Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Ajudar, Consolar, Mas Também, Pregar, Admoestar, Repreender e Exortar

 
 
Os olhos de Deus e de Jesus Cristo estão continuamente sobre os Seus ministros, acompanhando os passos deles e atitudes; de maneira que darão contas a Deus de tudo o que fizeram neste mundo enquanto se encontravam ainda neste corpo mortal.    
Tendo falado a Timóteo do peso da responsabilidade dos ministros do Evangelho, o apóstolo Paulo lhe apresentou de maneira resumida, quais são os principais deveres dos mesmos (II Tim  4.2):

Primeiro: Pregar a Palavra, instando a tempo e fora de tempo.
Em segundo lugar: Admoestar.
Em terceiro: Repreender.
E em quarto: Exortar.
Sendo que tudo isto deve ser feito com toda longanimidade e doutrina.  
Nós veremos agora, mais detalhadamente, cada um destes deveres.
Em primeiro lugar, o da pregação da Palavra.
Muito pode ser dito sobre a verdadeira pregação, mas não é nosso propósito esgotar o assunto neste breve comentário.  
A pregação da Palavra é citada em primeiro lugar por Paulo porque é este o principal dever do ministro do evangelho. 
Eles não devem pregar fábulas, invenções, filosofia, psicologia, sociologia, ou seja o que for que seja diferente da Palavra de Deus.
Por isto Paulo não disse simplesmente a Timóteo para pregar, mas para pregar a Palavra. Ele definiu assim o que deve ser pregado. 
A ação de instar a tempo e fora de tempo tem a ver com a aplicação da pregação, porque o dever do ministro não é apenas o de pregar sermões mas aplicar a Palavra à vida dos seus ouvintes, e isto ele deve fazer instando com eles em toda ocasião oportuna.  
Em segundo lugar há também o dever do pastor de admoestar as pessoas. 
Admoestar é o mesmo que repreender, censurar, corrigir. 
Os ministros do evangelho também estão encarregados deste dever por Deus em relação às ovelhas, porque todos os que são tornados filhos de Deus por meio da fé em Cristo, estão automaticamente debaixo da disciplina da aliança que Deus fez com eles através do sangue de Jesus Cristo. 
No décimo oitavo capítulo do evangelho de Mateus Jesus detalhou o modo de aplicação desta disciplina corretiva. 
Muito se fala da finalidade da disciplina que é a de conduzir os filhos de Deus ao arrependimento por suas faltas relativas a um viver deliberado no pecado, mas infelizmente isto tomou em nossos dias a conotação de tolerância para com os seus pecados, quando que, apesar de ser verdade que há esta finalidade de conduzir ao arrependimento, nosso Senhor deixou claramente afirmado que aquele que não se arrepender deve ser considerado como um gentio e publicano, isto é, como um estranho para a Igreja. 
Este abrandamento da disciplina, ou até mesmo a falta da sua aplicação tem levado indiretamente muitos cristãos a viverem sem qualquer temor do Senhor em suas Igrejas, e também a não respeitarem e honrarem àqueles que foram levantados por Ele para apascentarem as suas vidas. A consequência é que o poder do Espírito fica ausente na congregação. 
Mas Paulo disse a Timóteo que ele estava encarregado deste dever de corrigir os indisciplinados, e não somente ele, como todos os ministros do evangelho, porque têm recebido do Senhor, autoridade para reter e perdoar pecados na Igreja. 
Não que o poder seja propriamente deles, mas têm recebido autoridade delegada para exercerem essa disciplina em nome de Cristo e segundo a Sua vontade e Palavra.    
Assim, não é nenhuma agressão pessoal que um ministro da Palavra faz quando repreende cristãos de sua congregação por causa de faltas praticadas por eles. 
Ao contrário ele está velando pelas suas almas e cumprindo o dever que lhe foi imposto por Cristo. Ele está exibindo verdadeiro amor e misericórdia para com os faltosos, de maneira a livrá-los de futuros juízos no tribunal de Cristo, quanto todos terão que prestar contas a Deus. 
 A palavra usada no original grego para admoestação é elégko e esta mesma palavra é usada em textos como Ef 5.11, 13; Tito 1.13; 2.15 e Hb 12.5, por exemplo, onde é traduzida por correção, reprovação e repreensão. 
Em terceiro lugar, é dever do pastor repreender. 
Isto pode parecer uma repetição do dever anterior de admoestar, mas a palavra usada por ele no original grego para repreender é outra palavra diferente de elégko. 
Aqui ele usou a palavra epitimáu que encontramos em outros textos tais como Mt 8.26; 16.22; 17.18; Jd 1.9. 
Esta palavra significa repreender, advertir, prevenir, e também admoestar, tanto quanto admoestar inclui também o significado de repreender. 
A diferença básica entre estas duas ações consiste então no alvo de cada uma delas, porque a palavra grega elégko tem o alvo de reprimir, de corrigir, e epitimáu, o de prevenir. 
Com a primeira ação nós combatemos e confrontamos diretamente o mal através da palavra de admoestação, e na segunda nós o prevenimos através da palavra de aconselhamento.   
A palavra de repreensão preventiva, eptimáu, tem por alvo principalmente mostrar aos cristãos o quanto Deus fica desgostoso com as faltas deles, de maneira que sejam levados ao arrependimento. 
Finalmente, o quarto dever do pastor apontado por Paulo é o de exortar. 
A exortação tem em vista incentivar à perseverança na busca de santidade. 
Assim devem ser também exortados os que estão firmes na fé, de maneira que busquem fazer um progresso cada vez maior em santificação, e para que nunca venham a se desanimar em seus esforços em diligência rumo à maturidade cristã e preservação da fidelidade deles a Deus.
Desde o início desta epístola, Paulo lembrou a Timóteo o dever dos ministros do evangelho de serem pacientes no sofrimento no exercício do seu ministério. 
Então, não podem esquecer que devem pregar, instar, admoestar, repreender, e exortar com toda a longanimidade, isto é, não perdendo a paciência em ira contra as ovelhas, mesmo contra as indisciplinadas. 
O conteúdo destas ações pastorais deve ser segundo a sã doutrina, e não por qualquer outro meio.  
Em suma, este trabalho deve ser feito muito pacientemente, para que seja efetivo. 
O motivo alegado por Paulo para ter encarregado Timóteo destes deveres, e não somente ele, mas a todos que ele deveria ordenar e ensinar a fazer as mesmas coisas que lhe estava ordenando tinha em vista principalmente manter a pregação da verdade no mundo porque ele sabia que o erro se manifestaria de uma tal forma na Igreja a partir de uma determinada época que muitos se desviariam de ouvir a sã doutrina e se voltariam às fábulas, isto é, a mitos, contos, estórias espetaculares, por preferirem dar ouvidos a coisas agradáveis segundo os seus desejos carnais, e assim escolheriam mestres para si na Igreja que lhes ministrassem segundo estes desejos carnais deles, rejeitando toda forma de admoestação, repreensão e exortação a uma vida santificada. 
Em face deste perigo que se aproximava e que assolaria a Igreja em todas as partes do mundo, nada seria mais necessário do que esta firme posição em defesa da verdade, que deveria ser achada nos ministros do evangelho, em face das pressões que eles sofreriam das pessoas para afrouxarem na doutrina.


 
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A Igreja tem testemunhado a redenção de Cristo juntamente com o Espírito Santo nestes 2.000 anos de Cristianismo.
Veja várias mensagens sobre este testemunho nos seguintes links:
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A Bíblia também revela as condições do tempo do fim quando Cristo inaugurará o Seu reino eterno de justiça ao retornar à Terra. Com isto se dará cumprimento ao propósito final relativo à nossa redenção.
Veja a apresentação destas condições no seguinte link:
http://aguardandovj.blogspot.com.br/ 

 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 10/07/2014
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