Combatendo o Mal Pela Raiz
A Lei por si só não pode destruir o poder e o domínio do pecado. Daí que, por melhor que seja a legislação de um país, por mais justa que seja, jamais poderá produzir um coração santo segundo o coração de Deus. E não será nada surpreendente que se ache malfeitores até mesmo entre aqueles que têm a função de aplicar a lei, porque o pecado está arraigado no coração e dali somente pode ser removido pelo poder da graça de Jesus.
Para vencer a natureza pecaminosa que todos possuímos, tanto a lei quanto a carne são fracas para tal propósito.
Nossas melhores intenções e aplicações jamais poderão nos livrar deste senhor de escravos chamado pecado.
É somente por um permanente andar no Espírito Santo que ele pode ser vencido e destronado, para que a graça de Jesus possa reinar soberana em nossos corações.
Não admira portanto que nosso Senhor tenha afirmado o seguinte:
“Luc 10:21 Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
Luc 10:22 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Luc 10:23 E, voltando-se para os seus discípulos, disse-lhes particularmente: Bem-aventurados os olhos que vêem as coisas que vós vedes.
Luc 10:24 Pois eu vos afirmo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram.”
Não é portanto pela excelência dos cargos que ocupamos, ou por conta da sabedoria terrena que possuamos, que somos introduzidos no reino de Deus, obtendo vitória sobre o pecado.
Isto é feito pela soberana vontade de Deus, cujo propósito eterno quanto à salvação dos pecadores se cumpre nisto:
“1Co 1:26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;
1Co 1:27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;
1Co 1:28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
1Co 1:29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
Importa que seja assim porque a causa meritória da obtenção desta liberdade do domínio do pecado, é a morte e o sangue de Jesus Cristo, o preço exigido pela justiça de Deus para a nossa redenção, como se vê em 1 Pe 1.18,19; 1 Cor 6.20; 7.23, e em muitas outras passagens bíblicas. Nada mais poderia adquirir essa liberdade.
A força do pecado em nós deve ser destruída, e não meramente apaziguada, e por isso se tornou necessária a morte de Cristo em nosso lugar.
E veremos a força do poder da Sua graça operando na prática em nós, mortificando o pecado, em nossa experiência cotidiana.
Por conseguinte, o modo de se vencer o pecado, não é num confronto pessoal direto com o mesmo, mas nos submetendo a Deus de coração, para que seja produzido em nós, pela sua graça, aquele bom estado de alma que vence e afasta o pecado.
O mesmo princípio se aplica também às tentações do Inimigo:
“Tiago 4:7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”
É nas vitórias sucessivas sobre o pecado e o diabo, que aprendemos a sermos cada vez mais gratos a nosso Senhor Jesus Cristo, e a valorizar os sofrimentos que experimentou em nosso lugar, para que pudéssemos ser mais do que vencedores, por meio da fé nele.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 13/12/2013