Pobre de Espírito e Não Com Um Espírito Pobre
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus 5.3)
Outras versões trazem “pobres” em vez de “humildes”, porque a palavra no original grego é “ptocoi” que significa ser pobre ao extremo.
Deste modo, o sentido desta expressão “humildes de espírito” alude àqueles que reconhecem sua condição natural de extrema miséria espiritual diante de Deus, e que portanto, recorrem a ele para que seus espíritos sejam enriquecidos com a vida e as virtudes de Jesus Cristo.
A estes é prometido, por serem assim humildes de espírito, o reino dos céus, ou seja, eles serão enriquecidos com a herança celestial que lhes está prometida, por terem crido em Jesus e por terem sido transformados e santificados por Ele.
Concluímos então que ser “pobre de espírito” é muito diferente de ser de “espírito pobre”, porque esta última condição é aquela que define aqueles que permanecem em miséria espiritual diante de Deus – não são ricos segundo Deus, ainda que sejam ricos segundo o mundo. Seus espíritos não possuem a verdadeira e duradoura riqueza celestial. Estão cegos para as realidades espirituais e divinas. Não podem entender as coisas relativas ao reino dos céus.
Laodiceia por ter perdido a pobreza de espírito entrou na condição de ter um espírito pobre. Eles se consideravam ricos e abastados, sem de nada precisar. Mas o Senhor diagnosticou a real condição espiritual deles e lhes disse que eram pobres e miseráveis quanto às coisas de Deus por causa do seu orgulho espiritual que lhes conduziu a tal estado de penúria.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 27/04/2014