Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
“Eu te conheci no deserto em terra muito seca." (Oseias 13.5)
“Eu te conheci no deserto em terra muito seca." (Oseias 13.5)

Sim, Senhor, tu realmente me conheceste no meu estado caído, e ainda assim, tu me escolheste para ti. Quando eu era repugnante e abominável, tu me recebeste como teu filho, e satisfizeste o meu desejo. Bendito seja o teu nome para sempre por esta livre, rica, abundante misericórdia.
Desde então, minha experiência interior tem sido muitas vezes um deserto; mas tu tens ainda me recebido como o teu amado, e derramado rios de amor e graça em mim para me alegrar e me fazer frutífero.
Sim, quando as minhas circunstâncias exteriores têm sido como as piores, e eu tenho vagado em uma terra seca, a tua doce presença tem me consolado.
Os homens não me conheceram quando o desprezo me aguardava, mas tu conheceste a minha alma nas adversidades, para que nenhuma aflição ofuscasse o brilho do teu amor.
Senhor mais gracioso, eu te engrandecerei por toda a tua fidelidade para comigo em circunstâncias tentadoras, e eu lamento que eu tenha em qualquer momento esquecido de ti e  deixado que meu coração se elevasse, quando, eu devia tudo à tua gentileza e ao teu amor. Tem misericórdia de teu servo quanto a isto!
Minha alma, se Jesus assim te reconheceu na tua baixa condição, esteja  certa de que é por causa dele que agora estás em tua prosperidade. Não se glorie por teus sucessos mundanos, de modo a ter vergonha da verdade ou da pobre igreja com a qual tu foste associada. Siga Jesus no deserto; carregue a cruz com ele, quando o calor da perseguição se  tornar ardente.
Ele se apropriou de ti, ó minha alma, na tua miséria e vergonha - nunca seja assim traiçoeira como para se envergonhar dele. Ó porque se envergonhar ainda mais com o pensamento de ter vergonha do meu melhor Amado! Jesus, minha alma se apega a ti.

"Eu vou voltar para ti em dias de luz,
Assim como em noites de tribulações,
Tu brilhas em meio a tudo o que é brilhante!
Tu, o mais amado dos amados!"

Texto de autoria de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.
Charles Haddon Spurgeon
Enviado por Silvio Dutra Alves em 31/10/2013
Alterado em 31/10/2013
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