A Justiça e Paz do Reino do Messias
Nós vemos em Romanos 11.22 qual é o método de Deus para emular Seu povo à obediência:
“Considera pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado.”
Ele usa de severidade para com aqueles que andam voluntariamente errados em relação à Sua vontade, mas de bondade para com aqueles que Lhe obedecem.
Vemos também isto na profecia de Miquéias que versa sobre os juízos de Deus sobre Israel e Judá, por causa do mau caminho deles, entretanto, isto não significava uma rejeição total e final do Seu povo.
Ao contrário, era uma demonstração de que Ele, o Senhor, não muda, e que estava cumprindo tudo que havia dito fazer desde os dias de Moisés.
Ele quer abençoar, mas Seu povo deve se posicionar, vivendo do modo digno da bênção, porque de outro modo, em vez de bênção, buscará juízos corretivos.
Um viver abençoado, sempre é condicional, ou seja, depende de uma sincera obediência à vontade de Deus.
Não há vida de vitória, segundo o Senhor, quando se anda contrariamente à Sua vontade.
Aquisição de bens não significa esta bênção. Como de igual modo perseguições e sofrimentos por causa do evangelho não significam a sua falta.
Este viver abençoado vitorioso consiste em se ter a aprovação de Deus quanto ao que somos e o que fazemos.
O povo de Deus não foi destinado por Ele à ruína e ao despojamento pelo Inimigo, mas à vitória.
Então, aqueles juízos que viriam sobre Israel e Judá, sob a forma de destruição, respectivamente, da parte dos assírios e dos babilônios, não representavam a impossibilidade de vitória para todos os que fossem verdadeiramente piedosos, porque como vemos, mesmo no cativeiro, Eliseu, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdnego e outros, tiveram um viver vitorioso por causa da sua piedade.
Temos então, o incentivo a um viver piedoso, na profecia de Miquéias 4, porque nele, o Senhor faz boas promessas em relação a Israel, as quais teriam cumprimento, especialmente, quando da manifestação do Messias.
Havia um futuro glorioso prometido para Israel, apesar de todas as assolações que teria que enfrentar, por causa do pecado do próprio povo.
Mas, estas promessas se cumpririam em justiça; por isso se diz que aconteceriam nos últimos dias, e não somente os israelitas seriam beneficiados por esta promessa, mas todos os povos que afluiriam ao monte da Casa do Senhor, que seria estabelecido no cimo dos montes, veja bem, no cimo dos montes de várias nações, e não apenas em Sião (v. 1).
Esta profecia é uma referência ao período da Igreja, espalhada em todas as nações da terra.
Todavia, a partir do verso 2, a profecia se aplica ao governo do Messias no período do milênio, a partir de Jerusalém.
Será, portanto, dali que procederá as ordens e leis para todas as nações da terra, que serão julgadas e corrigidas pelo Rei dos reis; mesmo as nações poderosas e distantes de Jerusalém, que terão que converter seus armamentos de guerra em instrumentos úteis para a produção de alimentos, e não haverá mais guerra de nação contra nação.
Em consequência, não haverá mais necessidade de forças armadas e nem de preparar pessoas para serem ensinadas na arte da guerra, porque o milênio será um período de perfeita paz em todo o mundo.
A tão sonhada paz entre todas as nações, somente poderá ser vista neste período, quando o Messias estabelecer Seu reino de justiça e de paz na terra, logo depois da Sua segunda vinda.
Não haverá mais o temor de violação do direito à propriedade, porque cada pessoa se sentirá segura em sua própria posse, sem o temor de que esta lhe seja tirada por meio da violência ou por decretos injustos.
Nenhuma nação andará mais em nome de outros deuses, mas aos que for dado permanecerem na terra, no período do milênio, adorarão somente ao Senhor.
O Senhor deixaria um remanescente (um povo restante) daqueles que haviam sido afligidos por Ele, e dos que foram expulsos da Sua presença, para formar uma grande nação que reinasse juntamente com Ele no monte Sião, por toda a eternidade.
Então, Judá iria para o cativeiro em Babilônia, mas sairia de lá, pelo braço forte do Senhor, não para apenas voltar à sua própria terra, mas para que se desse cumprimento a estas profecias gloriosas relativas ao reino do Messias.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 07/06/2014