Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
A Primeira e Grande Lição da Vida Cristã
Todo cristão deveria ser devidamente esclarecido quanto ao fato de que ao se converter, haverá uma luta entre o Espírito Santo e o diabo, a carne e o mundo, na disputa do seu coração. A carne, o mundo, e o diabo não pedem permissão para atacar o crente com tentações. Estão sempre agindo tentando conquistar à força a sua vontade para que viva de modo contrário à vontade de Deus.E como Deus não age pela força, e sem a nossa busca voluntária do Seu auxílio, Ele não poderá nos livrar deste assédio maligno, a menos que Lhe estendamos a mão de livre vontade para que possamos ser conduzidos pelo Espírito, e não mais pela carne, pelo diabo ou pelo mundo.Assim, quando alguém se converte a Cristo, deve estar bem esclarecido quanto à necessidade de buscar a Deus voluntariamente, e isto com perseverança, esforço e diligência, para que haja a mortificação e despojamento da velha natureza, uma vez que apesar de termos recebido uma nova natureza na conversão, não somos livrados, enquanto neste mundo, da antiga, e assim, ficamos sujeitos à concupiscência da carne, dos olhos e à soberba da vida, se não recorrermos ao Senhor para sermos livrados disto.Isto deve ser feito diariamente, e daí Jesus nos ter ensinado a vigiar e a orar em todo o tempo, pela negação do ego e do carregar da nossa cruz, para que possamos segui-Lo. Daí ter dito também que quem procura acha, quem bate à porta ela se lhe abrirá e quem pede recebe.Lembremos sempre que Deus jamais arrombará a porta do nosso coração para impor dentro de nós a Sua vontade. Ao contrário, Ele nos convidará, batendo à nossa porta, para que batamos à Sua, para que ali achemos a graça, a misericórdia e o poder que nos darão a vitória sobre a carne, o mundo e o diabo. O Senhor poderia nos dar a graça de que necessitamos à força, mas isto não está de acordo com o Seu caráter gentil e gracioso, de maneira que jamais nos imporá qualquer coisa, mesmo que seja para o nosso bem, sem que isto seja da nossa vontade.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 18/05/2014