Aprovados em Santificação
Era de tal ordem a resistência de alguns cristãos coríntios que Paulo disse, no 13º capítulo da 2ª epístola que lhes escreveu, que se valeria do testemunho de duas ou três pessoas, conforme a norma da disciplina evangélica, que confirmariam o modo desordenado de vida dos que deveriam ser confrontados quando ele fosse ter com eles, e que desta vez, não lhes perdoaria, e seriam submetidos à disciplina da aliança que tinham com o Senhor.
Eles estavam lhe tentando a demonstrar que Cristo falava realmente por seu intermédio, apesar de terem visto a forma poderosa como Ele havia operado entre eles através do seu ministério.
O próprio Cristo foi crucificado por meio de sofrimentos suportados pacientemente em fraqueza, no entanto vive agora pelo poder de Deus.
De igual modo os seus ministros, ainda que fracos, vivem manifestando por toda parte o poder de Deus, o qual opera nos seus ouvintes.
Todo cristão deve portanto fazer um auto exame diário, e colocarem à prova não os outros, mas a si mesmos, para verem se têm permanecido na fé.
Os que são de Cristo têm a habitação de Cristo. Caso contrário, é porque já estão condenados.
No entanto, os cristãos verdadeiros não são reprovados para condenação eterna (v. 6).
Mas nenhum cristão deve se gloriar simplesmente nesta verdade, mas fazer valer e manter a vocação para a qual foi chamado por Deus de praticar o bem segundo Cristo, e não viver mais na prática do mal.
Porque se existe uma aprovação por Deus que é incondicional, por pura graça, relativa à nossa filiação e aceitação, no entanto, há uma outra aprovação quanto ao nosso modo de viver, que deve ser segundo a verdade e a justiça.
Viver portanto no pecado é viver de modo reprovado quanto à santificação, ainda que não sejamos reprovados quanto à nossa justificação, porque esta não foi dependente de nossas boas obras, senão dos méritos exclusivos de Cristo, da fé e da pura graça, sem o concurso das nossas obras (v. 7).
Então nenhum cristão terá o seu comportamento aprovado por Deus caso não esteja andando na verdade, porque não se pode ir contra a verdade quando se é de Cristo, senão viver pela verdade.
Paulo não se importava portanto com o que dizia respeito à sua fraqueza humana, ao contrário, se regozijava nisto, porque era por meio dela que se manifestava a graça e o poder do Senhor, que fortalecia os cristãos coríntios, e que lhes aperfeiçoava.
O intuito de tantas admoestações, exortações e repreensões tinham em vista conduzir os coríntios ao retorno à santificação de suas vidas, de modo que o apóstolo não necessitasse usar de rigor quando estivesse com eles, porque afinal, o poder que os ministros receberam de Cristo visa à edificação e não à destruição do Seu rebanho.
Deste modo, Paulo se despediu dos coríntios com palavras de incentivo, de consolação, de votos que vivessem na alegria do Senhor, aperfeiçoando-se nEle, e sendo de um mesmo parecer, também vivessem em paz; porque fazendo assim o Deus de amor e de paz seria com eles.
E finalmente, enviou-lhes saudações de todos os santos, e que se saudassem mutuamente com ósculo santo.
Ele encerra a epístola com a conhecida bênção apostólica, que comumente é impetrada pela maioria dos ministros das igrejas evangélicas, ao final dos cultos de adoração: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” (v. 14).
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 21/05/2014