Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Não Podemos Medir Nossa Ira Pela de Deus

 
Não podemos medir a nossa ira pela ira de Deus, porque a  ira  do  Senhor é perfeitamente justa e santa, e é Ele que tem o poder de julgar as  consciências humanas e executar uma sentença de condenação sobre elas.  A  nós,  não foi dada tal autoridade, ao contrário, somos ordenados a não passar este tipo de juízo condenatório definitivo nos outros, para que não sejamos  julgados com a mesma medida que julgamos. E quão difícil e delicado é viver isto.
Por isso devemos examinar este assunto nas Escrituras, para podermos aplicar em nossas vidas a vontade de Deus quanto à diferença que há  entre  uma ira justificada e santa, e uma ira não justificada e não santa.
Lembremos que Moisés não estava em rebelião contra Deus, mas o povo de Israel sim, e murmuraram contra Ele. Mas quando Moisés  descarregou  a  sua ira contra eles em Refidim, quem foi julgado por Deus naquela ocasião foi o próprio Moisés, e não eles. A Moisés, o ter se irado contra eles  e  batido  na rocha, custou ser proibido de entrar em Canaã, ainda que tivesse  insistido com o Senhor para entrar na terra prometida. Moisés não foi julgado pelo Senhor porque se irou contra o pecado dos israelitas, porque  a  sua  ira era justificada e santa, mas porque não conteve a sua ira, quando Deus não estava exercendo nenhum juízo sobre eles, e portanto cabia-lhe seguir o  exemplo do Senhor naquela situação. Se tivesse de passar algum juízo,  ele  deveria passar o juízo determinado por Deus, e não agir pela própria  conta.  Há  um grande ensino para nós naquele incidente. O que faltou a Moisés foi longanimidade. Veja que problema é isto quando ela falta aos líderes da  Igreja  de Cristo. Se nós formos perder a nossa tranquilidade de mente por causa do pecado de alguns crentes da nossa Igreja ou de outras, nós nunca poderemos ter paz com Deus, porque o diabo sempre usará isto contra nós.  É  preciso  pois ser sempre longânimos, porque sempre haverá o joio entre nós.
É preciso pois aprender do mesmo exemplo de longanimidade de  Cristo  e  dos apóstolos, especialmente os líderes do povo de Deus, para que não venhamos a destruir a obra que Ele nos tem designado para dirigir, por causa de um destemperamento que não nos permita sermos longânimos para com todos, conforme é necessário, para que em meio a todas as dificuldades que venhamos a encontrar no caminho no nosso relacionamento com as pessoas que Deus tem colocado debaixo do nosso cuidado, especialmente para que aquelas dificuldades criadas por Satanás, não venham a pôr a obra do Senhor a perder,  por  falta  da nossa longanimidade.
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 03/08/2014
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