Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Evangelho 100
“16 Partiram, pois, os onze discípulos para a Galileia, para o monte onde Jesus lhes designara.
17 Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.
19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus 28.16-20)

Os guardas foram silenciados quanto ao testemunho da ressurreição de Jesus, pelos principais sacerdotes de Israel, porque eles não O conheciam e permaneciam presos à corrupção do pecado, mas nós que fomos livrados pelo Senhor da referida corrupção, como poderemos silenciar diante do mundo, não dando testemunho a tempo e a fora de tempo da Sua ressurreição?
Ainda que alguns não deem crédito ao nosso testemunho em forma de ensino e pregação, contudo, outros nos ouvirão e se converterão ao Senhor.
E é por amor destes, e pela vontade do Senhor, de que sejam também alcançados tanto quanto nós, que devemos viver para proclamar esta verdade em  todas as nações, fazendo discípulos, não nossos, mas de Cristo, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; assim como nosso Senhor havia ordenado aos Seus primeiros discípulos.
A ordem de ir por todas as nações anunciando o evangelho não foi dirigida somente a eles, mas a todo aquele que for salvo por nosso Senhor, porque estes não somente foram feitos filhos de Deus pela fé nEle, mas também Suas testemunhas em toda a terra.
Talvez tenha sido por este motivo que Mateus não se ateve como os demais evangelistas a narrar em Seu evangelho, os detalhes de outros aparecimentos de Jesus aos Seus discípulos logo após que ressuscitou dentre os mortos, até ser elevado aos céus, entre nuvens na presença deles.
Ele ficou impressionado e quis destacar que importa fazermos a ressurreição de Cristo conhecida, e torná-lO conhecido em todas as nações, porque Ele ordenou isto à Sua Igreja, para ser feito em todo o grande período da dispensação da graça.
Não que as outras aparições não sejam importantes ou dignas de registro, como as citaram os demais evangelistas, mas porque as aparições e manifestações  de nosso Senhor não se limitariam a partir da Sua ressurreição e exaltação na glória celestial àquelas que foram feitas aos primeiros discípulos até que Ele subisse aos céus.
Ele ainda se manifestaria a muitos, como por exemplo a Paulo, a quem apareceu como a um abortivo, para chamá-lo para o apostolado.
O Cristo que servimos e que ressuscitou vive para sempre, não longe de nós, mas intimamente ligado, de modo vital e espiritual, a todo aquele que Lhe tem dado a devida honra de Grande e Único Salvador e Senhor, não pelo mero louvor do Seu nome, mas  pelo arrependimento de seus pecados, e pela entrega voluntária de seu coração a Ele, para que seja o Rei eterno de sua vida, porque Ele o é de fato e para sempre.  
Todavia, não toma esta honra apenas para Si mesmo, e ainda que não divida a Sua glória com nenhum homem, porque todos Lhe são devedores, Ele a divide com o Pai e com o Espírito Santo, porque é juntamente com Eles que tem significado e se completa a Sua obra em nosso favor, e por isso nos ordenou que sejamos batizados não somente em Seu nome, mas também no nome do Pai e do Espírito Santo, dando assim nós o testemunho de que pertencemos tanto ao Pai, quanto ao Filho e ao Espírito Santo, e somos devedores a Eles de uma santa consagração e obediência eternas.
Nosso Senhor tem toda a autoridade tanto no céu quanto na terra para fazer triunfar o trabalho da Sua Igreja.
Esta tem recebido dEle a principal incumbência de ensinar aos Seus discípulos tudo quanto Ele nos tem ordenado, e uma das Suas principais ordenanças é a vida eterna.
A Igreja deve fazer discípulos de Jesus ensinando-lhes sobretudo a fazerem valer o valor da morte do Senhor deles, a saber, ensinando-lhes como viverem a vida plena e vitoriosa que Jesus veio lhes dar, porque Ele morreu para que tivessem vida e a tivessem em abundância.
E o modo de se alcançar a plenitude desta vida eterna que está em Cristo, é principalmente pela mortificação do pecado, porque a causa da morte é o pecado.
Então se destrói a morte e o poder da morte, destruindo-se o pecado, que é a sua causa.
É com vidas santificadas pelo Espírito que se vence o pecado.
É honrando e cumprindo os mandamentos de Cristo que permanecemos nEle e Ele em nós, de modo que podemos participar da plenitude da Sua vida.
Temos recebido dEle a promessa de que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos.
Deste modo, é injustificável que a Igreja não experimente a plenitude da Sua vida num viver vitorioso, porque temos da Sua parte tal promessa maravilhosa, que sempre se mostra fiel e verdadeira para todos aqueles que ousam consagrarem Suas vidas para fazerem a Sua vontade.    
      
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 20/06/2014
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