Tiago ensinou aos crentes como é que eles devem se comportar quando debaixo da cruz.
São recomendadas várias graças e deveres; para aqueles que estão suportando tentações e aflições, bem como é proferida uma recompensa gloriosa para aquele que suportar pacientemente a provação (Tg 1.12)
Ele diz que, na verdade, a paciência cristã é aprendida com as provações da fé, e uma vez que há um fruto espiritual resultante de toda demonstração de fé nas provações, então estas devem ser motivo de grande alegria e não com tristeza, porque são oportunidades para glorificarmos o nome de Deus, e experimentarmos o Seu poder consolador e libertador, através delas, em crescimento rumo à nossa maturidade espiritual.
Deste modo, o alvo da provação é muito mais do que simplesmente confirmar e aperfeiçoar a nossa fé, pois se refere sobretudo ao nosso amadurecimento espiritual.
Assim, a paciência é algo para ser aprendido e também para ser aplicado na hora da provação.
O Senhor poderá nos consolar através de pessoas amadas que Ele levantará como instrumentos para nos assistirem nas horas de dificuldades extremas, tanto para nos consolarem com o seu amor, como para nos revigorarem com suas orações, e não admira que o próprio Tiago reconheça e recomende no final desta sua epístola que se façam orações da fé, isto é, no amor e poder do Espírito em favor dos crentes que se encontram enfermos.
Jesus depois de ter sido tentado no deserto pelo diabo, foi assistido pelos anjos, e de igual modo os anjos também serão enviados por Deus para nos assistirem nas tribulações que sofremos por causa do nosso amor ao evangelho.
Não passamos de vasos de barro frágeis, cuja força que há em nós, quando opera em nós, é totalmente de Deus.
Graça, força e poder pertencem a Ele, e à nossa natureza pertence senão somente o enfraquecer.
Se há força e vigor em nós é porque o temos recebido dEle, e são principalmente estas coisas que Ele pretende nos ensinar nas nossas provações e aflições.
Dificuldades e aflições dolorosas podem ser a porção até mesmo dos melhores cristãos, e é isto que o Espírito nos ensina pelas palavras do apóstolo.
Mais do que uma vida para vivermos neste mundo há um testemunho e uma obra que devemos fazer para Deus.
Ele nos criou para o louvor da glória da Sua graça, e a única maneira de atendermos a este objetivo da nossa criação é santificando e honrando o Seu nome em toda e qualquer circunstância.
Há eleitos, que tal como nós necessitam ser alcançados para serem convertidos a Cristo e edificados na verdade, e é se empenhando em prol da salvação deles e por amor a eles e ao nosso Senhor, que todos os filhos de Deus devem viver neste mundo.
Este trabalho deverá ser feito a tempo e a fora de tempo, em toda e qualquer circunstância.
Como há muita eficácia na disponibilidade da graça, quando somos enfraquecidos pelas lutas e aflições, o apóstolo nos adverte a não recuarmos na fé na hora do sofrimento, mas, ao contrário, aproveitar a grande oportunidade que ele nos dá para intensificar o nosso testemunho, porque quando somos enfraquecidos no nosso ego, a graça se manifesta poderosa no nosso viver, em demonstrações de amor, de intercessões e de pregação do evangelho no poder do Espírito Santo.
Esta epístola não é portanto um manual de auto-ajuda psicológica para os que estão sofrendo ou se sentindo com baixa estima pessoal, mas um toque de trombeta que nos convoca a prosseguirmos adiante corajosamente no nosso empenho no bom combate da fé, ainda que estejamos feridos pelas muitas setas que são desferidas contra nós pelo Inimigo.