Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Reconhecendo a Apostasia
Por  Dene McGriff

Tradução: Mary Schultze - novembro 2006

http://www.desafiodasseitas.org.br/Mary/reconhecendo-a-apostasia.htm

Parte 2 - Reconhecendo a Apostasia
O que eles não querem que você saiba

Capítulo 8 - O Movimento de Crescimento da Igreja  (The Church Growth Movement)

   Nos próximos capítulos iremos discutir os principais movimentos dentro do Cristianismo Evangélico - a “Meta-Igreja”, depois o Movimento da “Igreja em Células” (Cap. 9) e, em seguida,  uma discussão sobre o Movimento dos Apóstolos e Profetas (Cap. 10). Se estamos nos “últimos dias”, seria de esperar o aparecimento de algumas falsificações muito bem forjadas. A “Meta-Igreja” também conhecida como “Igreja com Propósito”, ou “Seeker Friendly Church” (Igreja do Buscador Amistoso), representa um movimento extremamente bem sucedido em termos de crescimento da Igreja.
   Instintivamente, podemos achar que uma coisa assim tão popular não seja boa, pois quando um movimento é tão popular a ponto das pessoas correram para ali se reunirem, logo eu penso nas palavras de Jesus, em Mateus 7:13: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela.”  Devemos pensar que qualquer coisa muito bem sucedida deveria merecer desconfiança, visto como a mensagem do Evangelho, mesmo sendo de Boas Novas para os que creem, é uma notícia má para os que o rejeitam, quando, então, muitos começam a deturpá-lo, para que possa soar boa ao buscador, o que não é correto.
   O Apóstolo Paulo nos adverte, em 2 Timóteo 4:3-4: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.
         Será que a Igreja Com Propósito é tão tremendamente popular porque as pessoas buscam a verdade ou porque ela diz o que as pessoas gostam de ouvir?
         Pretendo ser justo e descrever exatamente o que é a “Meta-Igreja”  e qual é a causa pela qual ela se esforça. Li todos os seus livros e observei uma igreja local, com a qual estou muitíssimo familiarizado, a qual tem feito a cruzada dos “Quarenta Dias Com Propósito”, da qual milhares de igrejas estão participando. Warren lecionou esses seminários a mais de 175 mil pastores e líderes de igrejas de 60 denominações, em 42 países, e mais de 60 mil pastores assinam e recebem sua carta-circular semanal, via e-mail. O Programa é simultaneamente levado, via satélite, a milhares de igrejas em todo o mundo.

Igreja Saddleback - Uma Meta-Igreja

         Em 1979, Rick Warren e sua esposa chegaram a Orange County Community  (Comunidade do Condado Orange), para o seu crédito, determinados a edificar uma igreja com descrentes, em vez de roubá-los de outras igrejas. Ele começou fazendo uma vistoria na vizinhança, para descobrir como as pessoas eram (quais os seus interesses, atitudes, objetivos, etc.) e o que elas buscavam numa igreja. Ele também deu uma olhada nas centenas de igrejas maiores nos USA, a fim de descobrir o segredo do seu crescimento. Trabalhou com Peter Drucker, o famoso homem de negócios, consultor e escritor, acadêmico do Clairmont College, e fez uma pesquisa de mercado, de porta em porta.
         Essa pesquisa o ajudou a moldar uma igreja destinada ao “buscador amistoso”, a fim de alcançar a juventude não salva do Sul da Califórnia. A música, a mensagem e o culto são cuidadosamente preparados com o fim de alcançar pessoas novas, e tem funcionado! Isso é combinado com uma cuidadosa análise semanal dos cartões que são distribuídos durante o culto, indagando às pessoas do que elas gostam e do que não gostam no culto. Se você ler o livro de Warren - “Uma Igreja Com Propósito”, depressa vai notar que ele criou uma máquina bem lubrificada. Cada aspecto da reunião é cuidadosamente coreografado, desde a saudação à porta, até mesmo o tipo de música, de mensagem, seguindo-se até a saída das pessoas.
         Diz Warren que a igreja tradicional prega uma mensagem mista, contando coisas das quais os não salvos não estão a par e depois pregando “para o coro” (mensagem dirigida ao membro e não ao visitante), seguida de um apelo diferente, de dois minutos. Diz que precisamos conhecer a audiência que estamos tentando alcançar, conhecer o propósito da reunião e segui-lo com um específico objetivo. Nunca misturar as mensagens.
         As reuniões matinais do domingo são  orientadas somente pelo Evangelho e os membros são discipulados com as doutrinas básicas, em outras reuniões, durante a semana. Warren descobriu que os cristãos de outras igrejas representavam mais que um empecilho, por causa de suas ideias preconcebidas sobre o modus operandi da Igreja.  Ele diz que a maioria das igrejas tem mentalidade dobre. Sua ênfase está em aprender, em vez de fazer. Ele diz: “A verdade é que a maturidade é demonstrada mais pelo comportamento do que pelas crenças” (Uma Igreja Com Propósito, p. 336). Em outras palavras: não  é o que sabemos, mas o que fazemos com aquilo em cremos, que conta.
         É positiva a sua ênfase em encorajar os membros a desenvolverem os seus próprios ministérios leigos, dependendo das várias necessidades ou interesses. Eles logo descobrem que fazer um trabalho físico, como arrumar cadeiras e limpar os toaletes, não é um ministério, mas a obra que o pessoal faz. Saddleback  tem uma clara trilha de salvação aos membros comprometidos em ministrar o crente.
         Como membro da ABM, e com a minha experiência em marketing, o que Warren tem feito é aplicar bons princípios empresariais ao crescimento da igreja: Conheça o seu mercado; faça uma pesquisa de mercado; conheça o feedback e reajuste o seu modus operandi; adapte o Evangelho, de modo que ele se torne atraente e possa preencher as necessidades do mercado em vista; aplique a teoria dos sistemas de crescimento da igreja; transforme a igreja numa bem modulada máquina mercadológica, a fim de atrair e assimilar novas pessoas; se você quer se transformar numa grande instituição eclesiástica, deve também ser bom. Siga este conselho; se deseja ser uma organização, seja efetivo; se aplicar estes princípios e propósitos, será bem sucedido (pelo menos em termos de crescimento). O problema é que algumas igrejas unitarianas têm aplicado estes mesmo princípios, com muito sucesso. Então, esse movimento é de Deus ou dos homens?
         Em 1998, Dennis Costela frequentou um seminário da Igreja Com Propósito, no qual Warren ensinou que deveria acontecer o seguinte, para que um igreja tradicional fosse transformada numa Igreja Com Propósito, a fim de poder crescer:
1. - Um estilo contemporâneo, não amedrontador, no “Culto do Buscador”, deve substituir o tradicional culto dominical de adoração.
2. - A roupa deve ser casual.
3. - A música deve ser contemporânea, do tipo que as pessoas costumam escutar diariamente.
4. - A mensagem deve ser somente positiva, de modo que os salvos e os não salvos possam sentir-se melhor consigo mesmos, após a mensagem, a qual deve sempre misturar psicologia com um texto animador da Escritura.
5. - Os ministérios da Igreja devem ser geridos de modo a preencher as necessidades, com grupos de apoio à depressão, desordem alimentar, infertilidade, famílias/amigos de homossexuais, pós-aborto e separação conjugal. Warren esbravejou contra a ideia de distribuir folhetos evangélicos, ou fazer visitas de porta em porta, dizendo ser ofensivo ao povo de Saddleback, esse tipo evangelismo obsoleto.
6. - Instrução doutrinária não é dada à Igreja como um todo, aos domingos, sendo disponível em subgrupos, fora dos cultos formais da Igreja.
7. - Deve prevalecer um espírito de compromisso pragmático. Warren disse: “Realmente não interessa a denominação, gente! Jogamos todos no mesmo time, quando amamos Jesus!”  (Março/Abril, 1998, “Foundation” - Evangelical Magazine).

Análise do Movimento de Crescimento da Igreja

         Conforme veremos nos capítulos seguintes, o Movimento de Crescimento da Igreja tem, de fato, três ramos principais:
1. - Robert Schuller, que iniciou a Catedral de Cristal, em Anheim, recebeu inspiração de Norman Vincent Peale. Esta é mais liberal e um pouco menos fundamentalista, mas, certamente, uma linha principal e bem sucedida em termos de membros. A ênfase maior é sobre a auto-estima e auto-realização, mas também, certamente, Schuller provê inspiração para as demais igrejas do Movimento, sendo muito amigo dos seus líderes.
2. - O Movimento da Meta-Igreja é representado por Rick Warren, na Igreja de Saddleback, e pela Igreja Willow Crick, de Bill Hybels, em Illinois, intimamente ligada a C. Peter Wagner e à liderança do Movimento da Igreja em Células, e também ao Seminário Teológico Fuller.
3. - A Igreja em Células, popularizada por David Yong Cho, da  Coreia,  e Ralph Neighbors, assemelha-se a um movimento de igrejas doméstica, mas, conforme veremos no próximo capítulo, está longe disso.
         O pai do Movimento do Crescimento da Igreja é Donald McGavaran. Ele nasceu na Índia, filho de pais missionários, foi educado nos USA e passou os seus primeiros anos como missionário na Índia. Era um pragmático e acreditava que o evangelismo efetivo deveria medir o sucesso pelo número de convertidos. Em 1965, ele se tornou Deão da Escola Fuller de Missões Mundiais.  Em 1970, escreveu o livro “Understanding Church Growing” (Compreendendo o Crescimento da Igreja), o qual foi revisado e editado por C. Peter Wagner. Em 1970, John Wimber, fundador do Vineyard, tornou-se o fundador e diretor do Departamento de Crescimento da Igreja, no Seminário Fuller, o qual passou a ser o ponto focal do Movimento fundado por luminares evangélicos, como: Ralph Winter, Charles Kraft, Win Arn, Peter Wagner e muitos outros. Bill Hybels, Rick Warren, Carl F. George e outros tornaram-se praticantes dos princípios do Movimento. Outro membro do grupo é George Barna, fundador e presidente do Grupo Barna, uma companhia de completo serviço de pesquisa de mercado, em Glendale, Califórnia, a qual opera com corporações como a Disney, a Focus on Family e a Associação Evangelística Billy Graham, bem como o Fuller e as Mega-Igrejas. Por favor, guardem estes nomes, pois eles voltarão. Notem a sucessão de McGavaran a Wimber, até C. Peter Wagner, agora o Apóstolo principal do Conselho dos Apóstolos.
         O Movimento de Crescimento da Igreja é, sobretudo, pragmático. Ele distingue os “princípios bíblicos” dos “princípios do crescimento das igrejas”, sendo que estes podem ou não ser derivados da Bíblia, da sociologia, da demografia e da pesquisa de mercado. Há uma forte ênfase sobre a liderança pastoral, bem como nos membros da Igreja, promovendo e capacitando o laicato. A ênfase principal é sobre o culto dominical matutino, que deve ser informal, relaxante, com um breve sermão contemporâneo, animador e positivo. Os programas são desenvolvidos de maneira a preencher as necessidades específicas da comunidade, integrando as pessoas em grupos menores dentro da Igreja. Eles devem ser elogiados por nos lembrarem da importância da Grande Comissão, forçando as igrejas tradicionais à reavaliação  do que têm feito, e por desafiarem o laicato a “dar” alguma coisa, em vez de apenas “ser ministrado”.
         São esses os pontos críticos do Movimento do Crescimento da Igreja, os quais destacam o perigo do mesmo:
1. - Permitir que o mundo estabeleça a agenda. A “mensagem” e não a audiência é que deveria ser soberana.
2. - O Evangelho nem sempre é um “buscador amistoso”. Ele se compõe de Boas e Más Novas.
3. - Algumas Igrejas aplicam os princípios do crescimento da Igreja, que vão além de sua imaginação (por exemplo, o mesmo das igrejas unitarianas e de outras igrejas não fundamentalistas).
4. - As técnicas de gerenciamento podem substituir a verdade.
5. - Existe o perigo de se confiar em técnicas,  em vez de se confiar em Deus.
         Será que a Igreja primitiva era uma “buscadora amistosa?” Será que os cristãos ali se reuniam para entreter os perdidos? Será que os cristãos se reuniam para desenvolver programas que pudessem ser encaixados no mercado? Como funcionava a Igreja Primitiva sem o ”know-how” empresarial de hoje? Temos nos esforçado no sentido de criar uma Igreja de “cultura amistosa”, de modo que ir a Cristo seja tão fácil quanto humanamente possível. Quem pode imaginar os apóstolos antigos fazendo uma pesquisa de mercado, antes de pregar um evangelho “amistoso ao pecador”?
         “Meta” significa transformação ou mudança, a qual conduz os líderes transformistas ao impingi-las. Os pastores do mundo inteiro, todos eles desesperados pelo sucesso, adquirem as listas de referência, as mensagens escritas e os vídeos... Os Guiness escreveu: “As duas marcas registradas mais facilmente reconhecíveis da secularização são a exaltação dos algarismos e a técnica. Ambos são importantíssimos no Movimento de Crescimento da Igreja. Em sua fascinação pela estatística e pelos dados, em sacrifício da verdade...  Em um mundo de devoradores de algarismos, de contadores de grãos e analistas de sistemas, o crescimento da Igreja como uma empresa comercial mensurável, baseada em fatos, é absolutamente natural. O problema com essa mentalidade é que quantidade não significa qualidade. Os números nada têm a ver com a verdade, a excelência e o caráter”. (“No God, But God”, Chigago: Moody, 1992, p. 164).
         Warren zomba da época dos desacertos da Igreja Tradicional, nos anos 1950, e defende sua posição, dizendo que ela funciona. Ele define o sucesso como o cumprimento da Grande Comissão (p. 64 do seu livro), mas quando chega à oposição, ele diz:
”Concordo em que as pessoas abandonam a Igreja. E lhe digo que o fato de que as pessoas estão saindo da Igreja nada tem a ver com o que se faz, mas quando se define a visão, escolhendo quem deve sair. Você diz: “Mas Rick, elas sãos os pilares da Igreja!”. Pilares são as pessoas que sustentam as coisas... e em sua Igreja você precisa de algumas abençoadas subtrações, antes de receber quaisquer adições legítimas.” (Dennis Costela – “Foundation” Evangelical Magazine). A oposição será marginalizada.
“Os pastores vão falar mal delas, vão pregar sobre isso e até pregarão sobre as pessoas dissidentes. Sabemos de pastores pregando sobre as abençoadas substituições - e orado para as pessoas saírem da Igreja. Sabemos de um pastor que fez isso, tendo orado bastante para que certas pessoas saíssem e, até certo ponto, concordo, sim, quando o pastor principia com essa nobre causa de desejar conseguir uma porção de gente e de fazer grandes coisas para Deus”. (Entrevista do Dr. Robert Clenck, Ortopedista, pelo Dr. Monteith).
Quem desejar informações mais  detalhadas, inclusive com referências, sugiro a excelente obra do Banner Ministries:
(http://www.banner.or.uk/apostasy/cell-church-cont.htm).

A Linha Divisória

         Se estamos nos “últimos dias”, a Bíblia é muito clara sobre o fato de que a Igreja vai apostatar. Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, lemos as cartas dirigidas às Sete Igrejas da Ásia Menor. Muitos eruditos acreditam que elas se referem especificamente às Igrejas históricas, mas também à época da história da Igreja. Eu gostaria de tratar sucintamente com estas, mas apenas em termos de um tema - organização eclesiástica.
1. - A Igreja de Éfeso - A primeira Igreja primitiva. Seus membros foram ordenados a testar os chamados apóstolos, que foram achados falsos. Foram advertidos pelo Senhor por terem abandonado o primeiro amor, porém elogiados no verso 6: “Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”.  Ora, quem eram os nicolaítas? A palavra grega significa “subjugar ou conquistar o laicato”. Em outras palavras, tratava-se de um grupo que estava promovendo uma hierarquia clerical. Hierarquia é uma parte de toda religião fabricada pelo homem, até mesmo o Judaísmo do Velho Testamento (Apocalipse 2:1-7).
2. - Deus nada tinha contra a Igreja de Esmirna:  “Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza”, a qual foi admoestada a não temer o sofrimento que estava para vir.
3. - Vamos, então à Igreja de Pérgamo. Deus tinha algo contra ela. Ela havia permitido que ensinos e práticas pagãos penetrassem na Igreja (Balaão e Balaque) e ainda: “Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio” Isso cobre o período entre as Igreja primitiva, o sofrimento da igreja e a eclosão final, como Igreja Católica Romana. (Apocalipse 2:11-17).
4. - A Igreja de Tiatira – O Senhor fala da idolatria em alta escala [Sob o comando da falsa profetisa Jezabel] (Apocalipse 2:18-29). Para quem não aprecia os males da Igreja Católica Romana, recomendo o capítulo 4 deste livro - “Ecumenismo e a Igreja Católica Romana”. Nessa Igreja não existe apenas um cadinho de religiões pagãs. Ela também se tornou a religião estatal (sob Constantino, tendo assim permanecido por tantos séculos), além de ter um sistema cheio de empáfia, de clero/laicato, com os seus padres, bispos, arcebispos, até o papa.
5. - A Igreja de Sardes - Representa as Igrejas da Reforma. Notem que estas nunca se libertaram do sistema de clero/laicato e por isso Deus não se  agradou tanto delas:
         “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto....” (Apocalipse 3:1-6). (Salvação pela graça e outros frutos da Reforma)
6. - A Igreja de Filadélfia -  Muito interessante! Deus nada tem a reclamar contra ela, mas reconhece que ela “tem pouca força” (Apocalipse 3:7-13). Creio que esta Igreja representa os pequenos grupos de cristãos que deram as costas à igreja organizada. Isso foi declarado por alguns Irmãos no Século 19, os quais abandonaram a Igreja organizada e o sistema de clero profissional, enfatizando, pela primeira vez, desde a Igreja primitiva, o verdadeiro sacerdócio dos crentes - no qual todos os membros possuem dons e devem exercitar os seus dons. Mas como todos os legítimos movimentos de Deus, até mesmo algumas dessas assembleias acabaram se tornando institucionalizadas. Começaram a dividir-se e a tomar as mais bizarras direções.
Voltando à Igreja de Filadélfia, acredito que ela ainda representa o remanescente dos crentes singelos, que se reúnem nas salas de visita de suas casas, através do mundo inteiro, simplesmente para adorar a Deus e fruir a vida simples da igreja verdadeira.
7. A Igreja de Laodiceia - Representa a principal fonte da Igreja “Cristã” ocidental, nos “últimos dias”. Lembre-se que a maioria das igrejas co-existe hoje em dia: a igreja sofredora, a Igreja de Roma, suas afiliadas nascidas da Reforma, bem como a frágil e pequena Filadélfia. Para mim, nenhuma Igreja representa melhor a moderna Mega-Igreja do que a Igreja de Laodiceia:
         “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas” (Apocalipse 3:15-18).
         Laodiceia era uma cidade rica, no tempo do Império Romano, e ficava na rota comercial da Ásia, 45 milhas a sudeste da Filadélfia. Ali havia duas fontes: uma de água quente, em um lado da cidade, e outra de água fria, no lado oposto, ambas fluindo para o centro da cidade e ali chegando como água morna. A Igreja histórica em Laodiceia estava lucrando com o comércio e teria muito a perder, se não andasse conforme as ordens dos senhores romanos. Em outra parte há uma história dizendo que embora seus membros admitissem seriamente a hipótese de curvar-se diante do imperador romano, todos eles acabaram sendo martirizados. Foi esse o fim da primitiva Igreja de Laodiceia.  E O QUE VAI ACONTECER COM A DE HOJE?
A passagem nos fala de uma igreja rica (abastada de bens materiais), uma igreja tão moldada ao mundo, que se tornou espiritualmente morna, Embora se considerando rica, satisfeita e “de nada tendo falta”. Laodiceia se assemelha realmente às Igrejas de Robert Schuller, Rick Warren, Bill Hybels, Kenneth Copeland, Crespon Dollar, Pat Roberson, Peter Wagner, Paul Crouch, Jack Hayford, Charles Stanley, D. James Kennedy, Tim LaHaye, Juan Carlos Ortiz, dos falecidos John Wimber, Kenneth Hagin e Oral Roberts, John Farwell, David Yoion Cho, John Paul Jackson, James Ryle, Frank Damazio, Ed Silvoso, Claudio Freidzon, Roger Mitchell, Ted Haggard, Paul Cain. Chuck Pierce, Rick Joyner, etc.
Existe mais uma coisa que deveríamos observar sobre a Igreja de Laodiceia. Nas  Igrejas católicas e protestantes, o pastor e o sacerdote tipicamente governavam o laicato com mão de ferro. Não davam chance de argumentação.  Lembram-se dos nicolaítas, onde o clero governava o laicato? Ora, Laodiceia significa “governar pelo laicato”. A Igreja evangélica de hoje é governada por um conselho de algum tipo. (diáconos, anciãos, etc.).  Em média, o pastor serve sob a pressão do conselho. Quando a igreja precisa de um novo pastor, um comitê de pesquisa entrevista algum em potencial, trazendo-o para pregar na igreja e em seguida há uma votação - geralmente com todos os membros da igreja. Quando o pastor não agrada, logo é dispensado através de votação e logo se começa uma nova pesquisa. Isso é tão distante do modelo bíblico que nem sequer merece defesa. Mas o resultado da nova igreja “democrática” controlada pelo laicato é ver as pessoas se juntando aos mestres que lhes “provocam comichão nos ouvidos”, conforme lemos na passagem da  2 Timóteo 4:3, citada no início deste capítulo.
         Poderíamos falar um bocado ainda sobre Laodiceia, mas a questão é que nem o modelo nicolaíta (domínio do clero) nem o de Laodiceia (domínio do laicato), nem a igreja do “buscador amistoso”, nem a igreja mercadológica - nenhuma destas representa o que Deus realmente deseja. A igreja deveria ser governada pelo Espírito Santo, não por uma agenda escrita. A intenção de Deus é ter um corpo, um organismo, não uma organização. Não importa o quanto Rick Warren e Peter Wagner digam que o seu modelo é o de um corpo (especialmente o Movimento da Igreja em Células), o fato é que todas elas são controladas de cima para baixo, sem qualquer semelhança com a vida espontânea da igreja primitiva.
Mas, desde que a Igreja primitiva perdeu o seu primeiro amor, a estagnação espiritual e a morte certamente aconteceram. A questão é a seguinte: a “Igreja do laicato amistoso” fará parte de um reavivamento ou da apostasia do “final dos tempos?”
“Ninguém de maneira alguma vos engane...” (2 Tessalonicenses 2:3-a).
         “MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” ( 1 Timóteo 4:1-2).
         “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (2 Tessalonicenses 2:11).
         “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão”. (Mateus 24:10).
         Em Mateus 16, Jesus admoesta os apóstolos contra “o fermento dos fariseus e saduceus”, os líderes religiosos daquele tempo. Até mesmo uma ínfima quantidade de fermento leveda toda a massa, fazendo-a inchar. O verso diz que Ele se referia aos ensinos dos líderes religiosos. Agora, sou levado a admitir que nada é preto e branco. Ainda há muito o que dizer sobre Rick Warren e os ensinos da “Igreja Com Propósito”. Elas são animadoras, têm ensinos fundamentais, exortam os crentes de que não se incomodam se eles saírem, mas somente com Deus e com o que Ele pode dar. Sua ênfase sobre o evangelismo é admirável. Seu esforço no sentido de apoiar o laicato em desenvolver o seu próprio ministério também é louvável. Vejamos o lado negativo:
         1. - Essas Igrejas fogem das controvérsias e de tópicos impopulares, em seu esforço de agradar o objetivo de sua audiência. Se estamos vivendo nos ”últimos dias”, será que eles estão pregando o escapismo do arrebatamento pré-tribulacional, ou estão ignorando completamente a profecia? Ou será que eles apenas preenchem as “necessidades sentidas” das pessoas e desenvolvem programas, de modo que suas vidas se tornem mais completas e realizadas?
         2. - Eles tendem a permitir o levedo entrando na Igreja. Por outro lado, conheço algumas Igrejas, aparentemente fundamentalistas, que estão permitindo e até mesmo promovendo o Aconselhamento Psicológico  (Leiam Psicologia - O Cavalo de Tróia), os Doze Passos tipo Programas AA (de origem demoníaca) - Leiam Psichoheresy de Martin Bobgan), Curso Alpha (http://www.banner.org.uk/misc/alpha.tml), Pagadores de Promessa (Veja o Estudo de Case – “The Promise Keepers”) e apóiam  organizações dominionistas, tais como a JOCUM, e muitos outros movimentos modernos, que são muito questionáveis - Ecumenismo, Nova Era, Movimento dos Apóstolos e Profetas, etc. Existe uma afinidade de companheirismo entre os líderes do Movimento do Crescimento da Igreja  e deveríamos ficar desconfiados, quando vemos um pastor alisando as costas de Robert Schuller, Tim LaHaye, Benny Hinn, Peter Wagner, etc.
         3. - Eles tendem a misturar patriotismo com política, no púlpito. A maioria das igrejas apóia cegamente o presidente “cristão” e sua política mundial. De fato, muitas têm um fervor patriótico e um senso de que o destino da América é levar Cristo, o capitalismo e a democracia ao mundo inteiro e, se necessário, até mesmo pelas armas. Se estamos nos “últimos dias”, a Bíblia deixa claro que a Igreja vai apostatar. Ela vai se aliar ao sistema político e montar na besta, enquanto o Anticristo sairá para conquistar [Apocalipse 6]. Temos tratado desse item da América na profecia, em muitos artigos. A Igreja deveria ser a cautelosa em termos de apoiar o estado, pois aí está o cerne da apostasia dos “últimos dias”.
          5. - Não importa qual seja o sistema que a Igreja organizada apóie, se a “Meta-Igreja” ou a ”Igreja em Células”, ela continua sendo instituição (governada pelo clero ou pelo laicato). Não importa quanto protestem: elas são organizações, não organismos. Todas são hierárquicas e controladoras, até mesmo a Igreja em Células, conforme veremos no próximo capítulo. Jesus foi claro em Sua analogia, quando disse que não nos assemelhamos a uma árvore, ligados por pequenos ramos de tamanho médio, transformando-nos em grandes ramos e, finalmente, numa grande árvore. Ele nos comparou a uma videira, na qual somos enxertados, sendo Ele a fonte (João 15). Não somos uma organização militar, organizada de cima para baixo. Não precisamos mais de hierarquia, pois todos nós somos reis e sacerdotes. Não precisamos de intermediários. Temos uma relação com Deus e entre nós mesmos, por causa da nossa relação com Ele.

O Princípio da Vida

         Leia Romanos, Efésios e as demais epístolas. A maneira de Deus é colocar Sua vida em cada pessoa que nasce de novo. Essa vida cresce de dentro para fora e nos transforma. Ele chama cada um de nós a trabalhar e nos outorga dons. Ele nos faz semelhantes a um corpo, com os membros conectados uns aos outros, fluindo vida de uns para os outros, e nenhuma parte do corpo é mais importante que a outra. A maneira dos homens é criar ofícios, hierarquias, e organizações. A maneira de Deus é criar funções de vida verdadeira. Ninguém deve ter o ofício de pastor, mas apenas funcionar como pastor (se for esse o seu dom). Ninguém deve ter o ofício de mestre, mas apenas funcionar como mestre. Deus fala em termos de funções, não de ofícios:  evangelista, ancião, diácono (alguém que serve os outros), o dom da hospitalidade, de visitar os enfermos, etc. Estas são as coisas que um cristão faz, não os ofícios que ele mantém. Você não precisa cursar uma Escola Bíblica ou um Seminário. Basta permitir que o Senhor flua através de você, para fazer isso. Veja Romanos 12:1-8, depois o verso 16:

         “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  (Romanos 12:1)

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. - (Romanos 12:3)

Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,”(Romanos 12:4)

Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. (Romanos 12:5)

De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; (Romanos 12:6)

Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; (Romanos 12:7)

ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria”.

(Romanos 12:8).

         “Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos; (Romanos 12:16)

      Não se deve ignorar o óbvio, ou seja, não devemos nos conformar a esse mundo. Nesse caso, como fica a “Igreja do Buscador Amistoso”? Vamos ver o que, simplesmente,  deve ser feito. Cada um de nós tem a medida da fé e sua função e dons no corpo, os quais devem ser usados. Deixe que as palavras acima penetrem em seu íntimo. Isso não soa como a igreja institucional hodierna? Agora vamos a 1 Coríntios 12:4-11:

         “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;  E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.

            A fonte dos dons e ministérios é o Espírito Santo. Ele fala de algum modo para que alguém curse uma Escola Bíblica ou um Seminário? Isto soa como ofícios que alguém deva receber ou pagar por eles? Ou é obra do Espírito Santo?  O que está hoje em falta no Corpo de Cristo são os dons e ministérios exercidos pelos próprios crentes - cada membro do corpo. São funções, não ofícios.  É isso que os cristãos devem fazer - ministrar os dons outorgados pelo Espírito Santo e não ocupar posições. São a obra do Espírito e não das pessoas que ocupam posições com obras de um sistema religioso educacional. Os versos prosseguem com 1 Coríntios 12:24-31:

         “Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; -  Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos. Portanto, procurai com zelo os melhores dons...”

O grande problema com as modernas igrejas de hoje é que maioria dos dons e funções do corpo é suprimida pelo sistema do clero/laicato. Profissionais são levados a ocupar altos cargos espirituais, enquanto o restante apenas fica sentado e observa. A Meta-Igreja afirma reverter essa tendência, porém ela funciona dentro do contexto organizacional. Ela continua sendo mais que tudo uma organização de cima para abaixo, com tudo intimamente controlado.

A Bíblia fala sobre os dons do Corpo, os quais são outorgados por Deus e reconhecidos pela Igreja, em vista óbvia função ou do fruto. Cada membro tem uma função, a fim de que o Corpo seja saudável. Efésios 4:11-16 confirma:

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo. Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.

            Não posso negar que Deus usa certos cristãos para ajudar o aperfeiçoamento dos santos. Mas Ele os convoca e equipa. Novamente, eles funcionam porque são dotados pelo Espírito Santo (Não por terem estudado numa Escola Bíblica ou num Seminário). O objetivo não é o de um homem agir como profissional, governando sobre os santos, mas que todos devam crescer e não continuar sendo crianças, devendo cada parte e cada junta suprir uma à outra. A Igreja é apenas um grupo de pessoas, as quais ministram entre si a vida de Cristo.
         Por causa do sistema clero/laicato, o qual tem dominado todo o Cristianismo evangélico, temos uma geração de cristãos imaturos, portando-se como crianças que ainda precisam de entretenimento, como se indagassem: “O que tem de bom aqui para mim e para a minha família?”  A maioria dos cristãos que ler o que estou escrevendo vai ficar admirada! Somente Deus poderá mostrar-lhe que deseja um Corpo prático, vivo, de crentes ministrando uns aos outros ou alcançando pessoas que reconheçam sua luz e vida, declarando: “Vejam como eles se amam!”
         Nada tem sido mais danoso à maturidade dos cristãos do que o sistema do clero/laicato e a igreja institucional organizada. O tempo que se permanece num sistema, onde tudo é feito por profissionais, não  permite descobrir os próprios dons e função no Corpo vivo dos crentes.
         Até mesmo Rick Warren verifica em como é difícil uma pessoa mudar. Por isso ele chama sua Igreja de “Meta-Igreja” (uma Igreja em “mudança”). Ele verifica que a maioria dos cristãos jamais se apartará do Cristianismo evangélico tradicional e por isso busca novos convertidos. De fato, as igrejas em células fazem o mesmo. As lições? Porque a maioria das pessoas está tão apegada às suas tradições e modus vivendi. Elas não têm crescimento na vida em Cristo, maturidade ou compromisso da necessidade de fazer algo, à parte do conforto e organização da “Igreja”.
         Se você tem interesse em desenvolver uma verdadeira vida em Cristo, provavelmente abrirá suas portas para alcançar novos tipos de pessoas que jamais tenham sofrido lavagem cerebral. Tanto como adoraríamos compartilhar da igreja institucional, provavelmente não iríamos alcançar muitos, porque já estão imersos num virtual caldeirão de institucionalização, apostasia e indiferença... e nem sequer sabem disso. Estão acostumados ao sistema clero/laicato e não podem imaginar que haja outro meio de fazer as coisas. A maioria dessas pessoas se porta como recém-nascidos que ainda precisam sugar o leite do pastor.
         À medida em que entramos nos “últimos dias”, as diferentes igrejas proféticas passam a coexistir: a ICR (Tiatira), as Igrejas protestantes (Sardis), a Igreja com pouca força (Filadélfia) e a morna e rica igreja (Laodiceia), bem como a Igreja sofredora em vários pontos do mundo (China, África, etc.). Em qual destas você fará parte - do problema ou da solução? Apocalipse 17 e 18 descrevem o Cristianismo apóstata - a grande mãe das prostituições, e seus filhos (A ICR e as Igrejas que a seguem). A mulher (igreja) está cavalgando a besta (o sistema político) e faz guerra aos santos.
         O engano está abundando e, a não ser que se tenha convicção e mente abertas para separar-se da influência do fermento da Igreja instituição, não se poderá escapar da pressão. No livro de Rick Warren (Uma Igreja Com Propósito) ele diz que se alguém tem sete amigos na Igreja, provavelmente estará em contato com eles... Tão poderosas são as amizades, relações e tradições. Infelizmente, a maioria vai cuidar do seu conforto e de suas relações, mais do que o fará com a verdade.
         Muitas pessoas me contam, entusiasticamente, que existe uma alternativa para a igreja organizada – a Igreja em Células. Seria esta uma resposta ou mais uma falsidade? Veremos isso no próximo capítulo. ************
Dene McGriff
Enviado por Silvio Dutra Alves em 19/04/2014
Comentários
Site do Escritor criado por Recanto das Letras