Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Oração - Cena Estupenda do Calvário
"Está consumado!" (João 19:30)

Pai Santo,
os céus, a terra e tudo o que neles há, proclamam Tua bondade maravilhosa. Mas Teu amor brilha com maior brilho - na cena estupenda do Calvário! Na cruz vemos a Tua graça celestial removendo a enorme carga de nossas iniquidades - e as lançando todas em Teu Filho amado! Nós o vemos se colocando como um transgressor em nossa lugar. Nós vemos, Aquele que não conheceu pecado fazendo-se pecado por nós. Nós vemos, o que é completamente santo sendo contado como uma maldição! Vemos Tua justiça levando o Cordeiro imaculado para o abate - e exigindo rigorosamente o pagamento integral por toda a nossa dívida de pecado!
A espada vingadora entrou em seu coração!
O fluxo de sangue – o sangue da expiação fluiu!
Plena recompensa foi estabelecida!  
A Justiça Divina não pode mais exigir.
As acusações contra nós estão todas bloqueadas.
A dívida está cancelada. Se nossos pecados são procurados, não podem agora ser achados!
Ao Cordeiro Imaculado  foi dedicada toda a angústia, para que sejamos herdeiros de toda a alegria.
Ele foi lançado fora de Ti – para que possamos ser trazidos à Tua presença.
Ele foi tratado como Teu inimigo - para que possamos ser recebidos como Teus amigos.
Ele foi abandonado por Ti – para que possamos ser recebidos no Teu favor eterno.
Ele foi entregue ao pior inferno - para que possamos alcançar o melhor de Deus.
Ele foi despojado – para que possamos ser vestidos.
Ele foi ferido - para que possamos ser curados.
Ele teve sede - para que possamos beber da água da vida.
Ele estava na escuridão - para que possamos nos alegrar com as glórias do dia eterno.
Ele chorou – para que todas as lágrimas possam ser sempre limpas de nossos olhos.
Ele gemeu – para que possamos cantar uma canção sem fim.
Ele suportou toda a dor – para que nos alegremos em saúde imarcescível.
Ele usava uma coroa de espinhos – para que possamos receber uma coroa de glória.
Ele reclinou a cabeça na morte - para que possamos levantar a nossa cabeça no céu.
Ele suportou censura na Terra – para que possamos receber as boas-vindas do céu.
Ele foi atormentado - para que possamos ser consolados.
Ele foi feito vergonha - para que possamos herdar toda a glória.
Seus olhos estavam obscurecidos na morte – para que os nossos olhos possam contemplar o brilho sem nuvens.
Ele morreu e ressuscitou - para que possamos escapar da segunda morte, e viver para sempre.

Ó Pai misericordioso, assim Tu não poupaste Teu Filho unigênito - para que Tu possas nos poupar! Todos os nossos pecados são lançados para trás de Ti - todos estão enterrados no oceano do sangue reconciliador!
Nós só podemos cair de joelhos e clamar: "Nós Te adoramos pelo dom do Teu Filho como nosso substituto; pela morte de Teu Filho como nosso resgate!"
Bendito Jesus, nós estamos sob a Tua cruz. A visão nos constrange à mais profunda humildade. Nossa vil iniquidade - é a causa da Tua vergonha! Não podemos entender os pecados que levaste sobre Ti em tais profundezas de miséria indescritível! Não podemos estimar o peso da ira com a qual foste esmagado. Não podemos negar que os pecados que nos mancham são males de infinita malignidade, uma vez que nada, senão somente o Teu sangue poderia lavar as manchas da nossa culpa! Como transgressores, nós nos abominamos diante de Ti.
Enquanto humildemente contemplamos - podemos ansiosamente ponderar, "Por que, bendito Jesus - por que tiveste que morrer assim?" Possa a Tua preciosa resposta ecoar através de cada parte de nossos corações e almas:
"Eu morri- para que você não possa morrer.
Eu dei a minha vida - para regatar a sua vida.
Apresentei-me como uma oferta pelo pecado - para expiar todos os seus pecados.
Meu sangue, assim, flui - para lavar toda a sua culpa.
A fonte está portanto aberta em Meu lado - para lhe purificar de toda impureza.
Eu, assim, carreguei a sua maldição. Eu paguei a sua dívida. Eu livrei você de toda condenação. Eu, satisfiz assim, a justiça divina por você!"  

Texto de Henry Law, traduzido e adaptado por Silvio Dutra.
Henry Law
Enviado por Silvio Dutra Alves em 24/04/2014
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