Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Uma Cura do Corpo e do Espírito

 
“1 E entrando Jesus num barco, passou para o outro lado, e chegou à sua própria cidade.
2 E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Jesus, pois, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Tem ânimo, filho; perdoados são os teus pecados.
3 E alguns dos escribas disseram consigo: Este homem blasfema.
4 Mas Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que pensais o mal em vossos corações?
5 Pois qual é mais fácil? dizer: Perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?
6 Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
7 E este, levantando-se, foi para sua casa.
8 E as multidões, vendo isso, temeram, e glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens.” (Mateus 9.1-8)
   
Jesus retornou de Gadara, que ficava no lado oriental do Jordão, e retornou para a cidade onde fora residir depois de ter sido batizado por João, a saber, em Cafarnaum, onde Pedro também residia.
As passagens paralelas a esta narrativa se encontram em Marcos 2.1-12, e em Lucas  5.17-26. Nestes textos paralelos é informado que o paralítico foi introduzido através do telhado, na casa em que Jesus se encontrava, provavelmente a casa de Pedro, porque o Senhor dissera que não tinha sequer onde reclinar a cabeça, isto é, uma residência própria e fixa. 
Todos os eventos narrados neste capítulo aconteceram em Cafarnaum. E a primeira ocorrência naquela cidade foi a salvação e a cura de um paralítico.
Era de tal ordem a paralisia deste homem que teve que ser carregado em sua cama por alguns amigos até a presença de Jesus. E nosso Senhor viu não somente a fé do paralítico como também daqueles que lho haviam trazido até Ele, pois é dito no verso 2: “Jesus, pois, vendo-lhes a fé...”  
Deus opera de muitos modos para atrair as pessoas a Cristo, para que sejam salvas. 
A uns pela busca de cura do corpo, a outros pela busca de cura da alma, e pelos mais variados motivos – tudo usa, todas as circunstâncias, conforme o conhecimento perfeito que possui do interior de cada pessoa, para conduzi-las à salvação.  
Até mesmo aqueles que não podem tomar qualquer iniciativa para virem a Cristo, como foi por exemplo o caso dos dois endemoninhados gadarenos, livrará dos laços do diabo, pelo Seu próprio poder, àqueles que tem determinado manifestar a Sua misericórdia, para que sejam salvos.   
Não importa se podemos caminhar por nossos próprios meios ou se outros têm que nos conduzir ao Senhor, uma coisa é certa, Ele não perderá a nenhum daqueles que Lhe foram dados pelo Pai. 
Como aquela paralisia, naquele caso, foi o meio usado para que houvesse a busca de nosso Senhor pelo paralítico, Ele não concentrou Sua atenção na enfermidade, mas na transformação do paralítico em filho de Deus, perdoando-lhe todos os seus pecados (v. 2).
Ele poderia até mesmo permanecer com a paralisia, como tantos outros em toda a história da humanidade, porque aquilo que é realmente de importância, a única coisa que nos é necessária, já havia sido feita em relação ao destino eterno do seu espírito. 
O que deu ocasião à cura da paralisia foi a murmuração de alguns escribas, que disseram consigo mesmos que Jesus estava blasfemando ao dizer que os pecados do paralítico haviam sido perdoados. 
Ninguém ao redor ouviu o que eles diziam em seus corações, com exceção do Senhor, que tem o poder de conhecer os nossos pensamentos, e por isso lhes disse: “Por que pensais o mal em vossos corações?”. 
Ele não precisaria fazer nenhuma outra coisa para provar-lhes a Sua divindade, quando lhes demonstrou a Sua onisciência, e capacidade de ler pensamentos. 
Todavia, Deus não tem o dever de provar coisa nenhuma a qualquer pessoa, e por isso nosso Senhor curaria o paralítico, não por ter sido provocado por aqueles escribas, mas para manifestar a Sua misericórdia, que é a causa de sermos perdoados por Ele, e não por qualquer bondade própria ou mérito que haja em nós.  
Quem pode mais pode menos. 
É mais fácil curar um enfermidade física do que justificar um pecador, perdoando todos os seus pecados. 
O trabalho de salvação de uma alma é muito maior e  de duração eterna, do que  a cura do corpo.
No entanto, para a percepção humana, limitada e falha, incapaz de perceber os poderes que operam salvando o espírito, justificando e dando um novo nascimento espiritual ao salvo, e que considera portanto, ser uma evidência de poder muito maior ver uma cura física sendo efetuada, Jesus disse o que lemos no verso 5:     
“Pois qual é mais fácil? dizer: Perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?”
Realmente, é mais fácil dizer perdoados são os teus pecados, do que levanta-te e anda, segundo a avaliação humana, à qual nos referimos anteriormente. 
Por isso nosso Senhor disse que levantaria o paralítico, para que os circunstantes soubessem que Ele tem autoridade sobre a terra para perdoar pecados (v. 6).
O efeito da cura foi que as multidões temeram e glorificaram a Deus. 
Quão cega é a natureza humana!
Tão incapaz de ver o mundo espiritual, e necessitada de ver sinais para poder crer no poder de Cristo, dando a devida honra à Sua divindade. 
Convém que seja diferente disso, ao menos quanto aos que foram libertados da escravidão ao pecado. Convém crescer na fé, e ter os olhos espirituais cada vez mais abertos, para discernir o mundo espiritual, dando honra e glória ao Senhor, em espírito, sem que haja necessidade de qualquer manifestação visível da Sua glória e poder, porque somos chamados a caminhar por fé e não por vista. 


 
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A Igreja tem testemunhado a redenção de Cristo juntamente com o Espírito Santo nestes 2.000 anos de Cristianismo.
Veja várias mensagens sobre este testemunho nos seguintes links:
http://retornoevangelho.blogspot.com.br/
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A Bíblia também revela as condições do tempo do fim quando Cristo inaugurará o Seu reino eterno de justiça ao retornar à Terra. Com isto se dará cumprimento ao propósito final relativo à nossa redenção.
Veja a apresentação destas condições no seguinte link:
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Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 10/07/2014
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