“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança.” (Salmo 62.5)

Em nenhuma passagem das Escrituras somos orientados por Deus a pensar que a nossa armadura espiritual contra os poderes das trevas esteja nas mãos de terceiros, sejam eles até mesmo líderes chamados por Ele para pastorear o Seu rebanho.
Se a nossa confiança deve estar inteira e exclusivamente em Cristo, e  não naqueles que são levantados por Ele para o propósito do aperfeiçoamento dos santos, quanto mais não deve estar nos que são falsos mestres e profetas.
Nossa armadura não nos vem das mãos do papa, dos líderes da denominações protestantes ou de quaisquer outros. Esta armadura espiritual é de Deus e de mais ninguém.
Por isso Ele diz, nesse sentido, que maldito é o homem que confia no homem.
É pela mesma fé em Cristo que nos salvou no princípio, que devemos desenvolver a nossa salvação, ou seja, nos santificarmos, com temor e tremor.
Se somos convocados a andarmos com um coração quebrantado e a clamarmos por socorro para o alívio e salvação de nossas almas, certamente isto  não é para ser feito a homens, senão somente a Deus.        
Não há no homem, ainda que seja o mais santo, qualquer poder de si mesmo para firmar a minha alma na paz e na verdade, senão somente no Senhor.
Era porventura procedente do homem a força sobrenatural que havia em Sansão?
Era dos apóstolos Paulo e Pedro o poder e virtude para a cura de enfermos e salvação dos perdidos?
Se os apóstolos nos ensinam a irmos somente a Cristo para acharmos paz e descanso para as nossas almas, quais prelados eclesiásticos então estariam revestidos de maior poder do que o dos apóstolos para afirmar de que o bem estar da nossa alma depende diretamente deles ou das instituições que eles governam?
Nossa fé deve ser direcionada somente para Cristo e para a Sua Palavra, e não para aqueles que nos dirigem. Não lhes foi dado por Deus domínio sobre a fé dos crentes. Eles devem ser honrados na medida em que honram ao Senhor e a Sua Palavra. Devem ser estimados, obedecidos em tudo o que respeita a Cristo e ao Seu reino, mas não devemos lhes outorgar a direção das nossas vidas, porque eles próprios dependem da direção de Deus.  
Se alguém tem confiado no homem para ir para o céu, há de ser achado por fim num lugar muito diferente do céu, ainda que aquele em quem confiava fosse um verdadeiro santo de Deus.
O nosso socorro vem somente do Senhor que fez os céus e a Terra.