Deixar que a Graça nos Conduza
“Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito,” (Hebreus 6.1)
Este “deixemo-nos levar para o que é perfeito” se refere à vocação de Deus para todos os cristãos de crescerem na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, até a estatura de varão perfeito.
Não que eles chegarão ao estado de perfeição moral absoluta sem qualquer pecado enquanto estiverem neste mundo, mas que devem chegar à perfeição espiritual, à plenitude do desenvolvimento das suas faculdades, para poderem discernir tanto o bem quanto o mal, o que é possível somente para aqueles que chegarem à plenitude do seu amadurecimento espiritual, de maneira a estarem aptos a darem um correto e adequado testemunho da verdade, no poder do Espírito (Pv 4.18; I Cor 2.6; II Cor 13.11; Ef 4.13; Fp 3.15; Col 1.28; 2.6; 4.12; II Tim 3.16,17; Hb 5.12-14; Tg 1.4).
Esta perfeição é atingida se aperfeiçoando a santidade no crescimento da graça e do conhecimento de Jesus Cristo (II Cor 7.1; Ef 4.12; Hb 13.21; I Pe 5.10).
Do mesmo modo que há uma perfeição a ser esperada no porvir que é total e absoluta, sem qualquer pecado, há também uma perfeição que é para ser buscada e atingida enquanto ainda estamos neste mundo e que se refere ao nosso amadurecimento espiritual pelo crescimento progressivo em santificação até atingir tal medida de perfeição que foi proposta por Deus aos cristãos, e conforme foi exigida ao próprio Abraão: “Anda na minha presença e sê perfeito.” (Gên 17.1).
O cristão deve ser confirmado por Deus, depois de ter sido aperfeiçoado na fé, no amor e na esperança, pela renovação de sua mente e caráter, através do processo da santificação. Somente assim, poderá se achar fortificado e fundamentado (I Pe 5.10).
Assim, o “deixemo-nos levar” do texto significa permitir e cooperar voluntariamente com trabalho da graça na nossa vida, especialmente pela paciência nas tribulações e aflições.
Sabendo que tudo coopera juntamente para o seu bem o cristão perseverante na fé e na santificação há de experimentar graus cada vez maiores desta perfeição relativa ao seu amadurecimento espiritual, conforme lhes serão concedidos por Deus.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 29/05/2014