A Mensagem do Evangelho é Imutável
Não seria de se supor que um Deus eterno e imutável que revelou integralmente a nós qual é a Sua vontade, na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, que Ele viesse a mudar esta verdade que nos foi revelada nas Escrituras por alguma outra mensagem, por conta do avanço tecnológico e científico que tem experimentado a humanidade, especialmente neste dois últimos séculos.
Ainda que...
o cavalo não seja mais usado como o meio principal de transporte que foi usado por séculos, criado por Deus especialmente para este propósito;
o boi não seja mais o principal meio usado para se lavrar o solo... bem como tudo o mais que foi criado pelo Senhor para servir ao homem, isto não significa que podemos também substituir a boa e antiga mensagem do evangelho que aponta sobretudo para as necessidades imutáveis de nossos espíritos, por qualquer outro tipo de mensagem considerada mais atual e ajustada ao modo de pensar pós-moderno.
Todavia, este esforço maligno que é empreendido para suprimir o evangelho, sempre esteve presente no mundo, mesmo nos dias iniciais da sua pregação e ensino, porque sem evangelho não há salvação de almas, e não seria portanto para se admirar que Satanás se empenhe tanto para tentar eliminá-lo em sua inteireza, tal como nos foi revelado pelos profetas, por Jesus e pelos apóstolos nas Escrituras.
Veja o que o apóstolo Paulo disse aos cristãos da Galácia, cerca de 46 d.C.:
“6 Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;
7 O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.
8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
9 Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gál 1.6-9)
O apóstolo afirma a sua perplexidade diante da rápida apostasia dos gálatas do evangelho que ele lhes havia ensinado, para abraçarem aquilo que ele chama de um outro “evangelho”.
Ele usa de uma ironia, porque não há mais do que um único evangelho.
Paulo diz que eles haviam se afastado daquele que lhes havia chamado para serem alcançados pela graça de Cristo, e nisto não estava se referindo apenas a ele próprio que fora o instrumento da evangelização deles, mas a Deus, quem é que de fato chama eficazmente, pelo poder do Espírito Santo, os pecadores à salvação.
E a chamada à salvação é feita pela pregação e ensino do evangelho bíblico, e se concretiza pela fé nesta mensagem que nos é anunciada.
A fé no evangelho é comprovada pelo amor a Jesus Cristo.
É por este amor que atua pela fé, que multidão de pecados são perdoados.
Como Jesus disse da pecadora citada em Lc 7.47,48:
Luc 7:47 Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.
Luc 7:48 Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.
E o modo de permanecer no amor ao Senhor é pela prática da palavra do evangelho.
Não admira portanto, o grande empenho que o Inimigo faz para tentar esconder e adulterar esta verdade celestial que nos foi revelada.
Deste modo o apóstolo se refere em Gál 1.8 ao único, verdadeiro e imutável evangelho como sendo o que ele já havia anunciado aos gálatas.
Isto implica que a Palavra revelada do Novo Testamento é definitiva e inalterável.
Portanto, deixar o verdadeiro evangelho para abraçar um outro “evangelho” é negar aos pecadores o único poder que pode salvá-los, porque é pela verdade do evangelho que eles são salvos, de modo que não há nenhum outro poder designado por Deus para que os pecadores possam ser salvos dos seus pecados.
Assim toda doutrina pregada à igreja de Cristo, que oculte ou adultere o verdadeiro evangelho, conforme faziam os judaizantes nos dias de Paulo, faz com que os que pregam tal doutrina sejam achados culpados diante de Deus e sujeitos ao anátema que está proferido contra eles, porque o Senhor não pode abençoar aqueles que são contra Ele e o Seu ensino.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 30/05/2014