Deuteronômio 11 - Por Matthew Henry
Versículos 1-7: A grande obra de Deus por Israel; 8-17: Promessas e ameaças; 18-25: Estudo cuidadoso das exigências da Palavra de Deus; 26-32: Bênçãos e maldições.
Vv. 1-7. Observe a conexão entre estes dois textos: "Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, e guardarás os seus mandamentos". O amor opera em obediência, e a única obediência aceitável é a que flui do princípio do amor (1 Jo 5.3). Moisés relata algumas das terríveis e grandes obras de Deus, vistas por seus próprios olhos. Tudo o que os nossos olhos já viram, especialmente nos primeiros dias de nossa fé, deveria ter um importante impacto sobre nós, a fim de fazer-nos melhores com o passar do tempo.
Vv. 8-17. Moisés lhes mostra o futuro, a vida e a morte, a bênção e a maldição, conforme a atitude deles, se guardassem ou não os mandamentos de Deus. O pecado tende a encurtar os dias dos homens, e a diminuir os dias de prosperidade de um povo.
Deus os abençoará com abundância em todas as coisas boas, se eles o amarem e o servirem. A piedade tem promessas nesta vida presente; porém, o favor de Deus colocará alegria no coração, mais do que os ganhos do milho, do vinho e do azeite. Apartar-se de Deus para aderir aos ídolos seria a ruína deles. Cuidemos para não enganarmos o nosso coração. Todos os que abandonam a Deus para dedicarem o seu afeto a qualquer outra criatura, se encontrarão em desgraça e enganos, para a sua própria destruição; e o que torna a situação ainda pior é que isto acontece por descuido.
Vv. 18-25. Que todos sejamos dirigidos pelas três regras que aqui nos são fornecidas:
1. Que os nossos corações estejam repletos da Palavra de Deus. Não podem haver bons costumes na vida, se não houver bons pensamentos, bons afetos e bons princípios no coração.
2. Que os nossos olhos estejam fixos na Palavra de Deus, e que a tenhamos sempre em conta como guia de nosso caminho, como regra para o nosso trabalho (SI 119.30).
3. Que a nossa língua seja utilizada no que se refere à Palavra de Deus. Nada será capaz de fazer mais pela prosperidade e pela conservação da religião em uma nação, do que a boa educação dos filhos.
Vv. 26-32. Moisés resume todos os argumentos da obediência em duas palavras: a bênção e a maldição. Deixa que o povo faça a escolha. Em seguida, Moisés convoca a todos para uma proclamação pública e solene da bênção e da maldição, que deveria ser realizada nos montes Gerizim e Ebal. Infringimos a lei e estamos sob a sua maldição, sem remédio de nossa parte.
Por misericórdia, o Evangelho volta a colocar-nos diante da escolha da bênção ou da maldição. Bênção, se obedecermos o chamado ao arrependimento, à fé em Cristo, à novidade de coração e à vida por meio dEle. Porém, uma maldição espantosa, se dispensarmos pouca consideração a uma tão grande salvação. Recebamos com gratidão as boas novas de grande gozo, e não endureçamos o nosso coração, mas escutemos a voz de Deus enquanto o dia se chama hoje, e enquanto Ele nos convida a aproximarmo-nos do trono da graça. Procuremos sempre fazer firme a nossa vocação e eleição.
Mathew Henry
Enviado por Silvio Dutra Alves em 12/05/2014