Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
 Como as Trevas Espirituais São Dissipadas


O Senhor Jesus viveu como pura luz neste mundo e sempre foi e será pura luz.
João queria que todos os cristãos soubessem esta verdade, para que  também vivessem como luz, andando  na luz, ou seja, segundo a nova natureza, impulsionada pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus.
É por uma constante aproximação de nosso  Senhor, pela fé,  que somos purificados continuamente pelo Seu sangue.
Foi por este motivo  que  o apóstolo disse o seguinte:
“Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade;” (I Jo 1.6).
E também:
“8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, nos enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.”  (I Jo 1.8,10).    
João não está fazendo, como não poderia fazer,  qualquer apologia em favor do pecado, no sentido de justificar o pecado ou mesmo o fato de sermos pecadores.
Mas não poderia deixar de considerar a realidade de que  estamos sujeitos às tentações do diabo  e da carne, e do fascínio do mundo, e por isso, necessitamos recorrer à fonte do sangue, da luz, que é nosso Senhor Jesus Cristo, para sermos purificados, pela mortificação do pecado, porque Ele é o Cordeiro que tira o pecado  de nós, que o destrói, pelo lavar renovador e regenerador do  Espírito Santo, quando nos dispomos a confessar que temos andado na carne, mas que não estamos dispostos  a seguir em tal inclinação carnal, para que andemos no Espírito.
Como disse Paulo:
“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça?
 De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?”  (Rom 6.1,2).
Como ele prossegue nos ensinando na carta aos  Romanos, devemos entender que estamos mortos  com Cristo, que a Sua  morte na cruz, foi também a nossa morte, a morte do nosso  velho homem, para que não vivamos mais  segundo a inclinação da carne, mas segundo a do Espírito, porque ressuscitamos para uma nova vida espiritual que se chama novidade de vida, quando  fomos batizados na morte do Senhor, a qual é ensinada em figura no batismo das águas, assim como a ressurreição para esta nova vida no Espírito.
Não há, portanto, mais nenhuma condenação ou acusação contra o que é verdadeiramente cristão, porque ele é considerado por Deus como estando  morto para tal viver na  carne, tendo por isso recebido a habitação do Espírito Santo no seu novo nascimento.
O cristão é chamado a abandonar a vida que é dirigida pelo pecado, porque não está mais debaixo do domínio do pecado... o senhorio do pecado sobre ele foi destruído por Cristo, que é agora o  seu novo Senhor, juntamente com a Sua graça.
Ele agora deve servir a Deus, à justiça do evangelho, à  vida que é segundo a piedade.
A confissão dos pecados não tem portanto o objetivo de reduzirmos a influência do pecado  sobre nós, mas para que a luz e o sangue do Senhor possam de fato  exterminá-lo, pela sua mortificação.
É preciso compreender que há uma pureza absoluta na natureza de Deus, e que Ele requer também pureza de nós, ainda que de caráter evangélico, porque ela não existe em grau absoluto em nós neste mundo, isto é, a nossa santificação é também de caráter evangélico porque somos aceitos por Deus pela nossa sinceridade e fé verdadeira em buscar nEle tal pureza de coração, e não propriamente pelo grau absoluto que ela exista em nós.
Na verdade não existe esta pureza no nosso coração que é corrupto mais do que todas as coisas, e por isso é trocado por Deus de coração de pedra, para coração de carne.
Isto não vem de nós, e nem se encontra em nós, porque o recebemos do alto, do Senhor mesmo, pela fé.
Por isso é preciso estar nEle para que sejamos purificados.
É andando na luz, no  Espírito Santo, numa fé sincera, com uma boa consciência na nossa busca do Senhor em espírito, que  o Espírito Santo realiza o trabalho da nossa purificação, através da manifestação do Seu poder.
Por isso o apóstolo diz que são mentirosos todos aqueles que dizem que têm tido comunhão com Deus, mas nos quais falta esta sinceridade para deixarem toda forma de impureza e pecado, porque isto comprova obviamente que não estão  andando no Espírito, mas segundo a carne.
A muito mais se referiu João dizendo que caso tentemos esconder a nossa condição de estar vivendo deliberadamente na prática do pecado, e ao mesmo tempo, afirmamos que não temos cometido pecado, não somente somos mentirosos, como chamamos a Deus de mentiroso indiretamente com a nossa atitude, porque Ele afirma expressamente na Sua Palavra que todos os homens são pecadores e são purificados dos seus pecados somente pelo sangue de Jesus.
Por isso o apóstolo disse que a palavra de Deus não está em nós quando dizemos que não temos cometido pecado, quando na verdade permanecemos na prática deliberada do pecado (I Jo 1.10).
Porque se a Palavra estivesse habitando ricamente em nós, não teríamos esta atitude, porque seríamos convencidos pela Palavra acerca da nossa real condição, e nos arrependeríamos e buscaríamos a graça do Senhor para sermos purificados.
E consequentemente, a luz de Jesus dissiparia todas as trevas do pecado de nossas vidas, sinal evidente de que estamos andando na luz.

 
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Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 25/07/2014
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