A Coisa Certa e Necessária com o Sentimento Errado
Deus dotou o homem de um cérebro que é capaz de adquirir conhecimento infinito, e hoje está comprovado que as ligações neurônicas aumentam e melhoram seu desempenho quanto mais utilizamos o nosso cérebro, de modo que o exercício do pensamento não esgota a fonte de onde provém, ao contrário, aumenta em muito a sua capacidade.
Por pressuposto básico temos então que isto que nos foi dado por Deus é para ser usado.
Ora, então de onde procedeu o sentimento supersticioso de que o uso da razão e da capacidade cognitiva é um pecado praticado contra Deus, senão da própria iniciativa e corrupção dos corações de determinados homens? Nada pode ser atribuído ao próprio Deus quanto às superstições que prevaleceram no mundo até o final da Idade Média, e até mesmo durante o chamado período do Renascimento.
Toda a corrupção que foi introduzida na prática religiosa, mesmo no cristianismo, não pode ser atribuída a Deus e nem mesmo a homens verdadeiramente piedosos que possuem e que são dirigidos pelo Espírito Santo.
É evidente que foi o próprio Deus que capacitou a determinadas pessoas ao longo da história da humanidade, especialmente a partir da Renascença, e mormente a partir de meados do século XVIII, para o desenvolvimento das tecnologias que permitiriam a manutenção da continuidade da vida em todo o Globo, pela aplicação das técnicas necessárias e capazes de sustentar a grande e acelerada multiplicação da população mundial em relação a todas as suas necessidades básicas, especialmente a de alimentos.
Veja em números aproximados, na tabela a seguir, como a demanda de tecnologia com o aumento da ciência já estava programada nos conselhos eternos de Deus, em razão do grande aumento populacional que ocorreria nos últimos dias:
ANO POPULAÇÃO
33 171.000.000
100 181.000.000
500 194.000.000
1.000 270.000.000
1.500 430.000.000
1.800 900.000.000
1.900 1.600.000.000
1.997 5.815.162.100
2.011 7.000.000.000
A partir do século XIX (com início em 1.801), quando começou a aceleração do aumento do conhecimento tecnológico a população era de cerca de 900 milhões de pessoas, e saltou na virada para o século XX, para um bilhão e seiscentos milhões, com um aumento de setecentos milhões. Agora veja o que aconteceu na virada para o século XXI: a população deu um salto gigantesco passando para sete bilhões, com um aumento de cinco bilhões e quatrocentos milhões de pessoas no mesmo período considerado.
Foi ou não a providência divina que garantiu que houvesse tecnologia suficiente para sustentar tantas vidas?
Então temos a lamentar que muito deste avanço tenha sido feito como um resultado de um sentimento anti-Deus, anti-cristão, como se tivesse partido dele qualquer resistência ou impedimento para o avanço tecnológico efetivamente necessário.
É também lamentável que se use da liberdade de pensamento que nos foi concedida por Deus para nos voltarmos contra Ele e seus mandamentos, especialmente os morais, que são para o nosso próprio bem, sobretudo quando deixarmos este corpo para entrar na condição de eternidade espiritual.
Deus não é somente o promotor e inspirador do conhecimento epistemológico, como também das artes e de toda ética efetivamente sadios.
Foi Ele que capacitou a dois homens nos dias de Moisés, chamados Bezalel e Aoliabe, para fabricarem todos os utensílios e artes relativas ao tabernáculo que seria erigido para ser o lugar central do culto de adoração (Êxodo 31.1-11).
Felizes portanto, são todos aqueles que são cientistas e que em vez de sê-lo por serem inimigos de Deus, o são com o reconhecimento e gratidão a Ele pelos dons e talentos que têm dele recebido para tal propósito, e do uso dos quais, se para o bem, ou para o mal, ou por uma motivação certa ou errada, lhe darão contas no dia do juízo.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 20/03/2014