua subsistência uma pedra em lugar de pão, ou uma serpente no lugar de peixe.
Assim, se o homem que possui uma natureza terrena má, decaída no pecado, se apressa a atender de boa vontade às necessidades de seu filho, quanto mais Deus, que é o Pai perfeitamente amoroso, que possui uma natureza santa e bondosa, jamais deixará de dar o Espírito Santo e as graças do Espírito, àqueles que o desejarem como uma necessidade essencial a ser atendida em suas vidas.
Ainda que por vezes, Deus coloque a nossa busca do Espírito Santo, à prova, parecendo não estar disposto a não concedê-lo a nós, devemos agir como a mulher da parábola do Juiz Iníquo, que insistente e importunamente continuou lhe clamando que julgasse a sua causa com justiça. E a conclusão que nosso Senhor apresenta para esta parábola é a de que, se um juiz ímpio, que não age de bom grado, não deixou de atender àquela mulher pelo motivo de não continuar sendo importunado, diferentemente dele, Deus que tem prazer e boa vontade em nos atender, quando recorremos ao seu Trono de Graça, à busca da justiça eterna para as nossas vidas, justiça pela qual podemos ser transformados à imagem e semelhança de Jesus, jamais deixará de conceder isto àqueles que o buscarem com um coração realmente desejoso de obtê-lo, o que poderão demonstrar pela insistência em pedi-lo até que o tenham recebido. 
Não devemos portanto, conceber ou atribuir a Deus qualquer inclinação  para ser indiferente a nós, ou então para agir de má vontade para conosco. A Sua inclinação é sempre para fazer o bem, assim como uma mãe se aplica com cuidado e carinho para alimentar os seus filhos, e para satisfazer todas as suas necessidades, para que sejam saudáveis em tudo. 
O Senhor colocou esta inclinação nos pais para que possamos entender por quais sentimentos ele é dirigido na sua relação com os seus filhos.
E assim como os pais terrenos negam a seus filhos aquilo que possa ser prejudicial à sua saúde ou desenvolvimento pessoal, de igual modo nosso Pai celestial agirá em relação a nós, nos negando aquelas coisas que possam enfraquecer ou prejudicar o desenvolvimento do homem interior, que recebemos no novo nascimento (regeneração) do Espírito Santo.
Portanto tudo o que lhe pedirmos com as pirraças do velho homem, não pode estar contemplado na promessa, e seremos por Ele disciplinados, assim como os pais terrenos fazem com seus filhos pirracentos.
Busquemos as coisas do Espírito Santo, o reino de Deus e a sua justiça, e todas as nossas demais necessidades serão atendidas por Deus, na forma de acréscimo àquelas coisas espirituais que devemos buscar em primeiro lugar.
 
Pr Silvio Dutra
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 22/10/2013
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