Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
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Instruções de Jesus Para 

Vigilância
no Tempo do Fim 8


João Calvino

 

“Tenho, porém, um batismo com o qual hei de ser batizado; e  quanto me angustio até que o mesmo se realize!” (Lc 12: 50)

 
“Mas eu tenho um batismo com o qual hei de ser batizado”.

Com estas palavras o Senhor afirma que nada resta senão seu último ato, que, por sua morte, ele possa consagrar a renovação do mundo, porque desde a agitação que ele mencionou seria terrível, e desde que conflagração da raça humana seria aterrorizante, ele está prestes a mostrar que os primeiros frutos devem ser oferecidos em sua própria pessoa, razão pela qual os discípulos não deveriam ficar descontentes por sentirem alguma parte disto, a saber, compartilharem das Suas aflições.

 

Ele compara a morte, como em outras passagens, ao batismo (Romanos 6:  4), porque, no batismo das águas, os filhos de Deus, depois de terem ficado submersos por um tempo com a morte do corpo, pouco depois sobem novamente para a vida, assim a morte nada mais é do que uma passagem pelo meio das águas.

Ele diz que ele está extremamente angustiado até que aquele batismo seja realizado, para que ele possa incentivar cada um de nós, com o seu exemplo, tanto a carregar a cruz quanto a preferir a morte.

 

Não que alguém possa ter uma preferência natural para a morte, ou por qualquer redução da felicidade presente, mas porque, quando nós contemplarmos na outra margem, a glória, e o descanso abençoado e imortal do céu, nós não apenas sofreremos a morte com paciência, mas até mesmo seremos conduzidos pelo desejo ardente de ir até onde a fé e a esperança nos levarem.
 
 

 

 

Traduzido e adaptado por Silvio Dutra.
 

João Calvino
Enviado por Silvio Dutra Alves em 28/08/2014
Alterado em 01/12/2023
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