Evangelho 77
“1 Então Jesus tornou a falar-lhes por parábolas, dizendo:
2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
3 Enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
4 Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas.
5 Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
6 e os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
7 Mas o rei encolerizou-se; e enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
8 Então disse aos seus servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
9 Ide, pois, pelas encruzilhadas dos caminhos, e a quantos encontrardes, convidai-os para as bodas.
10 E saíram aqueles servos pelos caminhos, e ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e encheu-se de convivas a sala nupcial.
11 Mas, quando o rei entrou para ver os convivas, viu ali um homem que não trajava veste nupcial;
12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui, sem teres veste nupcial? Ele, porém, emudeceu.
13 Ordenou então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
14 Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”
Nesta parábola nosso Senhor mostrou aos sacerdotes, escribas e fariseus, e ao povo de Israel em geral, um resumo da história deles de incredulidade e de rejeição da vontade de Deus.
Ele mostrou nesta parábola que o reino de Deus é comparado à participação de um banquete real de casamento que é promovido pelo próprio Deus, para celebrar as bodas de seu Filho.
Não há dúvidas que as bodas são as do próprio Cristo que se consumará por ocasião da Sua segunda vinda. Por ora, a Sua noiva, que é a Igreja, está sendo preparada (santificada) para ser-Lhe apresentada sem qualquer mancha ou ruga.
Os israelitas foram os primeiros convidados para estas bodas, pela fé deles em Deus. Todavia, ao longo da sua história, somente um remanescente era fiel a Deus, porque a nação como um todo, vivia de modo contrário à sua vocação.
Então Deus lhes enviou os Seus servos, os profetas, mas não atenderam o convite para participarem das bodas, pela sua conversão ao Senhor.
E como chegaram a matar alguns profetas que lhes foram enviados depois dos primeiros, Deus permitiu que a cidade deles de Jerusalém fosse queimada pelo babilônios, e muitos deles mortos, e conduzidos em cativeiro.
Todavia, Deus não os rejeitou de todo, e lhes enviou restauradores, principalmente nas pessoas de Zorobabel, Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias e Malaquias, mas eles deram naquela geração má e incrédula dos dias de Jesus, de maneira que eram indignos de participarem das Suas bodas.
Motivo por que o Rei (Deus Pai) ordenou que se buscassem convidados entre aqueles que se encontravam pelas encruzilhadas dos caminhos e a todos quantos fossem encontrados. Isto é sobretudo uma referência aos gentios.
Este convite fora feito inteiramente pela graça, mas todo aquele que fosse digno de ser achado no banquete nupcial deveria estar vestido com a veste de justiça de Cristo, que também é concedida pela mesma graça, tanto quanto o convite à salvação.
De modo, que se fosse possível a alguém entrar na festa das bodas sem tal veste de justiça, o mesmo seria amarrado e lançado nas trevas exteriores onde há choro e ranger de dentes.
Por esta parábola nosso Senhor ensinou que apesar de muitos serem chamados à salvação, pelo convite do evangelho, somente os que receberem a cobertura da Sua veste de justiça, serão dignos de serem achados no banquete das bodas que eles próprios terão com Jesus Cristo.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 18/06/2014