Evangelho 36
“1 E, chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades.
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4 Simão Cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” (Mateus 10.1-4)
Até este ponto, nós vimos apenas Jesus pregando, ensinando, curando, ressuscitando, expulsando demônios, fazendo cessar a fúria das tempestades, e o seus discípulos se limitando a acompanhá-lo.
Todavia, aumentando as frentes de trabalho e as necessidades a serem atendidas, nós vimos no capítulo anterior o Senhor dizendo aos discípulos para orarem para que Deus enviasse outros trabalhadores para a Sua seara.
Nós vemos no relato paralelo de Marcos e Lucas, que Jesus havia passado toda uma noite em oração, e que ao descer do monte pela manhã, designou doze dentre os seus discípulos, aos quais chamou de apóstolos, e temos aqui o registro dos seus nomes, bem, como, no restante deste capítulo, quais foram as instruções específicas que o Senhor lhes dera naquela ocasião.
O Senhor lhes deu, especialmente: “autoridade sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades.”
Isto não significa que teriam autoridade por si mesmos, independentemente do Senhor, mas que Deus operaria com o Seu poder através deles.
É importante frisar esta verdade, num tempo em que grassa a triste heresia que muitos estão ensinando e praticando, dizendo que Jesus já nos deu a autoridade necessária, e que tudo agora está por nossa conta, sem que haja necessidade de incomodá-Lo com nossas orações, pedindo-Lhe o que podemos fazer pelo nosso próprio poder, conforme a autoridade que Ele já nos deu.
Isto não confere de modo algum, com o próprio testemunho dos apóstolos, como por exemplo o de Pedro, diante dos israelitas, quando o Senhor curou o coxo que estava no templo, pela instrumentalidade de Pedro e João:
“Pedro, vendo isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos admirais deste homem? Ou, por que fitais os olhos em nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?” (Atos 3.12)
E depois de lhes ter falado sobre Jesus, Pedro lhes disse o seguinte:
“E pela fé em seu nome fez o seu nome fortalecer a este homem que vedes e conheceis; sim, a fé, que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.” (Atos 3.16)
Os apóstolos tiveram que primeiro aprender de Cristo antes de poderem ser enviados por Ele às cidades, mas continuariam em total dependência dEle para poderem realizar o seu ministério, e nós tanto quanto eles, continuamos na mesma dependência tanto de aprendizado prévio, quanto do poder da Sua graça, para a obra que nos tiver designado.
Tal como fizera em relação aos primeiros discípulos, o Senhor primeiro nos chama à conversão e a segui-lO para aprender dEle, e depois, nos chamará para a realização da Sua obra, e a alguns chamará de modo especial, tal como havia feito com os apóstolos, para o exercício do ministério pastoral.
E estes que são assim chamados de um modo distintivo, serão conhecidos pela evidência de terem recebido da parte do Senhor, “autoridade sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades”, sendo que na autoridade sobre os espíritos imundos está incluída também a capacitação sobrenatural recebida para discernir o ensino de demônios e espíritos enganadores, para a manutenção da verdade da Palavra entre os cristãos.
Mateus nomeou os apóstolos em duplas, provavelmente, conforme os pares que o Senhor designou naquela ocasião, quando foram enviados por Ele. Então temos: 1) Pedro e André; 2) Tiago e João; 3) Felipe e Bartolomeu; 4) Tomé e Mateus; 5) Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 6) Simão Cananeu e Judas Iscariotes.
Lucas registra que Tadeu tinha também o nome de Simão, que era chamado de Zelote; e que Simão Cananeu era também chamado por Judas, filho de Tiago. E tal como Mateus, Lucas também apresenta os nomes dos apóstolos aos pares.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 11/06/2014