Evangelho 40
“25 Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.
26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28 Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.
30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.” (Mateus 11.25-30)
Nosso Senhor havia dito anteriormente no verso 15, que somente aqueles que tinham ouvidos espirituais poderiam entender as realidades celestiais e divinas sobre as quais Ele estava discorrendo.
E aqui Ele revela quem eram estes que poderiam entender tais coisas espirituais, a saber, os pequeninos, e não propriamente os sábios e entendidos segundo o mundo.
É somente os que são pequenos a seus próprios olhos, sendo pobres de espírito, reconhecendo a sua completa dependência de Deus, para serem salvos e enriquecidos com a Sua graça, que podem conhecer o Pai, pela revelação que lhes é feita através do Filho, porque aprouve ao Pai honrar, somente àqueles que honrarem o Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo.
Enquanto isto, os que se julgam sábios e entendidos, sem esta revelação do Senhor, ficam sem a referida revelação, porque o próprio Deus ocultará as riquezas espirituais da Sua graça, aos tais.
E nosso Senhor deu graças ao Pai por isto, porque por tal critério o Pai lança fora do Seu reino todos aqueles que se conduzem pela soberba, pelo orgulho, pela arrogância, pela vaidade, e por tudo o mais que impede uma verdadeira unidade espiritual em amor, a qual somente pode ser promovida por espíritos mansos, submissos, humildes e que se honram mutuamente, e que reconhecem a soberania de Deus sobre tudo e todos, consagrando-se a Ele num viver obediente à Sua vontade.
Por isso o convite da graça que é feito por Jesus se dirige somente aos que se sentem cansados e oprimidos, e que estão dispostos a se submeterem ao Seu jugo, e a serem verdadeiramente discípulos que querem aprender dEle e nEle, a serem mansos e humildes de coração, tal como é o Seu Mestre. E assim fazendo serão aliviados pelo Senhor e acharão descanso para as suas almas, porque é o próprio Jesus o descanso espiritual deles.
Este jugo e fardo da obediência em amor que Jesus impõe aos Seus discípulos são respectivamente, suave e leve, porque os Seus mandamentos não são penosos, uma vez que somos assistidos pela Sua graça e pelo poder do Seu Espírito a cumprir tudo quanto nos tem ordenado; de modo que fazer e experimentar a Sua vontade não é um fardo, mas um deleite e prazer.
Mas além deste caráter geral para a conversão, este convite gracioso de nosso Senhor se aplica a todas as situações da nossa vida neste mundo, especialmente em todas as nossas tribulações e aflições, porque é somente indo a Ele em espírito que podemos achar descanso e paz para as nossas almas atribuladas.
A mansidão e humildade de Seu coração divino jamais rechaçará a qualquer que se dirigir a Ele em busca de consolo com um coração contrito.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 11/06/2014