Deus criou o homem, dando-lhe um espírito, além de um corpo e uma alma, que o diferencia de todos os demais seres vivos.
Também preparou um lar para ser habitado temporariamente pelas gerações sucessivas da humanidade – a Terra – que é um planeta diferente de todos os demais astros que existem no universo, porque ela foi disposta de tal maneira para que possa sustentar a vida natural por séculos e séculos.
Ao homem foi também dada a capacidade de criar muitas coisas, todavia, nada disto lhe seria possível se não tivesse recebido da parte de Deus tudo o que respeita à vida e à sua manutenção.
Do que tem então o homem do que se gloriar aparte de Deus?
Como pode se gloriar em seus feitos esquecendo que tem recebido tudo do grande Criador, inclusive a inteligência, os dons, a habilidade para poder criar no mundo natural a partir de tudo o que foi disponibilizado para ele por Deus?
Isto configura não apenas uma grande ingratidão, mas também insensatez, porque afinal, na grande criação espiritual que permanecerá eternamente, quando tudo o mais for desgastado e destruído pelo uso e pelo tempo, não foi dado ao homem criar qualquer coisa, quer as do presente quer as que estão prometidas para o porvir.
Quem pode operar milagres pelo próprio poder?
Quem pode justificar, regenerar e santificar a si mesmo?
Quem conhece de si mesmo o caminho do céu?
Alguém pode controlar o Espírito Santo que é o grande arquiteto da vida espiritual, que é mediante a fé em Jesus Cristo?
Em que pode então se gloriar o homem, senão apenas em conhecer e pertencer Àquele por meio de quem e para quem são todas as coisas.