O Ladrão!
"E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23.42,43)
“Foi um ladrão", Robert Browning escreve, "que disse a última palavra gentil para Cristo."
Pela manhã o ladrão estava longe de Cristo:
longe de Deus e longe da justiça,
o cativo indefeso do pecado,
o filho do desespero e da morte.
Ao meio-dia o ladrão estava em Cristo:
lembrado graciosamente pelo Salvador dos perdidos,
redimido com uma redenção eterna,
dotado com o novo coração,
e livre e perfeitamente justificado.
À noite o ladrão estava com Cristo:
contemplando as glórias do paraíso,
seguro em casa com o seu bom Pastor e adorável Redentor!
Que dia cheio e memorável foi aquele em sua história!
Quanta pressão em poucas horas.
Naquela transição gloriosa e sem precedentes ambos foram trazidos da cruz cruel, para a glória do Céu!
Longe de Cristo,
em seguida, em Cristo,
e então com Cristo!
Natural,
em seguida, a graça,
e então a glória!
Irremediavelmente perdido no país distante,
em seguida, seguro sob as asas do Salvador,
e então, ao lado do Senhor no seu trono glorioso!
São estas as três fases em minha biografia espiritual?
Eu conheço a primeiro muito bem.
Estou ficando cada vez mais familiarizado com a segunda?
É a minha alegria olhar adiante para a terceira?
"Eu não peço o favor dado a Paulo", disse Copérnico, "eu não busco a graça concedida a Pedro - mas eu imploro a misericórdia concedida ao ladrão na cruz!"
Texto de Alexander Smellie, traduzido por Silvio Dutra.
Alexander Smellie
Enviado por Silvio Dutra Alves em 06/05/2014